16 de junho de 2022

Importância do condicionamento físico-químico-biológico do solo

As plantas cultivadas passam por períodos adversos ou de estresse ao longo do ciclo, podendo acontecer com maior ou menor frequência e/ou intensidade. O fato é que em algum estágio fenológico da cultura teremos alguma condição adversa que diminuirá o potencial produtivo do cultivar. As condições contrárias para o bom desenvolvimento da lavoura são de origem abiótico e biótico, dentre os principais e com maior impacto destacamos: déficit hídrico, temperatura elevada ou geadas, compactação, deficiências nutricionais e patógenos que ocasionam dano econômico aos cultivos.

Melhorar o ambiente de produção faz toda diferença para reduzir danos devido a condições adversas, assim como alcançar novos patamares de rendimento. Trabalhar o sistema solo de forma equilibrada baseado nos pilares físico, químico e biológico é o caminho a seguir para proporcionar condição adequada para o crescimento da boca da planta (sistema radicular).

Quando nos referimos ao atributo físico é comum observarmos áreas com compactação, onde as camadas compactadas se encontram nos 15-25cm de profundidade. Nestas condições encontramos solos com pouca aeração (oxigênio – elemento essencial para o desenvolvimento de raízes), restrição física para o crescimento de raízes em profundidade e solos que infiltram e retém menos água. Solos com estas características são propícios para plantas mais vulneráveis a períodos de estiagem e ataque de patógenos. Sendo assim, uma das soluções mais viáveis e sustentáveis é trabalhar com plantas de cobertura e estimular o sistema radicular, pois o melhor descompactador de solos são as raízes. Vale destacar que, onde temos casos extremos de compactação, a intervenção mecânica é necessária.

Em relação aos atributos químicos, devemos cuidar do teor e equilíbrio dos elementos no solo. Desde 1843, a lei do mínimo diz que o rendimento das culturas é limitado pelo nutriente com menor disponibilidade no solo, mesmo que os demais estejam disponíveis e no teor adequado. O produtor rural deve ter isso em mente e entender que adubação é diferente de disponibilidade e absorção, muitas vezes os nutrientes não se encontram na forma disponível ou não possui o veículo água (maioria dos elementos entram na planta através do fluxo de massa) para que ele seja absorvido, ou até por não termos o pH ideal para a maior disponibilidade da maioria dos nutrientes.

Sendo assim, a realização de análise química é fundamental para não desperdiçar e colocar apenas o que é preciso conforme teor dos nutrientes e quantidade de produção almejada, principalmente no cenário atual com preço dos fertilizantes em alta. Por outro lado, quanto mais volumoso (raízes secundárias – mais eficientes na absorção de água e nutrientes) e profundo o sistema radicular, maior a chance de absorção e interceptação daqueles elementos que são imóveis no solo. Segundo o Professor Elmar Floss estes são os nutrientes necessários para o adequado crescimento radicular: Ca, P, B, N, S, Zn e Mn.

Por último e não menos importante, a biologia do solo é essencial para atingir elevadas produtividades e reflete a saúde do solo no qual produzimos. Estes microrganismos ´terceirizam´ serviços para a planta disponibilizando e/ou liberando nutrientes, protegendo as raízes, exsudando substâncias que promovem o crescimento das plantas, formando agregados de solo, entre outros. Sendo assim, quando mais abundante e diverso for a microbiota do solo, mais sustentável e produtiva será nossa agricultura. O dever do produtor rural é cuidar dessa biologia que não é possível enxergar. Para termos uma ideia da abundância e importância, em apenas algumas gramas de solo podemos encontrar mais de dez mil espécies de microrganismos que trabalham pela planta em troca de alimento exsudado via sistema radicular (aprox. 20% da fotossíntese bruta).

Portanto, a construção de um solo baseado nesses três pilares tornam o sistema de produção mais sustentável, produtivo e menos vulnerável. As características química, física e biológica possuem interação direta, por isso, não devemos descuidar de nenhum desses aspectos interligados.

Adrian Correa É Engenheiro Agrônomo e Coordenador de Desenvolvimento de Mercado da Fertiláqua.

Sobre a Fertiláqua
A Fertiláqua faz parte de um dos maiores grupos de nutrição, fisiologia de plantas e revitalização de solo, da América Latina. A companhia pertence ao Grupo ICL, multinacional israelense, referência global em tecnologia de nutrição de plantas, presente no mercado mundial há quase cem anos através de suas 43 fábricas instaladas em 13 países, com mais de 11 mil funcionários. Com sede administrativa na cidade de Indaiatuba, interior de São Paulo, a Fertiláqua mantém Laboratório de Análise de Sementes (LAS), dois Centros de Inovação Tecnológica (CIT) e duas fábricas em território nacional. Através do permanente investimento em pesquisas, a qualidade Fertiláqua está presente no mercado através das marcas Aminoagro, Dimicron e Maximus. Além de seus produtos, a Fertiláqua apoia os produtores através de iniciativas pioneiras como o Programa Construindo Plantas (PCP360º), com ações específicas do plantio à colheita, e o Programa Sementes de Verdade, que reconhece a qualidade das sementes de soja no mercado brasileiro. Para mais informações, acesse:  www.fertilaqua.com

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