9 de janeiro de 2021

Momento de incertezas exige mais cuidado e educação financeira

Apesar de as projeções de queda do PIB terem melhorado no último mês, de acordo com a pesquisa Focus, divulgada pelo Banco Central, a expectativa é que a economia brasileira ainda sofra uma retração de 4,8% em 2020, motivada principalmente pela pandemia da Covid-19. Já a estimativa do mercado financeiro para a inflação em 2021 também teve um aumento, passando de 3,40% para 3,47%. Diante desses números, os brasileiros devem ter cautela na hora de fazer o tradicional planejamento para o próximo ano.

O cenário ainda é de incertezas para 2021 por conta da pandemia do novo coronavírus. O momento de crise provocado pelo vírus trouxe uma situação incomum, como perda massiva de empregos e aumento dos preços dos produtos e serviços. Aqueles que foram impactados negativamente por esse primeiro impacto da pandemia fica a lição de se preparar melhor. Planejar é também se preparar para o inesperado.

O primeiro passo para as pessoas se prepararem financeiramente para os próximos anos é definir o planejamento com base nos principais objetivos para o ano e se preparar para situações em que as coisas saiam fora dos trilhos. O que muda para 2021 é que as pessoas devem ter uma atenção maior em relação ao gerenciamento de crise, principalmente aqueles que atuam em áreas sensíveis ao lockdown e às paralisações. Essas pessoas devem ter um controle maior sobre o dinheiro para não passar a dificuldade enfrentada em 2020.

As atividades econômicas estão fluindo com exceções de algumas áreas, como eventos culturais e esportivos. Porém, estamos vendo um aumento de casos no país e não sabemos se haverá algumas restrições ao comércio nos próximos dias ou meses. Esse cenário, segundo ele, exige cautela que deverá ser mantida até que toda a população seja vacinada.  Outro problema que os brasileiros devem enfrentar em 2021 é a inflação e o encarecimento de produtos. Diante disso o planejamento financeiro será de grande valia. Algo que pode fazer a diferença é a capacitação para gerir as finanças. Para atender a demanda, desenvolvemos um programa de educação financeira para ajudar as pessoas a gerir melhor os recursos e se preparar para alcançar os objetivos pessoais.

As pessoas não devem fazer planejamento apenas para os próximos 12 meses. Não se deve pensar em 2021 de forma isolada porque esse período é apenas uma peça de um planejamento ainda maior. As pessoas fazem muitos planos para apenas um ano e acabam se esquecendo dos próximos. As pessoas devem pensar, por exemplo, nos próximos 10 anos e avaliar como 2021 pode se encaixar nas conquistas de longo prazo. Devemos quebrar esse paradigma de pensar apenas nos próximos 12 meses porque isso acaba dificultando a execução de planejamento de longo prazo.

Tamanha a importância do tema, que a Real Cultura Financeira, por exemplo, viu a quantidade de clientes que buscam apoio nessa área aumentar em torno de 23% durante os meses de janeiro e dezembro.  Confira a seguir mais cinco dicas do especialista para alcançar os objetivos em 2021:

Ter uma reserva financeira: 2020 foi um ano repleto de imprevistos que pegaram muitas pessoas de surpresa. Para que isso não se repita com as incertezas em 2021, Vono afirma que é importante manter uma reserva financeira acessível, com um montante que represente de 2 a 4 meses de renda mensal.

Gastar conforme o orçamento: é necessário ter clareza sobre a real situação financeira para organizar os gastos conforme o orçamento. O primeiro passo é listar todos os gastos para se ter a dimensão dos gastos com cada item. Depois, é preciso definir metas para esses gastos. Assim, a pessoa pode ter mais condições para reduzir um pouco de todos os itens do orçamento ou cortar aqueles gastos que não são necessários.

Prever as eventualidades: quando nos preparamos para fazer o orçamento do ano seguinte, é muito comum não considerar algumas eventualidades, como gastos com festas, viagens e férias. Essa situação pode ser prejudicial porque passamos a organizar o orçamento conforme os gastos listados e considerados essenciais, não reservando uma quantia para ser usada nessas situações. Por isso, coloque tudo no papel.

Colocar em prática o que foi planejado: um dos principais erros cometidos pelas pessoas é fazer inúmeros planos de início de ano e não se comprometer a fazer nenhum ao longo dos 12 meses. As metas colocadas no planejamento devem ser pensadas e idealizadas para serem alcançadas.

Qualifique-se: Para atingir seus objetivos financeiros é preciso estar preparado. Se essa não é uma prática corriqueira, é possível fazer cursos na área. Com a capacitação é possível aprender a se livrar de dívidas, desenvolver o hábito de planejar a vida financeira com base em sonhos e objetivos e a como enxugar os gastos sem perder a qualidade de vida.

Maurício Vono é planejador financeiro pessoal da Real Cultura Financeira.

 

 

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