28 de maio de 2018

Um bilhão de aves e 20 milhões de suínos poderão morrer

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) alerta que 1 bilhão de aves e 20 milhões de suínos poderão morrer nos próximos dias devido à falta de ração no campo. O acordo consolidado ontem entre Governo Federal e caminhoneiros ainda não surtiu efeito nas estradas.  Caminhões com carga viva não são autorizados a transitar.  A situação mais grave está no trânsito de ração, que está sendo impedido. Em diversos locais, já há falta de insumos e animais estão sem alimentação.  Aqueles que ainda contam com estoques, estão fracionando para prolongar ao máximo a oferta do alimento. A mortandade de animais é iminente e há risco de canibalização.  Os reflexos sociais, ambientais e econômicos são imponderáveis. Nesta sexta-feira, a ABPA registrou 152 plantas frigoríficas de aves e suínos paradas.  Mais de 220 mil trabalhadores estão com atividades suspensas. A situação setorial é caótica.  Empresas poderão fechar devidos aos prejuízos causados pela paralisação. Uma intervenção rápida e forte por parte do governo é urgente para evitar a mortandade de milhões de animais.

Falta de ração causada por greve provoca canibalismo entre aves – A greve dos caminhoneiros, que impede a chegada de ração e insumos às granjas no interior de Minas, está provocando canibalismo entre os frangos. Normalmente, essa situação ocorre quando há uma superpopulação no local de criação ou quando há uma carência de vitaminas nos alimentos das aves. Elas então passam a se agredir comendo as penas umas das outras, o que chega a provocar ferimentos que podem levar à morte. “Os frangos estão comendo outros frangos devido à falta de ração”, diz o diretor da Associação Mineira de Avicultores (Avimig), Cláudio de Almeida Faria.

Altamente dependente do transporte, a avicultura é um dos setores que mais sofrem com a paralisação dos caminhoneiros. Desde o início do movimento, tem havido mortandade de pintinhos e também de frangos antes do ponto de abate por causa da falta de ração. Cláudio Faria informa que está ocorrendo nas unidades de criação em Minas a mortandade de 36 mil frangos por hora, sem que os animais estejam em ponto de abate.

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