O Brasil atravessa uma revolução no uso de tecnologias espaciais que promete transformar setores estratégicos do país. No agronegócio, responsável por alimentar cerca de 10% da população mundial, o desafio ainda é otimizar recursos e aumentar a produtividade de forma sustentável. Estudos da FAO indicam que o uso de satélites pode reduzir em até 20% o consumo de insumos e água.
No meio ambiente, os dados recentes mostram a urgência da inovação: em 2024, o desmatamento da Amazônia ultrapassou 5.100 km², e em 2023 o Brasil liderou o ranking global de queimadas, segundo o programa Copernicus. Nas áreas urbanas, onde vivem 85% dos brasileiros, desastres ambientais afetam cerca de 8 milhões de pessoas por ano, gerando prejuízos superiores a R$ 55 bilhões, aponta estudo do Ceped/UFSC.

José Renato da Costa Alberto, fundador e CEO da SpotSat, empresa de monitoramento via satélite, destaca o papel da tecnologia: “Imagens e inteligência de satélite permitem decisões estratégicas mais precisas, seja prevendo safras, otimizando recursos hídricos, combatendo desmatamentos ilegais em tempo real ou planejando a expansão urbana de forma mais segura e eficiente”.
Além de ambiental, o avanço tecnológico traz oportunidades econômicas. O mercado global de créditos de carbono deve chegar a US$ 250 bilhões até 2030, segundo a McKinsey, mostrando como o monitoramento ambiental pode gerar novas receitas e estimular práticas sustentáveis em larga escala. O acesso a essas ferramentas deixou de ser exclusivo de órgãos governamentais e centros de pesquisa, tornando-se essencial para empresas, governos e cidades que buscam soluções inteligentes e sustentáveis.
Diante dessas possibilidades, o CEO da SpotSat projeta o futuro do país no cenário global. “Nos próximos anos, a integração de análise de dados e monitoramento por satélite pode tornar o Brasil referência mundial em produtividade, preservação ambiental e qualidade de vida urbana”, afirma José Renato da Costa Alberto.
A Spotsat é uma empresa brasileira que desenvolve soluções inovadoras a partir de dados e imagens de satélite, focadas no agronegócio sustentável e na preservação ambiental. Com dois anos de atuação, a empresa utiliza inteligência artificial para identificar culturas e detectar desmatamento em todo o país. A Spotsat está próxima de lançar o primeiro cubesat brasileiro, reforçando seu compromisso com a vanguarda tecnológica e soluções personalizadas para os clientes.