País ocupa a 3ª posição no ranking mundial, com 149,6 milhões de pets, atrás da China, com 289 milhões, e dos Estados Unidos, com quase 230 milhões
Segundo dados de 2021, do Instituto Pet Brasil (IPB), o país tem 149,6 milhões de animais de estimação. É o 3º do mundo, ficando atrás da China, com 289 milhões, e dos Estados Unidos, com cerca de 230 milhões. Comparado com o ano de 2020, o número cresceu 3,7%, quando eram 144,3 milhões de pets. No topo da lista estão os cães, com 58,1 milhões, seguidos pelas aves, com 41 milhões, e pelos gatos, com 27,1 milhões. Ocupando a 4ª posição vêm os peixes, com 20,8 milhões, e, depois, os répteis e os pequenos mamíferos, que somam 2,5 milhões.
Ao longo dos anos, a medicina veterinária evoluiu e passou a contribuir de forma decisiva para a melhora do bem-estar e o aumento da qualidade de vida dos animais, sejam eles de estimação, destinados ao esporte ou à produção de proteína para o consumo humano, etc. O conhecimento científico, a farmacologia veterinária, a tecnologia médica, entre outros aspectos, dão parâmetros à longevidade e à saúde dos animais. Selvagens ou domésticos, eles ganharam, em 4 de outubro, uma data só para eles – o Dia Mundial dos Animais.
O Dia Mundial dos Animais é uma data que visa aumentar a conscientização sobre a importância dos animais nas vidas e no cotidiano do ser humano, além de promover a proteção e o respeito a todas as formas de vida animal. Ele também coincide com o Dia de São Francisco de Assis, o padroeiro católico ligado aos animais, tornando-a significativa para aqueles que se preocupam com os direitos e o bem-estar dos bichos. “A indústria veterinária investe em pesquisa, desenvolvimento técnico e inovação para trazer ao mercado produtos, não só que previnam e tratem as enfermidades, mas que influenciem, diretamente, no bem-estar dos animais. A qualidade de vida, o cuidado e o respeito a todos os segmentos, sejam eles animais de companhia ou de produção, são parâmetros que determinam, cada dia mais, o futuro da sociedade em que estamos inseridos”, destaca Lidiane Grigoletto, gerente de Produtos Pet da UCBVET Saúde Animal.
Cachorros X gatos
Números do IPB mostram que muita gente adotou um pet durante a pandemia, no período de isolamento social. Gelson Genaro, especialista em Bem-Estar Animal, que atua na área há mais de 20 anos, afirma que um dos fatores que influenciaram o crescimento de pets durante o período atípico foi as pessoas buscarem por companhia e distração. Para muitos, os pets são considerados filhos ou membros da família. Os animais foram humanizados e, hoje, ganham alimento de melhor qualidade e plano de saúde, além de roupas e mimos diversos.
Com base na pesquisa do IBGE, são quase 34 milhões de casas com algum cachorro e cerca de 14,1 milhões de residências com gatos. Um outro dado curioso é que os felinos estão cada vez mais presentes na vida dos brasileiros. No intervalo de um ano (2020-2021), a população destes bichos aumentou 6% (de 25,6 milhões para 27,1 milhões).
De acordo com o presidente do Conselho Consultivo do Instituto Pet Brasil, Nelo Marraccini, três fatores são responsáveis por este aumento: a preferência por um animal mais tranquilo, que não requer tanta atenção, o envelhecimento da população e a quantidade de pessoas que moram em apartamentos, espaço físico mais oportuno para os felinos.