20 de setembro de 2024

Kimberlit chega aos 35 anos com faturamento de R$ 300 milhões

O engajamento dos colaboradores nestas três décadas e meia faz a diferença, destacam diretores da empresa.

 

A Kimberlit Agrociências, empresa do Essere Group, está comemorando 35 anos com planos de crescimento até 2030. A empresa, que nasceu em 10 de agosto de 1989, em Batatais (SP), com quatro funcionários, em uma área de 150 m², hoje está localizada em Olímpia (SP), numa área de 210 mil m², onde está instalada a fábrica com 15 mil m². A empresa tem atuação no Brasil e no Paraguai e emprega em torno de 250 colaboradores, o que representa cerca de 50% de todos os funcionários, do Essere Group.

Antonio Carlos de Gissi Junior (foto abaixo), CEO do Essere Group, que atua na empresa desde quando fez a sua aquisição, em 1994, comenta sobre os planos da Kimberlit. “Sempre olhamos o futuro com crescimento acima do mercado. Neste ano, o faturamento da Kimberlit será um pouco acima de R$ 300 milhões, mas nós temos planos para chegar em 2030 a R$ 800 milhões. Geralmente, quando fazemos um plano de crescimento, sempre atingimos os resultados antes. Por exemplo, 2025 planejamos algo em torno de R$ 360 milhões a R$ 380 milhões, em 2026 R$ 430 milhões, ou R$ 450 milhões, nessa faixa. Então, nós temos plano de crescimento definido até 2030”, afirma, ao completar que o Essere Group, para 2026, já está visando atingir R$ 1 bilhão de faturamento, sendo R$ 600 milhões neste ano, R$ 800 milhões para o próximo e R$ 1 bilhão em 2026.

Gissi faz questão de valorizar a qualidade e o engajamento dos colaboradores em toda a história da empresa. “Essa equipe que nós temos nos encoraja para ter crescimentos grandes, a olhar lá para frente, falando mais que dobrar nosso faturamento. A Kimberlit sempre cresceu acima de 20%, às vezes 30%, e diante desses resultados, quero ressaltar que sozinho a gente não faz nada. Que chegamos aonde chegamos devido às pessoas que estão com a gente. A parte humana é o nosso grande diferencial.”

Quanto a fazer IPO, Gissi diz que o grupo sempre reavalia se está no momento correto. “O IPO pode ser uma maneira de captar alguns valores para investir, para olhar o futuro e fazer um planejamento de sair de R$ 1 bi para R$ 2 bi, mas de uma forma que a gente continue no controle da empresa. Isso é algo que não descartamos”, explica.

Seu irmão, Luciano de Gissi, está na Kimberlit desde quando Gissi assumiu a empresa e hoje, além de sócio, é Diretor de Operações do Essere Group. Luciano comenta que a ideia de abrir um IPO é para poder suportar os investimentos. “Para escalar precisamos de mais musculatura. Já temos o domínio do produto, temos tecnologia, mercado, faltam apenas investimentos para escalar mais forte. Para aumentar de R$ 600 milhões para R$ 800 milhões não é tão grande, mas se fizermos dois, três, quatro cinco bilhões de reais de faturamento vamos precisar dessa estrutura. Nossa meta é que a empresa cresça e se perpetue no mercado, sempre trilhando o caminho da maioria das empresas, de estar na Bolsa de Valores, entregando resultados aos acionistas.”

Luciano comenta que o grupo investe no desenvolvimento dos produtos com muita tecnologia. “Nós temos um corpo técnico interno de mais de 10 PhDs. Temos parcerias com diversas universidades e fundações de pesquisas para o desenvolvimento de produtos, trabalhamos com produtos que são indispensáveis e ajudam o agricultor a produzir alimentos. Acreditamos que não tem jeito do mercado retrair. O Brasil responde por 25% de toda a produção de alimentos do mundo. Portanto precisamos crescer”, diz.

Ele conta que dedicou esses 30 anos dentro da empresa contribuindo para que a Kimberlit atingisse o porte atual. “De uma empresa pequena, conseguimos conduzi-la com muito carinho, muita dedicação, muito trabalho, muito estudo, muita paciência. A empresa é a nossa vida. Nem no meu sonho mais audacioso eu pensei que iria crescer tanto assim. E isso é sustentado por todos os colaboradores. A maioria das pessoas que trabalham na empresa sonha a mesma coisa junto com a gente. É gratificante ter as amizades que temos dentro da empresa. Não é uma relação só comercial, é uma relação de respeito e de admiração pelas pessoas. Esse relacionamento é algo que cresce, é sustentável, sólido, duradouro e prazeroso. Nós conseguimos juntar tudo isso. Esse é o grande diferencial de nossa companhia”, afirma.

Uma dessas pessoas é Renato Peixoto, que está na Kimberlit há mais de 17 anos, atuando como diretor financeiro. Nos últimos três anos ele responde pela criação do CSC (Centro de Serviços Compartilhados), contribuindo na idealização estratégica e na fundação do Essere Group, onde exerce o cargo de CFO, Diretor do CSC e Diretor de Relacionamentos com Investidores.

Ele conta que chegou na empresa num momento de instabilidade, por problemas de mercado. “A empresa estava precisando de uma transformação, precisava olhar para frente. Atualmente nós estamos passando por outro tipo de momento desafiador, temos que estruturar nosso grupo de empresas para um forte crescimento nas próximas safras. É preciso continuar olhando para frente. Reestruturar os fundamentos significa reavaliar os controles, o sistema de gestão, desenvolver e ter métricas para avaliar as pessoas e processos, reforçar nossos programas para premiar e incentivar os colaboradores que mais contribuem para a empresa”, explica.

Em seu modo de ver, o futuro da Kimberlit está em continuar em sua missão de apoiar o agricultor a alimentar o mundo. “Chegamos aos 35 anos, o que é uma façanha gigante quando você olha a média de mortalidade das empresas do Brasil, que está entre dois e três anos”.

Em relação ao futuro imediato, Renato diz que é preciso trabalhar pela perenidade da empresa. “Nossa obrigação enquanto gestores é fazer a Kimberlit durar para sempre. Mas olhando para o curto e médio prazo, a empresa e o setor agro devem utilizar cada vez mais o mercado de capitais, estamos inclusive visualizando um futuro projeto de IPO. Precisamos estruturar a empresa para que ela possa ter acesso a linhas de crédito com um custo de capital mais baixo e, assim, podermos repassar isso para financiar o prazo safra do nosso cliente”, diz.

Ele comenta que o caminho da empresa também passa pela internacionalização. “Embora exista muito espaço no Brasil, cada vez mais devemos olhar para o exterior, pois estamos vendo que produtores de outros países olham para o Brasil e falam que querem nossos produtos.” Renato afirma que a Kimberlit é um organismo vivo, em constante evolução e que a grande diferença, que faz a empresa evoluir, são as pessoas. “Olhando de onde viemos e o caminho que estamos seguindo, eu agradeço a todos que participaram e que participam dessa evolução. Muita gente nos apoia em todas as áreas, os nossos clientes, os nossos parceiros, fornecedores, assessores, pesquisadores, financiadores. Tenho um sentimento de gratidão a todos, sabendo que eu fiz uma parte dessa história de 35 anos de sucesso. Mas a maior parte foi feita por todas nossas outras pessoas’, conclui.

A Kimberlit faz parte do Essere Group, que reúne quatro unidades de negócio. As outras três unidades são a Bionat Soluções Biológicas, a Loyder Brasil e a Floema Logística.

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