Boas práticas e tecnologia reduzem perdas no armazenamento de grãos

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O Brasil, um dos maiores produtores globais de grãos, enfrenta desafios significativos relacionados ao armazenamento adequado de milho e soja, grãos essenciais para a economia nacional e a segurança alimentar global. Segundo Fabrício Hergert (foto abaixo), gerente técnico de fábricas e grãos da Kemin, o déficit estrutural de unidades armazenadoras e as condições climáticas tropicais do país elevam o risco de perdas consideráveis durante o armazenamento. No entanto, ele destaca que boas práticas de armazenagem, combinadas com tecnologias modernas, podem mitigar esses problemas e preservar a qualidade dos grãos.

Dados do compêndio “A Perda de Grãos no Brasil e no Mundo: dimensão, representatividade e diagnóstico”, elaborado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e publicado no ano passado, ilustram a gravidade do problema. Entre 2000 e 2020, a produção mundial de arroz, cevada, milho, soja e trigo somou 50,7 bilhões de toneladas, com o Brasil ocupando o 4º lugar entre os maiores produtores, respondendo por 6,2% da produção global. Apesar disso, perdas significativas na cadeia produtiva continuam sendo um desafio, com impacto econômico e energético, além de comprometerem a segurança alimentar global.

Em 2020, por exemplo, o estudo detalha que o Brasil teve uma produção estimada de 244,8 milhões de toneladas de arroz, milho, soja e trigo, que representaram naquele ano aproximadamente 95% da produção nacional de grãos. Se tomarmos como base esse percentual de 15% de perdas, o montante perdido no Brasil foi de 36,7 milhões de toneladas. Em termos monetários, na época isso representaria R$ 84,8 bilhões, o que equivalia à compra de 134,8 milhões de cestas básicas. Esses números demonstram a magnitude do desperdício e o impacto potencial que poderia ser evitado com o uso de boas práticas e tecnologias adequadas.

O problema no armazenamento – Hergert explica que, devido à falta de infraestrutura adequada e à obsolescência de muitas unidades armazenadoras, uma parcela considerável dos grãos é mantida em condições inadequadas, como a céu aberto. Essa prática, agravada pela alta umidade e temperaturas elevadas, favorece o crescimento de fungos e a produção de micotoxinas, compostos químicos nocivos que prejudicam a qualidade dos grãos e podem inviabilizá-los para o consumo humano e animal.

“As condições de armazenamento no Brasil não evoluem na mesma velocidade da melhoria genética dos grãos, que oferecem maior produtividade por hectare. Por isso, os cuidados no armazenamento são ainda mais necessários”, ressalta o especialista.

Boas práticas e soluções tecnológicas – Entre as orientações técnicas, Hergert destaca o controle rigoroso de temperatura e umidade como práticas fundamentais. “A temperatura elevada aumenta a atividade metabólica dos grãos, promovendo aumento da respiração e a geração de dióxido de carbono, o que acelera a deterioração e a proliferação de fungos”, alerta.

Além disso, o uso de aditivos antifúngicos, como a linha Myco CURB® da Kemin, é essencial para garantir a conservação dos grãos em condições adversas. “Nossos aditivos tecnológicos possuem blends de ácidos orgânicos tamponados que oferecem proteção contra fungos e a produção de micotoxinas, mantendo a qualidade dos grãos ao longo do período de armazenagem. Eles também possuem surfactantes que melhoram a dispersão e a absorção nos grãos, potencializando sua eficácia”, explica.

A importância de reduzir perdas  

Com estudos indicando que será necessário aumentar a produção global de alimentos em 70% até 2050 para atender à crescente demanda populacional, minimizar perdas se torna uma prioridade estratégica. A Conab destaca que os grãos são a principal fonte de energia alimentar mundial, reforçando a relevância de ações integradas para reduzir desperdícios.

A Kemin não apenas fornece produtos tecnológicos, mas também trabalha junto aos produtores, cooperativas e indústrias para implementar boas práticas no campo, com suporte técnico e equipamentos que garantem rastreabilidade e segurança no armazenamento.

“Com o uso de tecnologias modernas e a adoção de boas práticas, o Brasil tem a oportunidade de melhorar significativamente a eficiência no armazenamento de grãos, reduzindo perdas e consolidando sua posição como líder na produção agrícola global”, conclui Hergert.

Sobre a Kemin Industries – A Kemin Industries é uma fabricante global de ingredientes, que se empenha diariamente em transformar de maneira sustentável a qualidade de vida de 80% da população mundial com seus produtos e serviços. A empresa possui mais de 500 ingredientes patenteados para saúde e nutrição humana e animal, alimentos para animais de estimação, aquicultura, nutracêuticos, tecnologias alimentares, tecnologias agrícolas e indústrias têxteis.

Por mais de meio século, a Kemin se dedica ao uso da ciência aplicada para enfrentar os desafios do setor e oferecer soluções de produtos para clientes em mais de 120 países. A Kemin fornece ingredientes para alimentar uma população em crescimento, com seu compromisso com a qualidade, segurança e eficácia de alimentos, rações e produtos relacionados à saúde.

Fundada em 1961, a Kemin é uma empresa privada, de propriedade e operação familiar, com mais de 3.300 funcionários e operações globais em 90 países, incluindo instalações de fabricação na Bélgica, Brasil, China, Índia, Itália, Rússia, São Marino, Singapura, África do Sul, Turquia e Estados Unidos. Outras informações sobre a Kemin podem ser encontradas na sua página (www.kemin.com), ou nas redes sociais LinkedIn (www.linkedin.com/showcase/kemin-animal-nutrition-&-health-south-america/) e Facebook (www.facebook.com/keminamericadosul).

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