19 de dezembro de 2013

Ceias de fim de ano contam com amêndoas de agricultores do semiárido baiano

Sete polos, 21 municípios e 750 agricultores familiares. Os números são da Cooperativa da Cajucultura Familiar do Nordeste da Bahia (Cooperacaju), que trabalha a todo vapor no decorrer do ano para que os brasileiros possam ter as festas de fim de ano mais recheadas. A partir da castanha, a matéria bruta da cooperativa, os agricultores tiram a amêndoa, que chega às ceias em embalagens que variam de tamanho e preço.

A safra da castanha ocorre no fim do ano, a partir de outubro, e segue até o início do ano, em janeiro. Depois disso, o produto é estocado e vendido durante os meses restantes. Mas e a qualidade do produto? “Isso não compromete a qualidade da amêndoa”, esclarece Josiel Campos, consultor da Cooperacaju.

Com a chegada das festas de natal e ano-novo, Josiel afirma que as vendas das amêndoas na cooperativa crescem, em média, 20%. Os agricultores comercializam embalagens a partir de R$ 2,50 o pacote de 50g, mas as mais procuradas são os de 250g ou de meio quilo. “Os preços variam de acordo com os de mercado”, explica.

Os agricultores se dividem entre as mini fábricas nos polos de Banzaê, Cícero Dantas, Lamarão, Olindina, Ribeira do Amparo, Novo Triunfo e Tucano – todos municípios do semiárido baiano. Lá, os produtores revezam entre as vendas em mercados locais e na capital (Salvador), além de fornecer o produto para a alimentação das crianças pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), executado pelo Governo Federal. Além disso, eles ainda acessam os créditos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), do Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Com toda essa preparação, Josiel não poupa elogios. “Nosso produto é de excelente qualidade. O formato é artesanal e o sabor é exclusivo da região. Tudo é totalmente produzido pela agricultura familiar, sem uso de agrotóxicos, feito de forma orgânica. A qualidade é indiscutível.”

O cooperado Genildo dos Santos endossa o discurso. Ele e a esposa tiram a maior parte da renda mensal trabalhando na Cooperacaju. O agricultor acrescenta que o produto deles é diferenciado e que o processo de armazenamento é próprio para assegurar a venda durante todo o ano. “Antes de estocarmos o produto, a castanha passa por todo um processo. A qualidade é a mesma durante todos os meses”, conta.

Para o futuro, Genildo afirma que a cooperativa quer crescer. “Nossa intenção é expandir o mercado, a partir do ano que vem. Esperamos aumentar a produção, porque queremos atender o mercado fora.”

Fonte: MDA

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