19 de fevereiro de 2022

A crise dos fertilizantes no mundo: a coisa está russa!

Dentre alguns dos assuntos que unem Rússia e Brasil, o agronegócio está no centro da pauta e, mais especificamente, os fertilizantes. A agricultura brasileira é essencialmente dependente da importação de fertilizantes, uma vez que nossos solos, principalmente da região do Cerrado, são desprovidos de alguns dos principais nutrientes essenciais para a produção de alimentos. A Rússia é um país de grande importância para o mercado de fertilizantes brasileiro, sendo responsável por aproximadamente 22% dos 41,1 milhões de toneladas de fertilizantes importados pelo Brasil em 2021. Já a representatividade russa no mercado mundial de fertilizantes demonstra sua importância: 2º produtor mundial de fertilizantes nitrogenados, 4º em fosfatados e 2º em potássicos.

Por outro lado, o Brasil é reconhecido mundialmente como uma potência agrícola, como grande produtor e exportador de alimentos, o que nos torna dependentes da importação de fertilizantes para manter os altos patamares produtivos. Desta forma, o tema fertilizante, conforme afirmava nosso saudoso Prof. Alfredo Scheidt Lopes, deveria ser tratado como assunto de segurança nacional. Hoje, a palavra do professor emérito de Lavras vai se revelando uma grande verdade.

Vale lembrar que o agronegócio brasileiro foi responsável por 26,6% no Produto Interno Bruto(PIB) do país, podendo subir para 28% em 2021, segundo projeções da CNA e do Cepea. Entretanto, a crise na oferta de fertilizantes pode trazer problemas para a economia brasileira, afetando a produção, o que pode provocar o desabastecimento de alimentos e, como consequência, causar efeitos severos na inflação.

O cenário que se apresenta, mostra claramente que o uso de fertilizantes é o caminho mais sensato para aumentar o rendimento das lavouras, isto é, produzir mais alimentos por área. A FAO, organização voltada para alimentos e agricultura das Nações Unidas, em relatório de 2007, indicou “que não seremos capazes de alimentar 10 bilhões de pessoas em 2050 sem o uso criterioso de fertilizantes minerais”.

Desta forma, o Brasil faz seus esforços para manter o suprimento de fertilizantes para que possamos manter a capacidade produtiva de nossos solos, produzindo grãos, proteínas, fibras e energia. Com a tecnologia empregada em nossa agricultura, o agronegócio brasileiro continua produzindo com eficiência e sustentabilidade, assegurando não somente o abastecimento interno, mas exportando para a demanda global de alimentos.

Valter Casarin é Coordenador Científicos da NPV.

Sobre a NPV
A Nutrientes para a Vida (NPV) nasceu com objetivo de melhorar a percepção da população urbana em relação às funções e os benefícios dos fertilizantes para a saúde humana. Braço da fundação norte-americana NFL – Nutrients For Life – no Brasil, a NPV trabalha baseada em informações científicas. O uso de fertilizantes de forma responsável e correta é o caminho para oferecer à sociedade oportunidade para maior segurança alimentar e qualidade nutricional dos alimentos e, sobretudo, produzindo de forma sustentável e com total respeito ao ambiente. Nutrir o solo, através dos fertilizantes, é a forma mais sensata de produzir alimentos em quantidade e qualidade para as pessoas, além de valorizar a preservação de nossas florestas.

A missão da NPV é esclarecer e informar a sociedade brasileira, com base em estudos científicos, sobre a importância e os benefícios dos fertilizantes na produção e qualidade dos alimentos, bem como sobre sua utilização adequada. A NPV tem sua sede no Brasil, é mantida pela ANDA (Associação Nacional para Difusão de Adubos) e operada pela Biomarketing. A iniciativa conta ainda com parceiros como: Esalq/USP, IAC, UFMT, UFLA e UFPR. Saiba mais sobre o novo cliente em https://www.nutrientesparaavida.org.br/

 

 

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