10 de setembro de 2020

Antecipação de Recebíveis pode aliviar distribuidoras do Agro!

A operação de barter, um viabilizador comercial onde o produtor paga a compra de insumos com parte da sua futura produção, pode ser uma aliada em tempos de pandemia. A operação está sendo cada vez mais procurada e as distribuidoras, de certo modo, ficam ‘presas’ nesse tipo de transação pois, ou fazem isso, ou correm o risco de perder vendas para os concorrentes. Diante desse cenário, fica a questão: existe riscos? A resposta é sim! Mesmo com o distribuidor recebendo o título do produtor que ‘garante’ o pagamento através de parte da próxima produção, ele acaba assumindo riscos. Se a safra quebrar, por exemplo, devido a questões climáticas, a revenda vai deixar de receber, acarretando prejuízos.

Mas como amenizar esses riscos?
A resposta é simples: através da antecipação de recebíveis. Esse tipo de transação vem ganhando espaço no mercado. O serviço funciona da seguinte maneira: as CPRs (Cédulas de Produto Rural) recebidas pelas distribuidoras são analisadas com o uso de tecnologias. Após se certificar sobre o risco que a operação envolve, a CPR é negociada com o mercado de capitais, que paga diretamente para a distribuidora. A operação melhora a relação entre as partes, fortalecendo o agronegócio e as transações financeiras. Todo o procedimento é realizado com total segurança e acompanhamento para garantir tranquilidade a todos os envolvidos.

Quais as vantagens para as distribuidoras? 

Ela recebe no início da safra. Isso faz com que, ao comprar os insumos de uma indústria, ela possa negociar descontos para compra à vista – que podem chegar a 15%. A saúde financeira melhora como um todo, tendo caixa no começo da safra.

A distribuidora se livra do risco, seja de inadimplência ou de quebra de safra. Se o produtor não conseguir arcar com os pagamentos, não é mais de responsabilidade da distribuidora. É mais ou menos como a relação de um cartão de crédito, depois que a loja recebeu, se o dono do cartão não pagar, é problema entre ele e a operadora do cartão, não da loja. Nesse caso, entre o produtor e quem comprar os recebíveis.

Tendo acesso ao capital, a distribuidora tem autonomia e liberdade para escolher os insumos de sua preferência, trabalhando com diferentes marcas.

Bernardo Fabiani é especialista em concessão de crédito e CEO da TerraMagna.

 

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