Biofertilizante da DominiSolo eleva produtividade da soja em até 22%

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Registro foi concedido após rigoroso processo técnico-científico, com resultados que comprovam aumento de produtividade e melhora no desenvolvimento das culturas agrícolas.

 

O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) registrou, recentemente, os dois primeiros biofertilizantes brasileiros de aminoácidos obtidos pelo processo de hidrólise enzimática. As duas formulações, intituladas ZIMATIC FS e ZIMATIC CL e produzidas pela DominiSolo, foram registradas após anos de trabalhos de desenvolvimento e testes, bem como uma pesquisa científica em parceria com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). O ensaio comprovou eficácia em campo e aumento de até 22% na produtividade das plantações de soja, além de outros resultados positivos: redução de danos causados por estresse abiótico, em especial falta de água, incremento no crescimento vegetativo, além de melhoria do metabolismo, com aumento de importantes enzimas e compostos ligados à fotossíntese e produtividade.

A DominiSolo, conhecida por utilizar matérias-primas da agropecuária e subprodutos da agroindústria brasileira, especialmente do estado do Paraná, transforma ingredientes da agropecuária em compostos orgânicos sustentáveis, sendo parte essencial da cadeia de empresas brasileiras que formulam fertilizantes especiais. Para obter esse registro inédito, a empresa conduziu uma série de testes agronômicos em várias regiões do Brasil para avaliar a eficácia de seus biofertilizantes em condições reais de cultivo. Os estudos de campo envolveram uma análise detalhada dos efeitos dos produtos na produtividade das culturas, resistência a estresses ambientais e qualidade da produção. Os resultados dessas pesquisas demonstraram aumentos significativos na produtividade, em comparação com métodos convencionais de nutrição vegetal e outros produtos fisiológicos disponíveis no mercado.

Para conduzir esse processo de regulamentação, a DominiSolo contou com a parceria da 5P2R Marketing de Precisão, uma consultoria especializada em agronegócio e nutrição especial. A consultoria elaborou um plano técnico-científico e regulatório detalhado, que incluiu a análise do processo produtivo, o estudo das exigências legais e regulatórias, bem como a identificação de instituições de pesquisa capazes de realizar os estudos necessários para a obtenção do registro.

Anderson Nora Ribeiro, engenheiro agrônomo e sócio-fundador da consultoria, relata que o projeto foi bastante desafiador, pois o processo ainda não tinha histórico no país e o MAPA do Paraná é considerado um dos mais exigentes e rigorosos do Brasil, o que demandou um planejamento e estudo aprofundado. Além disso, a legislação que regulamenta os biofertilizantes no Brasil ainda é recente, datando de 2020, com poucos produtos formalmente registrados nessa classe. Tratam-se de produtos naturais, de matriz orgânica, que atuam de maneira benéfica no metabolismo das plantas, gerando ganhos em crescimento, tolerância e melhor recuperação de estresses do ambiente, bem como aumento de produtividade ou da qualidade das colheitas. Esses benefícios são proporcionados não por nutrientes, mas sim pelos compostos orgânicos contidos nas formulações.

Dessa forma, ao longo de vários meses, foram conduzidos trabalhos de pesquisa científica na UTFPR, a fim de obter os dados e resultados necessários para embasar o pedido de registro. Esses trabalhos incluíram análises em laboratório, testes bioquímicos, ensaios agronômicos em câmara de crescimento controlada e em casa de vegetação. Todos os estudos foram realizados com o melhor controle científico, para comprovar a bioatividade das moléculas orgânicas nas plantas testadas.

Os bioensaios na UTFPR, na região de Dois Vizinhos (PR), mostraram que, na soja, os produtos aplicados auxiliam na promoção do crescimento e mitigação do estresse hídrico com resultados como incremento da massa fresca de plantas de soja (+29,9%), do índice de clorofila (+9,6%), dos aminoácidos livres totais (+11,7%), das proteínas solúveis (+13,4%), da área foliar (+45,7%) e do índice de clorofila (+11,9%).

Em um dos trabalhos científicos de campo, realizado em Campo Mourão (PR), pela Agroensaio Pesquisa e Consultoria Agronômica, foi registrado incremento de até 22% na produtividade da soja na safra de 2022/23, chegando a 90,34 sc/ha, contra 74,09 sc/ha em testemunha (+16,25 sc/ha), onde não houve aplicação do produto. “Além da produtividade, observamos uma melhora no porte de plantas, um aumento nas raízes, maior estabilidade no pegamento das vagens, maior quantidade de vagens por planta e maior peso de grãos. Na minha percepção, há muito potencial para melhorar a produtividade das culturas, reduzir a dependência de insumos químicos e contribuir para uma agricultura mais sustentável”, explica Alexandre Antônio Costa, pesquisador e engenheiro agrônomo responsável por conduzir o ensaio.

Para ele, esses resultados são benéficos para o setor do agronegócio, que busca cada vez mais soluções biológicas para melhorar a eficiência dos campos. “Esse crescimento é impulsionado pela demanda crescente por sistemas de produção e produtos mais sustentáveis econômicos, mas também eficientes, resultando em maior produtividade e redução da emissão de gases do efeito estufa. É uma tendência positiva que pode trazer benefícios significativos em termos de sustentabilidade”, continua.

Antônio Teodoro de Oliveira, agrônomo e produtor de soja de Campo Mourão (PR), também constatou melhorias no campo com a aplicação do ZIMATIC FS, em especial na produtividade, com incremento de 5,77 sc/ha. “As plantas apresentaram um maior número de vagens em relação ao tratamento padrão da fazenda. Nesse sentido, obtivemos um fechamento mais rápido da lavoura, com as plantas mais resilientes, suportando o período de seca e de altas temperaturas de forma mais eficiente que a área padrão. Além disso, observei uma mudança na coloração da planta de soja, para um verde mais escuro, bem como um fechamento mais rápido da lavoura ajudando na supressão de plantas daninhas”, conta.

Em resumo, o ZIMATIC FS promove o aumento do índice de clorofila e dos teores de aminoácidos livres totais, açúcares totais, prolina livre e proteínas solúveis totais, bem como resulta em incrementos na altura e massa fresca. O uso do produto também resultou em maior área foliar em plantas submetidas ao estresse hídrico. Além disso, o ZIMATIC FS incrementou variáveis biométricas, bioquímicas e da mitigação de estresse abiótico, caracterizando sua ação biofertilizante. No campo, esses benefícios são revertidos em melhor desenvolvimento das culturas e no incremento da produtividade.

Já o ZIMATIC CL resultou em incrementos do índice de clorofila e dos teores de açúcares redutores e proteínas solúveis totais, bem como o aumento da atividade de enzimas relacionadas à adaptação das plantas de soja ao estresse hídrico. As aplicações do produto promoveram também incrementos na altura das plantas de soja em duas condições de hidratação e incrementos no número de folhas, nas massas fresca e seca e no aumento da área foliar, tudo isso também se refletindo em maiores produtividades.

Para o consultor Anderson Nora Ribeiro, os resultados do ZIMATIC são muito consistentes. “As análises em laboratório, os testes bioquímicos, os ensaios agronômicos em casa de vegetação e os trabalhos científicos em campo confirmam as soluções como uma inovação relevante para o mercado. Já trabalhei com vários produtos com ação semelhante, tendo participado inclusive do processo de registro do primeiro biofertilizante no Brasil. Com certeza, a consistência dos resultados do ZIMATIC e a dimensão dos ganhos, chamam a atenção”, ressalta.

Agora, com essa nova categoria de biofertilizantes formalmente registrados, as empresas podem incluir rapidamente biofertilizantes de hidrólise enzimática em seu portfólio, já que a DominiSolo é uma produtora de matérias-primas cujo trabalho é todo voltado exclusivamente para atender às indústrias. “Tanto como produto puro ou como ingrediente em suas formulações de fertilizantes, fazendo a devida declaração do conteúdo e podendo utilizar os argumentos técnico-científicos com total segurança e respaldo”, explica Diogo Ribeiro, Diretor de Desenvolvimento de Negócios da DominiSolo.

Além disso, Diogo Ribeiro destaca que o registro dos biofertilizantes é o resultado de uma longa jornada de compromisso com a qualidade e a inovação. Ele ressalta a importância de seu pai e fundador da empresa, “Seu Wolney”, que sempre trabalhou para que a DominiSolo fosse uma referência no mercado agrícola nacional. “Foi uma iniciativa ousada dele, mas ao mesmo tempo uma decisão muito clara, diante de seus valores e crenças. A obtenção de registros inéditos de biofertilizantes enzimáticos é o coroamento dessa longa caminhada”, finaliza.

Sobre a DominiSolo – A DominiSolo, fundada em 2006, é uma empresa familiar dedicada à pesquisa, desenvolvimento e industrialização de matérias-primas inovadoras para o segmento industrial de nutrição de plantas e condicionadores de solo. Localizada em Ibiporã, Região Metropolitana de Londrina, no Paraná, a empresa utiliza produtos da agropecuária e subprodutos da agroindústria brasileira, principalmente do estado em que está sediada, exemplificando um modelo de economia circular.

Sua atuação se dedica à fabricação de aminoácidos, ácidos húmicos e fúlvicos a partir de substâncias naturais de origem animal e vegetal através de processos de hidrólises altamente padronizados, que garantem obter produtos finais com alta concentração de carbono orgânico total e elevada bioatividade. Além disso, seus produtos representam uma alternativa local sustentável e de alta qualidade aos compostos importados pela indústria de nutrição vegetal no Brasil, contribuindo para aumentar a produção e qualidade das colheitas e agregando valor à indústria nacional e à agricultura brasileira.

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