4 de abril de 2018

Embrapa e empresas criam “Associação Rede ILPF” para ampliar sistemas integrados

Confirmado para amanhã, quarta-feira, 4 de abril, às 15 horas, o lançamento da Rede ILPF, uma associação formada entre Embrapa, cooperativa Cocamar e as empresa John Deere, Soesp e Syngenta. O lançamento será no auditório Biomas, na sede da Embrapa, em Brasília, DF. O objetivo da iniciativa é estimular o uso da tecnologia de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e ajudar a garantir que o Brasil alcance 19,3 milhões de hectares  com ILPF até 2020. Atualmente, estima-se que cerca de 14,6 milhões de hectares brasileiros sejam gerenciados com o uso de sistemas integrados.

A parceria público-privada marca uma nova fase de um trabalho iniciado em 2012, quando se formou a Rede de Fomento ILPF. Naquela época, com outra constituição jurídica, as empresas passaram a aportar anualmente R$ 500 mil cada uma em uma fundação para custear ações conduzidas pela Embrapa, como a instalação de 107 Unidades de Referência Tecnológica, realização de dias de campo e eventos técnicos, capacitação de profissionais, além da geração de informações sobre os sistemas integrados de produção agropecuária. O objetivo era o de acelerar o processo de transferência de tecnologia, possibilitando uma ampla adoção da ILPF por parte de produtores em todo o país.

A transformação da Rede ILPF em uma associação visa facilitar a entrada de novas empresas parceiras, de modo a possibilitar a ampliação do escopo de ações desenvolvidas. De acordo com o presidente do Conselho Gestor da Rede ILPF e pesquisador da Embrapa, Renato Rodrigues, a expectativa é que a associação possa contar com representantes de diferentes setores como a base florestal, cadeia produtiva do leite e de tecnologia da informação, por exemplo. No evento de lançamento da Rede ILPF os representantes das instituições participantes da associação farão a assinatura do termo de cooperação. Entre as presenças já confirmadas estarão os presidentes da Embrapa, Maurício Lopes, da John Deere no Brasil, Paulo Herrman, da Cocamar Luiz Lourenço.

Novos rumos – Nesta nova fase, a Rede ILPF continuará o trabalho de transferência de tecnologia, capacitação de assistência técnica e de comunicação que já vem sendo feito, buscando aperfeiçoá-lo. Além disso, terá foco na internacionalização, na agregação de valor por meio da certificação e na inovação. A expectativa é que o dinheiro aportado pelas empresas participantes da Rede ILPF seja usado principalmente para manutenção da Associação, ações de comunicação e de transferência de tecnologia. Para as demais ações, o foco estará na captação de recursos de fundos internacionais. “Temos uma meta de captar 1 bilhão de dólares até 2030 para financiar projetos de pesquisa e ações relacionadas à transferência de tecnologias. Entre as prioridades estão a definição de métricas para o reconhecimento internacional da ILPF como mitigadora de emissões de gases de efeito estufa e o desenvolvimento de uma plataforma digital de ATER [assistência técnica e extensão rural]”, afirma Renato Rodrigues.

ILPF em Números – A ILPF é uma tecnologia brasileira. Ela se caracteriza como uma estratégia de produção que integra a agricultura, a criação de animais e o plantio de árvores em uma mesma área, de modo a haver interação positiva entre os componentes e gerando benefícios sociais, ambientais e econômicos. De acordo com pesquisa encomendada pela Rede ILPF, em 2016 o Brasil possuía 11,5 milhões de hectares com algum tipo de sistema integrado. 83% dessa área são formados por sistemas de integração lavoura-pecuária (ILP), 9% por ILPF, 7% por sistemas de pecuária-floresta (IPF) e 1% de integração lavoura-floresta (ILF).

Com base na pesquisa de 2016, a Plataforma ABC, grupo multi-institucional formado para acompanhar a redução das emissões de gases de efeito estufa, estima que na safra 2017/18 a área com sistemas integrados chegue a 14,6 milhões de hectares. A projeção é que até 2020 a área chegue a 19,3 milhões de hectares. Sendo uma tecnologia de baixa emissão de carbono, a ILPF é uma das apostas do governo brasileiro para cumprir os compromissos de redução de emissão de gases de efeito estufa assumidos internacionalmente.

Fonte: Assessoria de Imprensa

 

 

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