26 de maio de 2023

Bayer entrega 1ª carga de soja com pegada de carbono medida

Ação integra programa global que busca apoiar a produção sustentável nas cadeias de grãos e gerar impacto positivo para a proteção dos biomas Cerrado e Amazônia.

 

A Bayer fez a entrega da primeira carga de soja brasileira com pegada de carbono mensurada, rastreada e livre de desmatamento (DCF – Deforestation and Conversion FREE Soy). Chamada PRO Carbono Commodities, a iniciativa é a primeira que vem a público de um programa global da companhia para reforço de sua estratégia de sustentabilidade, o Bayer Proteção de Florestas, que busca demonstrar como o agronegócio pode ser parte da solução para enfrentar as mudanças climáticas e preservar a biodiversidade.

 

A entrega da primeira carga, produzida pela Bom Futuro Agrícola, será feita à ADM, empresa global gestora e processadora da cadeia de suprimento agrícola, que acompanhará a fase de transporte até a chegada do grão na unidade de armazenamento. Esta é a primeira safra do PRO Carbono Commodities, que abrange a produção de soja de 10 agricultores brasileiros localizados nos biomas Cerrado e Amazônia, em uma área total de 159 mil hectares. O projeto mensura a pegada de carbono durante toda a fase agrícola, desde o pré-plantio até colheita, e segue pela fase de transporte até a entrega do grão, com transparência e rastreabilidade de informações a fim de validar esse produto inovador junto à cadeia de comercialização da commodity.

 

A iniciativa traz a garantia de que a produção advém de uma área livre de desmatamento (DCF), que totaliza aproximadamente 90 mil hectares de vegetação natural, considerando reserva legal e seu excedente. Como pré-requisito para participação, os agricultores não podem ter convertido áreas de vegetação natural em campos agrícolas nos últimos 10 anos, ainda que legalmente autorizado, prática alinhada aos padrões internacionais de certificação de carbono. Além disso, ao integrarem do programa, assumem o compromisso de preservar o excedente de vegetação natural nas suas propriedades.

O programa registrou dados primários das áreas referentes às 240 mil toneladas de soja produzidas e contabilizou uma pegada média de carbono de 861,55 CO2 eq/t. A mensuração foi feita com ferramenta (PRO Carbono Footprint), desenvolvida colaborativamente por meio de uma parceria da Bayer com a Embrapa e lastreada em uma metodologia com reconhecimento internacional, a análise do ciclo de vida (ACV).

 

“É uma diferença considerável quando comparamos com valores disponíveis nas bases de dados reconhecidas internacionalmente e que indicam que a pegada média de carbono da soja brasileira é de 2600 kg CO2 eq/t. Essas bases comparativas são uma referência para avaliar a eficiência do processo produtivo. No entanto, é importante ressaltar que, à medida que o conhecimento científico avança, essas referências devem ser constantemente atualizadas para permitir informações mais precisas”, explica Fabio Passos, diretor do Negócio de Carbono da Bayer para a América Latina.

 

Nos próximos meses, outras iniciativas de reforço à estratégia de sustentabilidade serão anunciadas pela multinacional como parte do Bayer Proteção de Florestas. O programa será lançado primeiramente no Brasil, com iniciativas focadas no apoio à produção sustentável nas cadeias de grãos e fibras, e à criação de valor para agricultores que contribuem para a preservação da vegetação natural. Dessa forma, a Bayer junto com agricultores e parceiros buscará construir soluções para a geração de impacto positivo para a natureza.

 

Como funciona – A carga de soja produzida com pegada mensurada é auditada pelo Bureau Veritas, como terceira parte independente, e entregue à ADM com qualificação da origem, contendo as informações rastreáveis de produção e cálculo das emissões, e em consonância com análises socioambientais. Dessa forma, atestam estar sem sobreposição com terra indígena ou território quilombola e unidades de conservação, condições de trabalho análogas à escravidão, lista de áreas embargadas pelas autoridades de meio ambiente (IBAMA, SEMA e ICMBio), além da conformidade ambiental com o Código Florestal e avaliações do Cadastro Ambiental Rural (CAR).

 

Com esse sistema de rastreabilidade via QRCode e blockchain, a Bayer propicia uma maior transparência e confiança sobre a origem dos grãos para toda a cadeia, indo além do que existe no mercado atualmente. O projeto também apoia os agricultores participantes com recomendações agronômicas para que a produção seja cultivada sob um conjunto de práticas regenerativas que ajudam a reduzir as emissões de carbono.

 

O PRO Carbono Commodities é um desdobramento do PRO Carbono, iniciado em 2021 com 1,9 mil agricultores brasileiros, no qual é feito um trabalho para ampliar a produtividade no campo e o sequestro de carbono no solo pela intensificação de práticas regenerativas. 

 

“Começamos ajudando o agricultor a entender melhor a dinâmica do sequestro de carbono no solo e a partir desses aprendizados, agora estendemos nosso olhar também para toda a cadeia de valor, em busca da criação de um ecossistema que ajude as empresas a reduzir suas emissões ao longo do processo produtivo”, afirma Fabio Passos. “Estamos fazendo isso com base em ciência para promover uma agricultura cada vez mais regenerativa, que proteja a vegetação natural e apoie a descarbonização da indústria.” 

 

“Para nós da ADM é um privilégio participar como parceiros junto à Bayer e à Embrapa no desenvolvimento desta metodologia que apoia o produtor rural no Brasil e visa a preservação de florestas e uma agricultura ainda mais sustentável e regenerativa. A prática de uma agricultura que fixe mais carbono no solo e que reduza as emissões de CO2 está alinhada com os nossos compromissos ambientais, portanto a entrega de processos e produtos sustentáveis para um consumidor cada vez mais exigente é nossa prioridade”, comenta Luciano Souza, diretor de grãos da ADM América do Sul.

 

“Entendemos que será uma grande oportunidade de apresentar ao mundo nossas práticas de agricultura sustentável, que protegem a vegetação natural, evitam o desmatamento e apoiam os esforços globais de descarbonização”, diz Fernando Maggi Scheffer, diretor presidente da Bom Futuro.

 

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