22 de abril de 2024

Dia Mundial da Agricultura terá sessão solene na Câmara

Bancada ligada ao agronegócio prepara reação legislativa ao “abril vermelho” do MST, com a aprovação de projetos que endurecem penas contra invasores.

 

A semana em Brasília será de muita articulação e trabalho em torno das pautas que envolvem o agronegócio e a defesa do direito de propriedade. Já nesta terça-feira (23), a partir das 12h, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) promove reunião-almoço para discutir o Pacote Anti-Invasão, conjunto de projetos de lei para punir com mais rigor os invasores de terras, tornar obrigatório aos movimentos sociais a utilização de CNPJ e acelerar a reintegração de posse para os legítimos proprietários.

A reunião-almoço na FPA (QL 10, Conj 8, Casa 19 – Lago Sul) terá a presença do presidente da Frente Parlamentar Mista Invasão Zero (FPMIZ), deputado Luciano Zucco (foto acima), do PL do Rio Grande do Sul, que vai detalhar o plano de ação do colegiado frente ao chamado “abril vermelho” do MST. “Vamos nomear coordenadores regionais em todos os estados como forma de organizar uma reação à escalada de violência no campo. E trabalharemos em parceria com os governadores, para que eles assinem nossa carta-compromisso em defesa da segurança jurídica. Invasão é crime e ponto final. E a tolerância aos invasores deve ser zero”, argumentou Zucco.

Já na quarta-feira (24), às 11h, no Plenário Ulysses Guimarães, está prevista a realização de uma Sessão Solene em homenagem ao Dia Mundial da Agricultura. O evento contará com a presença de produtores rurais e das principais lideranças do setor produtivo nacional. De acordo com Zucco, se o MST tem o abril vermelho, “nós temos os 12 meses do ano dedicados ao verde da soja, o amarelo do milho, o marrom do café, o branco do algodão e tantas outras tonalidades que compõem a paleta de cores do agronegócio. Para os verdadeiros produtores rurais, todos os dias servem para mostrar o quanto eles são imprescindíveis para a economia desse país”, destacou.

Somente nos últimos 33 anos, a produção de grãos no Brasil cresceu 429%, enquanto a área plantada aumentou 108%. Nestas últimas três décadas, o agronegócio tem sido a âncora da economia brasileira, cuja participação no Produto Interno Bruto (PIB) é de 24,8%. Juntas, a produção agrícola, a agroindústria, o transporte, a distribuição e a comercialização de produtos empregam cerca de 20 milhões de trabalhadores, algo em torno de 20% do mercado de trabalho do Brasil.

A balança comercial só é positiva graças à comercialização dos produtos agropecuários, que ocupam as prateleiras dos supermercados ao redor do mundo. Para quem não sabe, o Brasil é o maior exportador global de commodities agrícolas, como soja, milho, café, carne bovina, aves, açúcar, papel e celulose. Em 2023, nosso superávit comercial foi de US$ 99 bilhões. No entanto, o superávit do agronegócio foi bem maior, algo em torno de US$ 150 bilhões, porque os demais setores (indústria e serviços) foram deficitários em US$ 51 bilhões.

Esse verdadeiro milagre diário é realizado em apenas 9% do território nacional, ou nos 72 milhões de hectares de áreas cultivadas. Hoje, o Brasil sozinho alimenta cerca de um bilhão de seres humanos. Esse protagonismo mundial levou a Organização das Nações Unidas (ONU) a admitir que teremos que ampliar em mais de 40% a oferta de alimentos para atender ao crescimento da população mundial, que deve passar dos atuais 7 bilhões para mais de 9 bilhões de habitantes em 2050. “Se você tomou café, almoçou ou jantou no dia de hoje, agradeça ao produtor rural. Isso também vale para as lideranças do MST”, finalizou Zucco.

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