A chegada do inverno e os cuidados com a alimentação do gado de corte e leite

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Frederico Osório Velasco e Leandra Queiroz de Melo

Frederico Osório Velasco1; Leandra Queiroz de Melo2

1Especialista em Nutrição de Ruminantes Vaccinar; 2Gerente Nutrição de Ruminantes Vaccinar

O Brasil se encontra em lugar de destaque no mercado internacional de produtos agropecuários. Segundo dados do IBGE (2015) o país possui um rebanho bovino superior a 212,3 milhões de cabeças, com 34,4 milhões de animais abatidos em 2013, detendo cerca de 19% do mercado mundial de carne, e uma produção de leite de 27 bilhões de litros ao ano, o sexto maior produtor mundial (USDA, 2016). Apesar de bem posicionado no mercado global, o Brasil apresenta índices de produtividade abaixo dos seus principais concorrentes, portanto, há a possibilidade de se colocar ainda melhor.

Ainda de acordo com o IBGE (2006), estima-se que 96,5% do rebanho nacional tem como principal, exclusiva e indispensável fonte de alimentação as áreas de pastagens e os 3,5% restantes são criados em pastagens em algum período de sua vida. Porém, a dinâmica de crescimento e produção de biomassa vegetal é controlada por variáveis edafoclimáticas, ocasionando uma produtividade sazonal, além do grande efeito sobre o valor nutritivo da massa forrageira. Dessa forma, na exploração da pastagem, seja extensiva ou intensiva, haverá sempre um período de produção abundante de forragem, nas águas, e outro de escassez, na seca. Com o intuito de superar períodos críticos, algumas técnicas conservacionistas como ensilagem e/ou fenação, aliada à utilização de suplementação mineral, proteica e energética podem corrigir deficiências nutricionais, elevando a eficiência do metabolismo animal, permitindo atingir índices produtivos desejados. Logo, são importantes ferramentas para que os produtos de origem animal sejam competitivos no cenário comercial.

  • Planejamento da produção de alimentos volumosos

Silagens de Milho (Zea mays) e Sorgo (Sorghum bicolor l. moench)

O uso de silagem representa a principal forma de suplementação de volumosos para o rebanho bovino nacional. Sendo o custo com a alimentação, tradicionalmente, o principal custo da produção animal no país, o fornecimento de silagens de melhor valor nutritivo pode contribuir para a redução dos custos com a alimentação dos animais. O valor nutritivo da silagem está diretamente relacionado à composição e à digestibilidade da forrageira original, e a ensilagem tem como objetivo reter o máximo de nutrientes digestíveis da forragem original na sua forma conservada. Para tal, a ocorrência de um processo de fermentação é fundamental.

A utilização do milho na forma de silagem da planta inteira é crescente no mundo todo, o que demanda a seleção de genótipos de milho especificamente para a produção de silagem de alta qualidade nutritiva. A influência do conteúdo de grãos sobre a composição química das silagens foi reportada por Phipps et al. (1979). As silagens com alto conteúdo de grãos (50% de grãos na matéria seca (MS)) contiveram menos fibra em detergente ácido (FDA), celulose, lignina e mais amido que as silagens com baixo conteúdo de grãos (26% de grãos na MS). Além da quantidade de grãos presente na silagem, outros fatores podem influenciar a qualidade da mesma, como a maturidade da planta de milho (Irlbeck et al., 1993), a textura do grão (endosperma duro ou farináceo) (Philippeau et al., 1998), a digestibilidade da fibra (Oba e Allen, 1999), o tamanho de partícula e o processamento da silagem (Bal et al., 2000). Para a obtenção de uma silagem de boa qualidade é importante observar o teor de MS da planta inteira no momento da ensilagem. Estudos têm mostrado que híbridos precoces, em geral, apresentam maior teor de MS na planta ao atingirem o ponto ideal dos grãos para ensilagem (Nússio, 1991). Sendo assim, a produção de silagens provenientes de híbridos precoces apresenta melhores condições de garantir qualidade não só em função de maior percentagem de grãos na MS, mas também por apresentarem maior percentagem de MS do material quando cortado, considerando o estádio de maturação adequado para os grãos na ensilagem (farináceo ou farináceo-duro). Corrêa et al. (2002) avaliaram a textura dos grãos de 14 híbridos de milho norte-americanos colhidos nos estádios de maturação de metade da linha do leite, linha negra e 21 dias após a linha negra (maduro), comparados a cinco híbridos brasileiros colhidos no estádio maduro. O avanço da maturidade nos híbridos dentados aumentou a vitreosidade e a densidade dos grãos, enquanto a degradabilidade do amido diminuiu. Portanto, com o aumento da maturidade a degradabilidade do amido dos grãos diminui, sendo menos grave nos híbridos dentados devido à menor vitreosidade.

O sorgo é uma planta de origem africana e asiática, que apresenta alta resistência à desidratação devido ao seu sistema radicular fibroso e muito extenso (podendo atingir 1,5 m de profundidade, valor este normalmente 50% maior que o do milho), ao ritmo de transpiração eficaz (retardamento do crescimento) e características foliares das xerófitas, como a cerosidade e a ausência de pilosidade, que reduzem a perda de água da planta (Fontes e Moura Filho, 1979). Alguns cultivares requer para seu completo desenvolvimento, cerca de 380 mm de chuva, desde que este total apresente boa distribuição nos três meses subsequentes à semeadura. O uso do sorgo na forma de silagem é favorecido por esta cultura apresentar carboidratos solúveis, capacidade tampão relativamente baixa, conteúdo de MS acima de 20% e estrutura física que favorece a compactação durante o enchimento do silo. Segundo Araújo et al. (2002), a silagem de sorgo apresenta várias vantagens quando comparada à silagem de milho, incluindo menores custos de produção, maior tolerância a estiagem, assim como melhor capacidade de se recuperar após longos períodos de estiagem e maior produção de MS sob estas condições.

De acordo com Vilella (1985), a proporção de grãos é um dos fatores determinantes da qualidade das silagens, pois neles encontram-se a maior fração energética disponível da planta, sendo responsáveis pela maior elevação no teor de MS das forrageiras. Segundo Silva (1997), o aumento da participação da panícula na planta inteira reduz os teores de constituintes da fibra, eleva os valores de digestibilidade in vitro da MS (DIVMS) e facilita o processo de compactação. A obtenção de uma silagem de alta qualidade depende principalmente da colheita da forrageira no momento ótimo do seu estádio de desenvolvimento (Araújo et al., 2007). A maturação das forrageiras eventualmente envolve declínio do valor nutritivo devido principalmente ao acúmulo de constituintes da parede celular. Demarchi et al. (1995) recomendam que sorgos com alta percentagem de grãos sejam colhidos entre os estágios de grão leitoso e pastoso; sorgos com percentagem média, entre os estágios pastoso e farináceo; e sorgos com baixa percentagem de grãos, nos estágios de grão duro. Mas sobre o aspecto nutricional a ensilagem do sorgo com grãos duros pode levar a perda destes nas fezes dos animais, principalmente em dietas de vacas de alta produção decorrente da maior taxa de passagem da digesta em animais de alto consumo e maior resistência de degradação do grão.

  • Capim Elefante

O capim elefante (Pennisetum purpureum) é uma espécie perene de porte ereto, nativa da África, de grande rendimento forrageiro, muito vigorosa, de grande porte, boa palatabilidade, além de apresentar resistência a condições climáticas adversas e alta capacidade fotossintética (Queiroz Filho et al., 2000). Desde sua introdução no Brasil, em 1920, este capim despertou a atenção por sua elevada produção de biomassa. Indiscutivelmente, uma das formas de utilização mais importantes para o capim elefante é a formação de capineiras utilizadas através de corte, picagem e distribuição de forragem fresca no cocho. Embora apresente elevada produtividade, os gastos com mão-de-obra e a dificuldade de ajuste do corte ao estádio de maturidade da planta tornam a sua utilização difícil (Faria, 1999). Outro problema é que a oferta de capim elefante ocorre junto com a oferta de pastagem que é no período chuvoso, onde existe abundância de alimento. Já na seca, devido às condições climáticas (frio, pouca luminosidade e água) predomina a escassez de alimento e o capim também não cresce. A conservação do capim elefante produzido na estação chuvosa é uma das alternativas cada vez mais utilizadas para suprir a escassez de volumoso na época seca, pois o mesmo apresenta alta produção de MS e bom valor nutritivo (Andrade & Lavezzo, 1998). Entretanto, como acontece com a maioria das gramíneas tropicais, com o avanço do crescimento vegetativo, há aumento da produção por área, tendo, em contrapartida, seu valor nutritivo diminuído. Nestas condições, consequentemente, o produto obtido no processo de ensilagem também é de baixo valor nutritivo. Porém, mesmo quando as plantas são ensiladas em estádio de desenvolvimento com bom valor nutritivo, o alto teor de umidade, a capacidade tampão e os baixos teores de carboidratos solúveis podem interferir no processo da ensilagem (Ferrari Jr. e Lavezzo, 2001). Estes fatores influenciam negativamente o processo fermentativo, impedindo o rápido decréscimo do pH a níveis adequados (3,5 a 4,0) e permitindo fermentações secundárias indesejáveis, o que prejudica a qualidade do produto preservado, além de ocasionar perda de nutrientes pela elevada quantidade de efluente produzido e riscos de poluição ambiental (McDonald, 1981).

  • Cana-de-Açúcar

Nas últimas décadas, a cana-de-açúcar (Saccharum officinarum L.) tem se destacado como alimento volumoso para ruminantes, principalmente no período seco do ano, uma vez que se destaca pela elevada produção de MS por hectare (Boin e Tedeschi, 1993). É uma cultura relativamente fácil de conduzir, tem boa aceitação pelos animais e elevado teor de carboidratos solúveis e, principalmente, pela sua disponibilidade na época seca, sem haver queda no seu valor nutricional (Preston, 1986; Leng, 1988), justificando o fato de que, na maioria das propriedades rurais brasileiras, a cana-de-açúcar apresenta-se como uma das forrageiras mais exploradas (Carvalho, 1992). Um ponto muito importante a ser salientado é que a cana, ao contrário do que ocorre com a maioria das forrageiras, tem seus coeficientes de digestibilidade da MS aumentados com o avanço da maturidade, em função do aumento do conteúdo celular que por sua vez é devido ao aumento no teor de sacarose com o avanço da idade. De modo que isso compensa a queda na digestibilidade dos outros nutrientes, concorrendo para o aumento da digestibilidade da MS como um todo. A cana-de-açúcar, como alimento básico para ruminantes, apresenta limitações de ordem nutricional, devido aos baixos teores de proteína e minerais e ao alto teor de fibra de baixa degradação ruminal. Uma das principais limitações da cana-de-açúcar nos experimentos de desempenho animal é o baixo consumo de MS e nutrientes. Sendo assim, a cana tem sido correlacionada negativamente à ingestão de MS, não apenas pela fração indigestível da fibra, mas também pela baixa taxa de digestão da fibra potencialmente degradável, resultando em elevado efeito de enchimento ruminal.

As variedades mais promissoras para alimentação de bovinos do ponto de vista nutricional são as que apresentam menor teor de fibra solúvel em detergente neutro (FDN), maior valor de DIVMS, relação FDN/teor de sacarose menor que 1 e baixo teor de lignina. Geralmente a cana forrageira ideal é aquela que mais se aproxima da melhor variedade industrial, ou seja, com maior teor de sacarose. Dessa forma, o valor nutritivo da cana é diretamente proporcional ao teor de sacarose (Costa et al., 2003; Rodrigues et al., 2006). Durante a escolha da variedade, além das características nutricionais, é desejável que a cultivar apresente as seguintes características agronômicas: boa produção de massa e bom perfilhamento, longo período de utilização e longevidade do canavial, ausência de joçal e florescimento, desfolha natural ou fácil, colmos longos e entre nodos curtos, resistência à pragas e acamamento.

  • Suplementação concentrada

Durante muito tempo, creditava-se ao fósforo o principal nutriente limitante para o adequado desempenho de bovinos durante a época seca. Somente na década de 1960 que estudos apontaram o déficit proteico como o principal limitador. Estes estudos apontavam que a suplementação de animais em pastagens com nitrogênio não proteico (principalmente a ureia) refletia em aumento de consumo de forragem.

A utilização de suplementos proteinados e ou energéticos como alternativa alimentar para animais criados a pasto permite corrigir possíveis deficiências nutricionais, aumentar o consumo de MS, energia e proteína, maximizar a atividade ruminal, aumentar a eficiência metabólica e resultar em eficiência produtiva dos animais (Tabela 1). Esta prática pode refletir em aumento do desempenho animal, aumento da taxa de lotação, maior produção de carne e leite por hectare, melhor qualidade de carcaça e leite, recuperação de escore corporal, maior eficiência reprodutiva, aumento da persistência da lactação e redução do tempo de recria e terminação (Gomide, 1993; Reis e Combs, 2000; Bargo et al., 2003).

Tabela 1. Desempenho de bovinos de corte e leite suplementados à pasto

Autor Forragem PB (%) Suplemento Tipo Consumo Desempenho
MOREIRA et al.  (2004) C. Plectostachyus 40 SP 0,29 a 0,4% PV 0,05 a 0,4 kg/dia
VALENTE  et al. (2011) B. Decumbens 44 a 80 Sal + Ureia 0,1 a 1,2% PV 0,1 a 0,3 kg/dia
LIMA et al. (2012) B. Brizantha cv. Piatã 25 a 93 SPE 0,2% a 0,5% PV 0,6 a 0,8 kg/dia
Benedetti (1994) B. Decumbens 20,83 MF + AF 3,5 kg/dia 14,3 Lts/dia
Alvim et al. (1999) C. Dactylon 23,5 MF + SF + TF 6,0 kg/dia 18,5 Lts/dia
Deresz (2001) P. purpureum 20 MF + AF + TF 2,0 kg/dia 11,4 Lts/dia
Pereira (2005) P. purpureum 15,2 SF + PC 6,0 kg/dia 16,1 Lts/dia
Vilela et al. (2007) C. Dactylon 19,5 MF + FS 3,0 kg/dia 15,5 Lts/dia

SP: Suplemento proteico; SPE: Suplemento proteico e energético; MF: Milho fubá; AF: Farelo de algodão; TF: Farelo de trigo; SF: Farelo de soja; PC: Polpa Cítrica

A inclusão de alimentos concentrados na dieta de animais a pasto eleva a digestibilidade total da dieta resultando em diversos efeitos associativos entre seus componentes e a forragem ingerida, impossibilitando fazer uma avaliação isoladamente entre os alimentos. Estes efeitos associativos podem ser divididos em positivos e negativos. Os efeitos positivos resultam em aumento da ingestão de MS, do consumo voluntário e da digestão da forrageira, normalmente devido à suplementação de algum nutriente antes limitante, por exemplo o nitrogênio, que está presente no concentrado e deficitário na forragem. Já os efeitos associativos negativos resultam em queda do consumo voluntário e ou da digestibilidade da forragem. Diversos fatores ligados à forragem (disponibilidade, altura, espécie e qualidade), ao suplemento (quantidade e tipo) e ao animal (potencial produtivo, estado fisiológico e peso corporal) atuam sobre estas alterações (Bargo et al., 2003). O aumento dos níveis de carboidratos não fibrosos (CNF) na dieta pode resultar em aumento da produção de ácidos orgânicos e queda do pH ruminal, reduzindo a atividade de bactérias celulolíticas ou até mesmo a interrupção total da sua atividade caso o pH atinja níveis abaixo de 5. Outro causador de associação negativa é a competição por nutrientes limitantes. Níveis ruminais de amônia (N-NH3) acima de 5 mg/dl são necessários para a degradação eficiente da fração fibrosa da dieta (Satter e Slyter, 1974). Segundo o NRC (2001), a relação entre proteína degradável no rúmen (PDR) e o consumo de matéria orgânica digestível (CMOD) entre 8 a 13% otimizam o consumo e a digestibilidade da forragem. O fornecimento de CNF isolado, sem adição de PDR, exacerbaria a deficiência pré-existente de proteína degradável, resultando em potencial redução de consumo e digestibilidade de forrageiras de baixa qualidade (Paulino, 2006). A falta de aminoácidos de cadeia ramificada (isoleucina, leucina e valina) reduz a atividade da microbiota celulolítica (Dehority et al., 1967), desta forma, também é importante o fornecimento de proteína verdadeira na dieta para que se tenha o desempenho desejado.

O consumo de suplemento proteico e energético varia de acordo com a massa de forragem disponível, sendo que, quanto menor a oferta de pastagem maior será o consumo de suplemento. Além disso, o consumo é regulado pelo teor de sódio do suplemento ofertado, e dependendo da formulação pode variar de 0,1% a 0,5% do peso vivo. Acima deste valor a suplementação já pode ser considerada como uma ração concentrada de semiconfinamento.

  • Suplementação Mineral

A suplementação mineral de bovinos criados em sistema de pastejo no Brasil ainda é deficitária, a despeito do uso crescente dessa tecnologia em função da melhoria de  desempenho que a tecnologia oferece . Mesmo em pastagens bem manejadas, parte das exigências de minerais não são supridas inteiramente. Estima-se que 70% dos animais não recebam uma suplementação mineral adequada para expressar seu máximo potencial produtivo.  Desta forma, torna-se importante a complementação dos requerimentos por meio de suplementos minerais. Os minerais possuem papel central no metabolismo animal, desempenhando funções tanto estruturais, quanto bioquímicos e metabólicos. O teor de minerais nos suplementos deverá variar de acordo com as exigências dos animais (categoria, produção e status fisiológico), a quantidade de minerais presentes na forrageira (espécie, idade, tipo de solo, adubação, etc), a qualidade da água disponível aos animais (salobra, dura ou potável), e a matéria prima utilizada para a produção do suplemento mineral (biodisponibilidade e coeficiente de absorção). Além disso, deve-se estar atento às interações entre os minerais. Apesar de atuarem separadamente, algumas vezes um mineral pode interferir em outro, tanto positivamente (aumentando sua absorção e metabolismo), quanto negativamente (redução da absorção). As relações mais importantes são entre cobre e molibdênio, enxofre e selênio, cálcio e fósforo, cobre e zinco, cálcio e manganês, ferro e manganês, e potássio e magnésio (Balsalobre et al, 2010).

Atualmente, a utilização de minerais ligados a moléculas orgânicas (aminoácidos, carboidratos entre outros) tem ganhado espaço. Esses minerais, também conhecidos como quelatados, apresentam alto coeficiente de absorção e tendem a ser absorvidos no jejuno, enquanto os minerais na forma inorgânica são normalmente ionizados no abomaso e absorvidos no duodeno. Segundo Spears (1996), quando os minerais estão ligados a moléculas orgânicas, há redução das interações entre eles e da excreção, consequentemente poderá haver redução da inclusão desses minerais no suplemento, reduzindo também a poluição ambiental.

Considerações finais

O correto planejamento alimentar de bovinos é fundamental para o bom desempenho do agronegócio, principalmente durante a estação seca do ano, e deve ser realizado com bastante antecedência. A estratégia de suplementação deve ser dependente do objetivo que se deseja alcançar, além de ser fundamentada em uma análise econômica.

A produção e o correto armazenamento de alimentos volumosos são economicamente importantes e devem ser explorados pelo produtor rural. Um programa de suplementação para animais de pastejo deve satisfazer as exigências dos animais por meio de uma ação interativa e associativa entre a forragem disponível durante a estação seca e as fontes suplementares, potencializando os efeitos associativos positivos e minimizando as interações negativas, aumentando assim o consumo e otimizando a utilização dos nutrientes disponíveis.

O uso de suplementos, concentrados e aditivos, adequados aos objetivos da exploração e exigência animal em questão, além da qualidade e origem dos mesmos são fatores de sucesso na pratica de suplementação para os bovinos seja energética, proteica ou mineral.

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