ANPII Bio oferece curso sobre Fixação Biológica de Nitrogênio

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Solon-Cordeiro-Araujo

Disponibilizado gratuitamente e de forma online, objetivo da ANPII Bio é disseminar conhecimentos técnicos sobre a prática, que aumenta a produtividade ao mesmo tempo que promove a sustentabilidade

Em um cenário onde a agricultura demanda cada vez mais práticas sustentáveis, o conceito de Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) surge como uma técnica importante neste sentido, já que permite às plantas capturar o nitrogênio atmosférico e convertê-lo em uma forma utilizável, reduzindo a necessidade de fertilizantes químicos ao mesmo tempo que promove a saúde do solo. Para disseminar esse conhecimento e suas práticas, a ANPII Bio (Associação Nacional de Promoção e Inovação da Indústria de Biológicos) disponibiliza, gratuitamente e de forma online, seu curso sobre FBN, já assistido por mais de 4500 alunos desde o seu lançamento, em 2020. 

A FBN é uma prática que aumenta a produtividade das lavouras, contribui para a redução de emissões de gases de efeito estufa e promove o sequestro de carbono. “É inegável que o uso de insumos biológicos, aliado às boas práticas de manejo, é uma medida sustentável. Porém, para o agricultor, é preciso combinar sustentabilidade com rentabilidade. O papel da ANPII Bio nesse sentido é garantir um mercado com produtos de qualidade e levar o conhecimento técnico-científico aos profissionais da indústria, alunos e, finalmente, aos agricultores, com o objetivo de que os insumos sejam utilizados da forma correta no campo. Dessa forma, os resultados em aumento de produtividade e produção mais sustentável serão alcançados em maior escala”, explica Solon Cordeiro de Araújo, Conselheiro Fundador da ANPII Bio (FOTO)

O conteúdo do curso cobre diversos aspectos essenciais da FBN. Os participantes aprendem desde a introdução ao nitrogênio e seu papel no solo, até o processo detalhado de fixação em leguminosas e o uso e manejo de inoculantes. Módulos específicos abordam resultados de pesquisas científicas e tecnologias emergentes, como é o caso da coinoculação com Azospirillum, que tem mostrado resultados significativos na cultura da soja e outras gramíneas. “Cepas mais eficientes na fixação do N e consórcio com outros microrganismos benéficos são exemplos de tendências que observamos para aumentar a quantidade de nitrogênio fixado nas lavouras. Um exemplo de consórcio bem-sucedido é a coinoculação de Bradyrhizobium com Azospirillum na soja, portanto podemos explorar outras opções nessa área. Quando falamos em eficiência da FBN, pensamos na soja, que consegue alcançar altas produtividades apenas com esse processo. Porém, aumentando o potencial produtivo, também incrementamos a demanda da planta pelo nutriente. Outro exemplo são as gramíneas, nas quais ainda conseguimos baixas quantidades de N fixado em relação à demanda da planta. Acreditamos que com as ferramentas de engenharia genética cada vez mais modernas, possamos buscar novas tecnologias ainda melhores no futuro”, destaca Solon.

Dentre os benefícios que os estudantes podem esperar ao adotar as práticas e tecnologias ensinadas no curso inclui-se uma base sólida sobre como armazenar e utilizar os inoculantes de forma correta, o que resulta em melhores resultados no campo. “Tanto os ensinamentos teóricos como práticos do curso possibilitam ao agricultor ter uma base de como armazenar e utilizar os inoculantes da forma correta e o porquê isso culmina em melhores resultados no campo. É indispensável lembrar da importância de buscar complementar o aprendizado obtido no curso e estar antenado às inovações do mercado”, continua. 

O curso já foi assistido por mais de 600 alunos em sua versão atualizada. Lançada em 2023, a segunda edição inclui os mais recentes dados e resultados de pesquisas, além de uma reorganização dos conteúdos para uma melhor compreensão dos participantes. As aulas estão disponíveis em formato de vídeo, além dos materiais em PDF, proporcionando uma experiência de aprendizado mais dinâmica e acessível. Estudantes de agronomia, biologia e cursos técnicos ligados ao agronegócio compõem o público principal considerado pela ANPII Bio para essa qualificação por meio do curso EAD, mas as informações apresentadas são de utilidade para agricultores e consultores de forma geral, com linguagem acessível para quem faz parte do dia a dia do campo. O curso conta com alunos de todas as regiões do Brasil e até mesmo estudantes do Paraguai, que se inscreveram após indicação de suas Universidades.

Carlos Alcides Villalba Algarin, mestrando em Solos e Nutrição de Plantas na USP-ESALQ e um dos participantes do curso, compartilha sua experiência. “O curso é bem estruturado, com conteúdo claro e relevante. Aprendi sobre a importância dos microrganismos na agricultura e como eles são essenciais para aumentar a produtividade das culturas e reduzir o uso de adubos químicos. Estou animado para aplicar essas técnicas nas minhas lavouras”, conta.

Além disso, a ANPII Bio está comprometida em ampliar sua grade de cursos para abordar outros aspectos importantes dos bioinsumos na agricultura, em um cenário onde a demanda por insumos biológicos segue em pleno crescimento.  “Esperamos ver uma adoção ainda maior dessas tecnologias sustentáveis nos próximos anos. Continuaremos atualizando e oferecendo cursos que reflitam as inovações do setor, contribuindo para uma agricultura mais eficiente e ambientalmente responsável”, conclui o Conselheiro Fundador da ANPII Bio. 

Para mais informações e inscrições, acesse o site oficial da ANPII Bio: https://www.anpii.org.br/

Sobre a ANPII Bio
Fundada em 1990, a ANPII Bio sempre teve como missão promover a fixação biológica de nitrogênio e promoção de crescimento vegetal como tecnologias estratégicas para uma agricultura sustentável. Com o tempo, a entidade evoluiu e, em 2024, se alinhando à dinâmica natural do mercado, ampliou o seu escopo e passou a atender também outras categorias de bioinsumos, em meio a um cenário de crescimento no uso, produção e exportação desses produtos, solidificando o Brasil como um dos principais mercados globais de insumos biológicos.

A ANPII Bio, primeira associação representativa de insumos biológicos no Brasil, vem desempenhando um papel crucial na construção de uma legislação moderna e segura junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e outros órgãos reguladores. Isso permite que o setor produtivo ofereça produtos eficientes e inovadores, com biotecnologia de ponta aplicada à agricultura sustentável.

Em parceria com a Embrapa e outras instituições de pesquisa, a ANPII Bio viabilizou estudos que diversificaram e expandiram o setor, com mais de 150 empresas desenvolvendo e comercializando bioinsumos que beneficiam agricultores, o meio ambiente e a sociedade. A presença da ANPII Bio em eventos científicos, feiras agrícolas e espaços de discussão, juntamente com seu programa gratuito de EAD, tem promovido maior entendimento e conhecimento sobre a tecnologia dos biológicos e seus benefícios para a agronomia, agricultura e economia do Brasil.

Atualmente, a ANPII Bio conta com mais de 30 empresas associadas. A entidade também integra diversos fóruns relevantes de impacto ao desenvolvimento do setor no Brasil. Muito já foi feito e há muito o que se fazer para que os insumos biológicos estejam ainda mais presentes na agricultura brasileira e mundial e contribuam para a sustentabilidade da produção agrícola. Para mais informações, acesse: www.anpii.org.br

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