O estado do Rio de Janeiro vai sediar a primeira usina agro-solar da Região Sudeste, fruto de uma parceria firmada entre a GNA (Gás Natural Açu), a alemã SUNfarming e a Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF). O anúncio foi feito nesta quarta-feira (1º/10), durante a feira Rio+Agro, no Riocentro, no estande da Secretaria de Estado de Energia e Economia do Mar (Seenemar). O programa Fala Carlão, uma das plataformas do Grupo Publique, participou da feira e traz ao público em breve entrevistas exclusivas feitas com os especialistas e líderes participantes do evento.
Com investimento de R$ 15 milhões, o projeto será instalado na Escola Técnica Agrícola Antônio Sarlo, em Campos dos Goytacazes. A proposta segue o modelo agrifotovoltaico, que permite o uso simultâneo da terra para geração de energia e cultivo agrícola. A usina terá capacidade de produzir até 1,5 MW de energia solar ao mesmo tempo em que mantém a produção de alimentos, assegurando segurança alimentar, geração de renda e capacitação profissional para a comunidade local.

Além de atender à demanda da unidade de ensino, a usina contará com um Centro de Treinamento e Pesquisa, em cooperação com instituições brasileiras e alemãs. O espaço oferecerá cursos sobre agricultura, eletricidade e instalação de painéis solares, ampliando a qualificação da mão de obra regional.
O secretário de Estado de Energia e Economia do Mar, Cássio Coelho, destacou a relevância da iniciativa: “Essa usina agro-solar é um marco porque une inovação, sustentabilidade e formação profissional, mostrando como é possível gerar desenvolvimento com responsabilidade”.
Já o diretor-presidente da GNA, Emmanuel Delfosse, ressaltou que o projeto inaugura a entrada da empresa no segmento solar e simboliza um novo passo para a transição energética: “Esse marco reforça nosso compromisso com a segurança energética, ao mesmo tempo em que cria oportunidades para as comunidades locais e promove o desenvolvimento sustentável no Norte Fluminense e em todo o Estado do Rio de Janeiro”.
Como funciona o modelo agro-solar – No sistema agrifotovoltaico, as placas solares são projetadas para permitir a passagem parcial da luz, favorecendo o cultivo abaixo delas. Essa tecnologia garante dupla vantagem: a produção de energia limpa e a continuidade da atividade agrícola no mesmo espaço. O arranjo também melhora a distribuição da água da chuva e controla a exposição solar, tornando o ambiente mais adequado para diferentes culturas.