31 de outubro de 2023

Conferência na USP vai debater transição energética

Promovida pelo RCGI, a 6ª edição da Conferência de Pesquisa e Inovação em Transição Energética será realizada de 7 a 9 de novembro.

 

As inovações tecnológicas e as políticas públicas necessárias para a descarbonização do setor energético no Brasil irão pautar as principais discussões da 6ª edição da Conferência de Pesquisa e Inovação em Transição Energética (ETRI – Energy Transition, Research and Innovation Conference), que acontece de 7 a 9 de novembro, na USP, em São Paulo (SP). Promovido pelo Centro de Pesquisa e Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), o evento contará com mais 500 cientistas, representantes do governo e executivos de grandes empresas, do Brasil e do exterior.

“Abrimos a discussão para além das tecnologias, pois sem políticas públicas adequadas não há como promover a transição energética. É preciso ter uma definição melhor de quais são os caminhos para atingirmos as metas de redução de gases de efeito estufa [GEEs]; e reunir representantes do governo e da indústria é um passo importante nesse sentido”, afirma Suani Teixeira Coelho, professora do Programa de Pós-Graduação em Energia da USP, coordenadora de projetos do RCGI, e Chair do Comitê Científico da conferência.

A Chair geral do evento, Karen Mascarenhas, diretora de Recursos Humanos e Comunicação Institucional no RCGI e vice-coordenadora de um projeto voltado para percepção social das tecnologias de transição energética, acrescenta que as discussões estarão alinhadas com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. “O RCGI reúne mais de 600 pesquisadores que trabalham em projetos de pesquisas com foco, principalmente, na mitigação das emissões de GEEs, para ajudar o Brasil a atingir as metas das Contribuições Nacionalmente Determinadas [NDCs]. São inovações de interesse direto da indústria e do governo”, afirma.

Especialistas confirmados – Entre os palestrantes e painelistas do governo confirmados estão o secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty, embaixador André Correa do Lago, e os deputados federais Arnaldo Jardim e Fabio Feldman. Do setor privado, Alexandre Breda, gerente de Tecnologia de Baixo Carbono e Transição Energética da Shell Brasil; Plinio Nastari, presidente da Datagro; Viviane Romeiro, diretora na área do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável; Camila Farias, líder de projetos da Shell Brasil; e Elbia Gannoun, presidente da ABeeolica.

Já da academia estão confirmados dezenas de cientistas de renome internacional, como Paulo Artaxo, membro do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas); Carlos Nobre, da Academia Brasileira de Ciências; Nigel Brandon, diretor da Faculdade de Engenharia do Imperial College de Londres; Chinnakonda Gopinath, vice-diretor do Laboratório Nacional de Ciências da Índia; André Faaij diretor científico da TNO Energy & Materials Transition e professor da Universidade de Ultrecht na Holanda, entre outros.

A programação contará com três keynote speakers, oito painéis de discussão. Um deles será voltado para as startups de alta tecnologia, também chamadas de deep techs, que têm um papel fundamental na transição energética. Serão apresentados ainda mais de 200 trabalhos científicos, do RCGI e de outras instituições de pesquisa. “São nove trilhas temáticas, com pesquisas alinhadas à vocação energética do país”, destaca Mascarenhas.

 

Serviço:

A Conferência ETRI 2023 é um evento aberto e as inscrições devem ser feitas neste link. Mais informações sobre palestrantes, painelistas, programação e demais detalhes estão disponíveis e atualizadas em tempo real no site da conferência. 

 

Sobre o RCGI – O Centro de Pesquisa e Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) é um Centro de Pesquisa em Engenharia, criado em 2015, com financiamento da FAPESP e de empresas por meio da cláusula de P,D&I da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) dos contratos de exploração e comercialização de petróleo e gás. Atualmente estão em atividade cerca de 60 projetos de pesquisa, ancorados em sete programas: NBS (Nature Based Solutions); CCU (Carbon Capture and Utilization); BECCS (Bioenergy with Carbon Capture and Storage); GHG (Greenhouse Gases), Advocacy, Innovation Power Systems e Decarbonization.

O centro, que conta com cerca de 600 pesquisadores, mantém colaborações com diversas instituições, como Oxford, Imperial College, Princenton e o National Renewable Energy Laboratory (NREL), além de projetos de longo prazo com centros de pesquisa dos Estados Unidos por meio da iniciativa Center 2 Center (C2C), financiada pela FAPESP e pela National Science FoundationSaiba mais.

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