A doença pode comprometer fortemente a qualidade de vida do animal e pode ser fatal. Check-ups periódicos, com exames de urina, sangue e imagem, contribuem para o diagnóstico precoce.
A Doença Renal Crônica (DRC) é o termo que se usa para definir a presença de uma lesão no rim persistente por um período de no mínimo três meses. Trata-se de uma enfermidade que acomete tanto cães quanto gatos, mas é mais comum nos felinos. Estudos* apontam que um em cada três gatos acima de 12 anos de idade será afetado pela DRC, mas ela pode surgir em qualquer fase da vida do animal, comprometendo fortemente seu bem-estar e podendo levá-lo a óbito. A boa notícia é que é possível diagnosticar precocemente e aumentar a expectativa de vida e qualidade de vida para o animal com DRC.
Segundo Camila Ferreiro, médica-veterinária especializada em gatos, o surgimento da DRC pode estar relacionado ao próprio processo de envelhecimento do animal. “Há várias causas para as doenças renais, mas uma delas é o envelhecimento. A expectativa de vida dos gatos é muito maior hoje em dia”, comenta. Para a profissional, o desafio é que os felinos não demonstram tantas manifestações clínicas quanto os cães, dificultando a identificação da enfermidade pelos tutores.
“Um dos principais sintomas relacionados ao acometimento renal é o aumento da ingestão hídrica, assim como o volume de urina. Só que os gatos acabam urinando na caixa de areia e bebem, muitas vezes, em fontes ou potes espalhados pela casa, então é difícil para o tutor perceber uma mudança de comportamento”, explica.
Por conta dessa dificuldade de identificação dos sintomas, a profissional orienta que os tutores levem seus gatos para checkups anuais. Já no caso de animais acima dos 12 anos, é importante diminuir o intervalo para seis meses ou menos, dependendo da orientação do médico-veterinário e da condição de saúde do felino. “Também recomendo que os tutores de cães levem seus animais para check-ups pelo menos uma vez por ano”, enfatiza.
Entre os exames comumente solicitados estão os de urina, sangue e também de imagem. “O ultrassom também é muito importante para a avaliação dos rins. Cabe ainda a mensuração da pressão arterial e exames como o ecocardiograma que também podem avaliar outras condições que estão associadas à Doença Renal Crônica”, sugere.
Sérgio Barreto, que foi tutor da gatinha Marie, lembra que o diagnóstico da DRC aconteceu “por acaso”. “Descobrimos a DRC quando Marie fez um exame de sangue pré-cirúrgico, pois estava com tumores na mama”. O exame indicou que a creatinina e a ureia estavam altas, apontando a presença da DRC. “Com o diagnóstico, conseguimos fazer o acompanhamento e o controle da doença”, conta. “Na fase mais aguda da doença renal, Marie ficou muito seletiva para comer e também procurava por mais água, uma sede acima do normal”, relata.
Campanha & conscientização – “Entre as principais manifestações clínicas da DRC estão a perda de apetite, emagrecimento, urinar em excesso, sede intensa, diarreia e vômito. Porém, elas costumam ser mais evidentes somente quando já há a perda de 75% da função renal”, explica Mariana Cappellanes Flocke, médica-veterinária e consultora técnica sênior da Elanco Saúde Animal, empresa referência no desenvolvimento de soluções para a saúde de animais de companhia e de produção.
Há dez anos, a Elanco realiza a campanha Março Amarelo com foco na conscientização sobre a enfermidade, visando incentivar os tutores a levarem seus pets para check-ups que auxiliem no diagnóstico precoce da DRC. “Anualmente nós nos empenhamos em criar uma campanha para os mais diversos públicos – médicos-veterinários, representantes de vendas, balconistas, influenciadores digitais e tutores – sempre com o propósito de que a informação correta chegue e, com isso, que mais animais tenham a chance de receber o tratamento adequado e tenham uma sobrevida de qualidade”, explica Mariana.
A campanha evidencia os atributos de Fortekor™ Flavour como linha de tratamento para a DRC. O medicamento tem como princípio ativo o Cloridrato de Benazepril e pode ser utilizado já nos estágios iniciais da doença, reduzindo a perda de proteína pela urina, a diminuição da retenção de fluidos, a redução da hipertensão arterial sistêmica e intraglomerular em cães, o aumento de apetite e ganho de peso em gatos, retardando a progressão da DRC.
“A DRC é uma doença progressiva e silenciosa. Caberá ao tutor levar seu animal a um médico-veterinário de sua confiança para avaliar a melhor conduta e a melhor linha de tratamento”, destaca.
* ELLIOTT, A. D. Manejo Nutricional da Doença Renal Crônica. In: Medicina Interna de Felinos, 6 ed. Cap. 14. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011