15 de fevereiro de 2021

A relevância da aplicação foliar para o produtor de soja

A cultura da soja, atualmente, é uma das mais relevantes para o agronegócio brasileiro, e desafiar índices já acima da média exige uma nutrição equilibrada e de alta qualidade para o desenvolvimento dos grãos e obtenção de resultados ainda melhores. Atualmente, a commodity está no patamar mais alto já registrado e apresenta excelentes perspectivas para safra 20/21. O anúncio feito no mês de dezembro de 2020 pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) revelou que as exportações de soja em grão encerraram o ano com 82,3 milhões de toneladas, acima das 82 milhões de toneladas projetadas em novembro. Os embarques alcançaram 74 milhões de toneladas em 2019.

Os números são promissores e ainda há margem para um desempenho superior. Mas, para isso é necessário investirmos em um manejo integrado e sustentável, com insumos de qualidade, que nos levem a uma forma de construir a alta produtividade, minimizando ao máximo riscos e perdas para o alcance dos resultados esperados. A análise de solo é um dos fatores fundamentais para uma produtividade de excelência. É desta forma que o produtor pode efetuar o melhor aporte de nutrientes de forma personalizada. Sem contar que saber o melhor momento da aplicação de nutrientes é sem dúvida um dos principais pontos para uma produtividade eficaz. Desse início até o dia da colheita, o produtor tem um longo caminho a percorrer, com desafios comuns em uma lavoura, que podem impactar seu potencial, caso ela não esteja devidamente nutrida e equilibrada.

Nesse contexto, os fertilizantes foliares devem ser utilizados ao longo do ciclo para que os nutrientes e substâncias que estimulam o metabolismo energético da planta possam promover maior resistência ou recuperação das plantações. Ademais, as aplicações foliares na pré-florada e no estágio R1 (início do florescimento) podem favorecer o suprimento nutricional. Os resultados obtidos com a utilização desta técnica são excelentes e podem variar de acordo com a cultura, dose, qualidade do produto utilizado e nível tecnológico adotado.

Atualmente, o mercado conta com tecnologias que suprem e atendem as necessidades nos momentos mais críticos da cultura da soja, épocas em que o produtor enfrenta mais adversidades. A primeira fase crítica é logo após a emergência da cultura, momento de controle de plantas daninhas, fase essencial para que o produtor possa controlar a competição dentro de sua lavoura. Porém, na cultura da soja (por mais resistente que seja) há um estresse metabólico que resulta em perdas do potencial produtivo, caso o produtor não dedique atenção a isso.

O segundo ponto crítico é o desenvolvimento vegetativo da cultura. Nesse período, a soja tem um alto gasto energético, e pode sofrer estresses de variadas formas (estresse hídrico, doenças, excesso de chuva, herbicidas aplicados, etc). Uma planta bem equilibrada nutricionalmente pode passar por períodos de estresse de forma facilitada, quando comparada a uma menos nutrida. Com uma combinação única de nutrientes, todos relacionados ao desenvolvimento, produção e qualidade da cultura, os fertilizantes poderão suprir a alta demanda nutricional, mantendo o equilíbrio da planta para uma melhor sanidade da mesma.

O terceiro ponto crítico é o momento de florescimento da cultura da soja. O abortamento de flores é algo comum na soja. Normalmente ela floresce e tem mais flores do que o número de vagens que pode comportar. O objetivo da planta é a de sempre garantir qualidade e viabilidade das sementes. Porém, alguns fatores externos podem contribuir para um maior abortamento dessas flores, entre eles estão o estresse climático e as deficiências nutricionais. Por essa razão, é recomendável o uso do boro, que é um nutriente muito dinâmico no solo, porém, imóvel na planta. Ele é muito importante no transporte de açúcar nos tecidos vegetais e fundamental para o processo de fecundação na fase de florescimento.

Por fim, chegamos à fase de enchimento dos grãos, que é quando a planta demanda mais água e nutrientes. Em grande parte, eles serão redistribuídos pelas partes vegetativas da soja. Assim, mais uma vez destaca-se a importância dos fertilizantes foliares, porque é nesse período que eles irão agir para que o potencial produtivo da lavoura seja além do esperado. Com os apontamentos das fases críticas das plantações da soja e a solução para que elas sejam cada vez mais produtivas, o produtor deverá ficar mais atento aos cuidados específicos para cada estágio de sua lavoura. Todos esses períodos críticos poderão ser contornados e desta forma atenderão às exigências do mercado interno e externo, que estão cada mais criteriosos com a qualidade dos grãos.

Jorge Felipe Rosemback Stachoviack é engenheiro agrônomo e especialista agronômico líder do Programa NutriPasto e SuperSoja da Yara

Yara
A Yara, líder mundial em nutrição de plantas, cultiva conhecimento para alimentar o mundo e proteger o planeta de forma responsável. Para concretizar esses compromissos, desenvolve ferramentas agrícolas digitais destinadas à agricultura de precisão e trabalha em estreita colaboração com seus parceiros em toda a cadeia de valor de alimentos. Fundada na Noruega, em 1905, para resolver a emergente crise de fome na Europa, está presente no mundo todo, com mais de 17 mil colaboradores e operações em mais de 60 países, com um objetivo comum: ser a empresa de nutrição de plantas do futuro. Em 2020, a companhia passou a adotar uma nova estrutura global organizacional, com operações direcionadas para suas unidades regionais (Américas, Europa, Ásia/África), uma unidade de Plantas Globais/Excelência Operacional, e uma nova função de Farming Solutions, refletindo maior foco no cliente.

No Brasil, a Yara está presente em todos os principais polos agrícolas – são 5 unidades de produção de fertilizantes e misturadoras em mais de 20 cidades, além de 2 escritórios corporativos. Com 6,2 mil colaboradores, a empresa busca desenvolver soluções nutricionais sustentáveis para todos os perfis de produtores e culturas, colaborando com o crescimento da agricultura e o protagonismo do país no desafio de alimentar uma população mundial crescente. Desde que se instalou no Brasil, na década de 70, a Yara vem trabalhando para fomentar a produção nacional de fertilizantes, reduzindo a dependência de importação de matéria-prima e, consequentemente, o custo final dos insumos ao produtor. A companhia também fornece soluções industriais para a redução de poluentes, melhorando a qualidade do ar das cidades.

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