Na busca por estratégias de marketing mais eficazes e personalizadas, a integração da inteligência artificial está se destacando como uma ferramenta indispensável para profissionais do setor. O uso da ferramenta libera os profissionais a focarem em tarefas mais estratégicas, como planejamento e criatividade e também viabiliza mais eficiência e redução de custos operacionais. Com capacidades para analisar grandes volumes de dados, identificar padrões, prever comportamentos do consumidor e personalizar experiências, a ferramenta está transformando a maneira como as marcas abordam suas estratégias de marketing. Quando falamos do uso da ferramenta em publicidades digitais, a IA é uma extensão da nossa capacidade que ajudará a acelerar muito o operacional e estimulará ainda mais o lado criativo. Temos a verdadeira oportunidade de concentrar isso na parte humana de criar. Usar a inteligência artificial para realizar tarefas repetitivas, possibilita executar mais testes, nos abastece de dados mais claros e libera o nosso tempo para concentrar em questões mais amplas e humanas. É um momento oportuno para ter mais insights e respostas, para liberar mais tempo da equipe e não para substituí-la. O humano se torna um curador do andamento da estratégia e das criações.
Acredito que uma das principais maneiras pelas quais a IA está sendo utilizada no marketing digital é na análise de dados e insights do consumidor, já podem ser usadas há algum tempo para várias frentes de criação de conteúdo como editoriais de rede social e táticas de SEO, a fim de aprimorar estratégias e aumentar a visibilidade de um site nos resultados de pesquisa. Além disso, a experiência do consumidor nos e-commercers está mais integrada com as marcas, por meio de chatbots e assistências virtuais cada vez mais personalizadas. Quando falamos de automação de marketing, utilizando segmentação, nutrição de leads e análise de dados, as empresas podem direcionar melhor seus esforços, proporcionando experiências mais relevantes e personalizadas aos consumidores. O que está começando a acontecer agora também é uma geração de conteúdo automatizada, de acordo com o histórico de performance do perfil e o objetivo da publicação futura, já teremos a sugestão da postagem e o formato de conteúdo.
Há muito se fala sobre personalização de conteúdo multicanal e estratégias omnichanel, e agora mais do que nunca existe a oportunidade de acelerar os testes de campanhas e o retorno de dados da audiência. Em segundos, podemos criar dezenas de criativos para validar uma tese de comunicação. Se torna um contexto propício para otimizar a de gestão do orçamento, usando a verba de forma mais eficiente e tendo ainda mais clareza do funcionamento e o que pode ser evitado. No SXSW, evento que estive presente esse mês, durante a palestra com CMOs da Pfizer, e Delta, eles trouxeram que estão estimulando suas equipes a exercitar o uso das ferramentas de IA disponíveis. Os times precisam se acostumar a colocar isso no habitual, e para isso estão estimulando uma parte da carga horária para se dedicarem a essa adaptação. Além disso, uma outra oportunidade que observei é de concentrar não só em ações que buscam trazer resultado, mas potencializar a criatividade em quais conceitos e campanhas podem ser criadas para atingir o posicionamento de marca que buscam alcançar.
Outra aplicação significativa da IA no marketing digital é a segmentação de audiência. Com maior facilidade, as empresas podem prever o comportamento futuro dos clientes e seccionar audiências com maior precisão. Isso permite o desenvolvimento de estratégias proativas para reter clientes, novas oportunidades de vendas, além de aumentar a eficiência das campanhas de marketing e CRM. Em sua aplicação, devemos buscar um lado humano que a ferramenta ainda não atingiu. Além de aproveitá-la para realizar tarefas operacionais, e liberar o ser humano para focar em trabalhos criativos e planos estratégicos que ela ainda não consegue ter a sensibilidade da realidade como uma pessoa, e então criarmos com empatia, intuição e pensamento crítico, usando histórias e conteúdos que reflitam experiências humanas reais e promovam conexões emocionais, explorando a diversidade e o indivíduo. Colocando o humano no centro da IA, poderemos avançar com uma tecnologia mais humana, tendo o foco na necessidade das pessoas, nos desejos e experiências delas. Isso significa criar interfaces intuitivas e experiências personalizadas que reverberem emocionalmente.
Daniel Levy é cofundador e CEO da Road.
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