Nos últimos cinco anos, o agronegócio brasileiro tem se consolidado como um dos principais motores da economia do país, respondendo por mais de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Para ampliar ainda mais seu peso nesta importante equação, ele necessita incorporar novas tecnologias, capazes de harmonizar sustentabilidade e eficiência.
Essa é uma das principais conclusões do artigo “AgroTech – Tecnologia no Agronegócio Brasileiro: Inovação, Desafios e Oportunidades”, produzido pelo Observatório Softex, unidade de estudos e pesquisas da entidade. Ele foi lançado no estande da Assespro-PR, durante o Show Rural Digital, espaço dedicado à inovação e transformação digital dentro da maior feira agro da América Latina, o Show Rural Coopavel, realizado na última semana em Cascavel, Paraná.
O levantamento destaca o crescimento das exportações agropecuárias, que somaram US$ 166,2 bilhões entre julho de 2023 e junho de 2024, mas também aponta uma leve redução na participação do agronegócio no PIB. Essa desaceleração pode ser atribuída a fatores como mudanças climáticas, aumento dos custos de produção e necessidade de maior investimento em inovação.
Segundo Rayanny Nunes, coordenadora de novos negócios da Softex, a modernização do agronegócio depende da incorporação de avanços tecnológicos, aliada ao fortalecimento de políticas públicas. O white paper aponta que tecnologias como IA, IoT, Big Data e blockchain vêm transformando a gestão de recursos e operações agrícolas.
A IA pode analisar grandes volumes de dados para otimizar o uso de insumos e prever condições climáticas, enquanto o IoT permite monitorar em tempo real fatores como temperatura, umidade e saúde das plantas e dos animais. Big Data, por sua vez, auxilia na análise de dados históricos e tendências para tomar decisões mais informadas e melhorar a gestão agrícola.
Já o blockchain garante a rastreabilidade e a transparência de toda a cadeia produtiva, desde a origem dos produtos até o consumidor final, aumentando a confiança e reduzindo fraudes. Juntas, essas tecnologias permitem que os produtores tomem decisões mais assertivas, reduzam custos e aumentem a sustentabilidade no setor. No entanto, desafios como falta de infraestrutura em áreas rurais, necessidade de capacitação profissional e altos custos iniciais dificultam sua adoção.
O artigo também destaca o papel de startups apoiadas pela Softex no desenvolvimento de soluções inovadoras para o setor, incluindo monitoramento remoto, gestão agrícola e mitigação de riscos climáticos. Além disso, reforça a importância da colaboração entre setor público, privado e academia para superar barreiras estruturais e econômicas, ampliando a conectividade no campo e incentivando a capacitação técnica.
“A construção e implementação de políticas públicas voltadas à ampliação da conectividade no campo, incentivos financeiros para a aquisição de tecnologias e programas de capacitação técnica são fundamentais para superar barreiras estruturais e econômicas e acelerar a introdução de inovações acessíveis e adaptadas às necessidades locais”, conclui Rayanny Nunes.
Para baixar gratuitamente a íntegra do artigo acesse https://softex.br/observatorio-softex/