Mais de 35% dos negócios no RS ainda estão fora de operação

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Roca Sales (RS), 22/06/2024 - Raquel Lima em frente a sua loja, após enchente que atingiu toda a região. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

Quase 600 mil negócios em todo o estado foram impactados de alguma forma pelas enchentes de maio, mas cenário é de reconstrução conjunta.

 

A “Pesquisa de Impacto das Enchentes no RS”, realizada pelo Sebrae RS em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) para entender a situação dos empreendedores depois das enchentes de maio, revelou que 35,71% dos negócios estão fora de operação até o momento. Estão parcialmente paralisados 25,15%, ou 4.229 dos que responderam.

O estudo ouviu até 11 de julho 16.815 empreendedores. O levantamento (que está aberto ainda para os respondentes) busca compreender as necessidades com mais precisão a partir de quando a água começou a baixar. Do total de empreendedores que responderam à pesquisa, 35,91% são microempresas, 27,95% são microempreendedores individuais, 22,03% estão enquadrados como empresas de pequeno porte, 9,27% como médias empresas, 3,5% como produtores rurais. Outros 1,34% se identificaram como grandes empresas.

De acordo com os dados, 29,8% dos empreendedores informaram que levarão de quatro a seis meses para o seu negócio retomar a normalidade. Já 28,6% acreditam que esse processo ocorrerá dentro de um a três meses. Para quase 15,2% dos entrevistados, o negócio só voltará a operar normalmente entre dez e 12 meses. Para outros 10,5% isso ocorrerá entre sete e nove meses.

“O cenário que visualizamos é complexo e bastante desafiador para todos. Qualquer ajuda representa uma diferença na hora de ponderar a retomada do negócio ou fechar. Por isso, apoios tais como o do Sebrae, do Governo do Estado, das Instituições Financeiras, do Governo Federal e tantos outros precisam ser somados para enfrentamento da crise atual”, diz o diretor-superintendente do Sebrae RS, Ariel Berti.

Ainda de acordo a pesquisa, 23,2% dos entrevistados responderam que tiveram até R$ 10 mil de perda com ativos (imóvel, máquinas, equipamentos e veículos). Outros 19,3% relataram prejuízo entre R$ 20 mil e R$ 50 mil. Já 15,8% informaram prejuízo entre R$ 10 mil e R$ 20 mil. Cerca de 12% registraram perda entre R$ 50 mil e R$ 100 mil e em torno de 9% entre R$ 100 mil e R$ 500 mil.

Já no quesito perda de estoque, quase 30% revelaram perda de até R$ 10 mil, 13,8% entre R$ 10 mil e R$ 20 mil e 12,6% informaram perda entre R$ 20 mil e R$ 50 mil. Já no que se refere ao impacto econômico, que envolve atividade interrompida, diminuição da produção e perda de clientes, quase 26% relataram perda de até R$ 10 mil. Outros 21% calculam prejuízo entre R$ 10 mil e R$ 20 mil. Já 18% projetam perda entre R$ 20 mil e R$ 50 mil, 15% entre R$ 50 mil e R$ 100 mil e 11,5% entre R$ 100 mil e R$ 500 mil.

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