No mundo cada vez mais digital de hoje, a segurança de dados tornou-se uma preocupação primordial. Com o crescente volume de informações sensíveis sendo compartilhadas e armazenadas on-line, surge a necessidade de técnicas eficazes de proteção. Nesse cenário, a tokenização vem como uma ferramenta promissora para proteger dados confidenciais. Amplamente adotada por empresas, governos, instituições financeiras, varejo e setor agrícola à abordagem garante que, mesmo que um token seja interceptado por um invasor, ele não possa ser utilizado para obter informações confidenciais. Isso ocorre porque, sem acesso ao sistema que mapeia o token de volta aos dados originais, o token torna-se inutilizável. Ou seja, a solução proporciona uma camada adicional de segurança para proteger informações pessoais, financeiras e outros tipos de dados sensíveis.
Além disso, melhora a rastreabilidade dos dados. Cada token é único e pode ser monitorado ao longo de sua jornada através dos sistemas e processos de uma empresa, permitindo que se rastreie o uso de dados sensíveis sem expor os dados reais. Isso facilita auditorias e conformidade regulatória, já que todas as transações e acessos aos tokens podem ser registrados e analisados. A ferramenta contribui ainda para a sustentabilidade das práticas empresariais ao reduzir a necessidade de gerenciamento extensivo de dados sensíveis, simplificando a infraestrutura de TI necessária para proteger essas informações. No entanto, a implementação da tokenização não é isenta de desafios. Ela pode ser tecnicamente complexa, exigindo uma reestruturação significativa dos sistemas existentes. Gerenciar tokens de forma segura e eficiente é crucial e pode ser um desafio, especialmente em sistemas grandes e complexos.
Mesmo com diversas dificuldades, o futuro da tokenização é promissor, com avanços significativos esperados em várias áreas. A integração com blockchain, por exemplo, promete gerenciar tokens de forma mais eficaz e transparente, elevando os padrões de segurança. Somado a isso, o uso de inteligência artificial tem o potencial de aprimorar a eficiência e a segurança dos sistemas de tokenização, tornando-os ainda mais robustos. A expansão do uso da tokenização para ativos físicos e digitais abre novas possibilidades para a troca e rastreabilidade de uma ampla gama, impulsionando a inovação em diversos setores. Aliás, o desenvolvimento de regulamentações e padrões globais promoverá a adoção generalizada da tokenização, fortalecendo ainda mais sua posição como uma prática recomendada. Melhorias contínuas em desempenho e escalabilidade estão em andamento para suportar volumes cada vez maiores de dados em tempo real, garantindo que a tokenização permaneça relevante e eficaz no futuro digital.
Anderson Nacaxe é country manager da Agrotoken, a primeira plataforma de infraestrutura global de tokenização para agrocommodities. A startup cria um ecossistema seguro e sem atrito para tornar o comércio de grãos mais fácil, eficiente e confiável. O executivo tem mais de 17 anos de experiência no mercado latino-americano. Com formação acadêmica em Economia, Finanças e Engenharia Financeira, possui também habilidades em gestão de equipes, vendas, trading e hedging, alinhadas a uma visão corporativa abrangente.
É graduado em Engenharia Financeira pela FIA-USP (2021), em Economia pela USP (2012) e MBA em Finanças (2018). Morou por 1 ano em Illinois, EUA, e gerenciou uma plataforma para multinacionais na América Latina a partir do Brasil.