6 de agosto de 2020

A reputação de uma marca diante da pandemia

A imagem que as empresas passam hoje, diante de uma pandemia, certamente é a que ficará na mente dos consumidores nos próximos anos. O tema humanização nunca esteve tão em alta como agora, e isso será levado em consideração no momento de decisão de uma compra, na renovação de um contrato, entre outras situações comerciais e de investimento.

Os assuntos contratuais merecem atenção – seja com parceiros, colaboradores, fornecedores ou clientes – diante de um cenário realmente crítico: contratos renegociados ou cancelados, dívidas em crescimento etc. É preciso cautela, equilíbrio, segurança jurídica e revisão dos acordos. Inclusive, existem vários movimentos de legislativos estaduais, no sentido de mexer nessas negociações, desprezando o que diz nossa legislação vigente, ou até mesmo a Constituição, que fala da intangibilidade do ato jurídico por regulações posteriores. Com isso, os holofotes estão direcionados para o cenário jurídico brasileiro.

Porém, à parte dessas questões, acredito muito em uma fórmula para garantir a sustentabilidade de um negócio: transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa. É essencial demonstrar o preparo para lidar com crises e transmitir confiança a todos os envolvidos nas operações empresariais. A elaboração de planos de contingência, por meio de comitês de crise, auxilia na tomada de decisões estratégicas, que tenham como foco a sobrevivência da companhia e a redução de riscos.

Em paralelo, o poder da comunicação deve ser um grande aliado para ajudar o público-alvo a lidar com as consequências do novo coronavírus. É a busca por soluções, é o acolhimento em favor do controle e reversão de uma pandemia. O impacto irá além dos custos e prejuízos financeiros. Os discursos das campanhas de marketing estão à prova.

Hoje, os ativos intangíveis representam mais de 70% da composição de ativos totais de uma marca. Aos olhos do investidor essa é a grande oportunidade para se destacar no mercado corporativo: empresas que se comprometem com um propósito maior em um momento tão crítico como esse da Covid-19, e que criam oportunidades e fortalecem vínculos emocionais de confiança, com empatia, estima e admiração – pontos que compõem a reputação de uma organização de sucesso.
Ana Rita Petraroli é sócia-fundadora do Petraroli Advogados.

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