Veterinária convidada pela VetBR, a mais completa distribuidora de produtos para saúde animal do país, detalha prós e contras de cada escolha alimentar para animais de estimação.
Mudanças demográficas e sociais, como as desencadeadas pela pandemia, a cada dia mais colocam os animais de estimação como membros das famílias de seus tutores. É crescente a preocupação com o bem-estar dos pets, e os cuidados com a alimentação ganham destaque nesse contexto. Pensando nisso, a VetBR, mais completa distribuidora de produtos para saúde animal do país, convidou uma especialista para explicar as diferenças e a importância de três tipos de alimentação de pets: alimentação natural (ou saudável), ração e mix feeding. Ela também dá dicas para os tutores fazerem as melhores escolhas para cada caso.
Segundo a veterinária e promotora de vendas da VetBR, Manuella Ebeling, o tutor deve levar em consideração aspectos como disponibilidade de tempo para cuidar da alimentação do animal e respeito ao paladar do pet. “Não adianta forçar um tipo de alimentação se ela está sendo rejeitada”, observa. A seguir, detalhes de cada categoria de dieta para pets.
Alimentação natural (saudável)
Apesar de ter alimentos habituais — como proteínas (carnes de peixe, frango, boi, cordeiro, porco, coelho; vísceras; ovos), carboidratos e fibras (legumes e verduras) e gorduras (óleo de coco, óleo de peixe, entre outros) —, não pode ser confundida com a alimentação caseira. Vale lembrar que a alimentação caseira inclui sobras das refeições dos tutores, que são ofertadas aos animais de estimação sem qualquer tipo de balanceamento ou respeito às suas necessidades nutricionais. A introdução da alimentação saudável requer acompanhamento do médico veterinário nutricionista. É esse profissional que vai formular a dieta, levando em conta todas as vitaminas e nutrientes de que o pet realmente precisa para ter uma vida saudável.
Esse tipo de alimentação respeita a fisiologia do animal, melhora o metabolismo e digestibilidade, modula o paladar e é capaz de prevenir diversas doenças. Entretanto, a alimentação natural custa um pouco mais para o tutor, tanto em termos financeiros quanto de dedicação. Com essa dieta é mais difícil ter o controle da quantidade exata de nutrientes essenciais que serão ingeridos pelo animal, por essa razão e a fim de evitar problemas de saúde futuros, é preciso suplementar elementos como cálcio, taurina e vitamina D, por exemplo. É importante, ainda, que o tutor dedique parte do seu tempo para preparar esses alimentos, sempre observando a adaptação do animal. Para gatos, é aconselhável iniciar a dieta quando ainda é filhote, período que esse processo se torna mais fácil. A alimentação saudável pode ser igualmente benéfica para animais alérgicos.
Ração
É uma das melhores aliadas do tutor. Embora a ração não seja produzida especificamente para cada animal, ela é prática e capaz de suprir as necessidades nutricionais de animais como cachorros e gatos, por exemplo. Esse tipo de alimento é cuidadosamente estudado e formulado por profissionais antes de ser comercializado. A ração ajuda muitos tutores que não dispõem de tempo para cozinhar para seus pets.
Já existem no mercado rações terapêuticas para animais com diversos tipos de doenças, como diabetes ou problemas renais. É importante lembrar que alguns pets não se adaptam à alimentação natural, mas aderem bem à dieta com ração. Quando se alimenta de ração de boa qualidade, o animal excreta fezes mais consistentes, menos volumosas e com menos cheiro, o que facilita a limpeza do ambiente. Vale ressaltar que a ração não pode ser alternada ou complementada com alimentos feitos em casa e/ou sem orientação profissional — o risco é o excesso de gordura ou de substâncias prejudiciais à saúde do pet.
Mix feeding
Trata-se de uma mistura de alimentação natural (úmida) com ração (alimento seco), mas feita sob a orientação de um médico veterinário. O profissional vai dosar a quantidade exata, de forma a obter um balanceamento nutricional correto. No mix feeding, cabe ao veterinário avaliar caso a caso a necessidade de suplementação. Esse tipo de dieta pode ser indicado para animais com problemas renais, já que a mistura do alimento úmido com o seco auxilia na hidratação do organismo. Pode ser indicado também para animais com paladar exigente pois esse mix também melhora a palatabilidade, por causa da textura, sabor e aroma que ficam mais atraentes para o pet.
Segundo a veterinária Manuella Ebeling, as dietas de alimentação natural e o mix feeding são indicadas para cães e gatos, sendo benéfica para ambos. No caso dos felinos, é interessante oferecer esse tipo de alimentação úmida pois eles são mais comumente acometidos de problemas renais. Ela aconselha que o tutor se dedique a fazer vários testes tanto de paladar como de adaptação do organismo do animal junto com o Médico Veterinário, observando as reações do animal, até chegar à combinação ideal.
São válidos, ainda, cuidados redobrados com higiene. “Diferentemente dos cachorros, que em geral comem um pote inteiro de ração por vez, os gatos gostam de fazer várias refeições ao longo do dia. O tutor de gatos deve ter ainda mais cuidado com a substituição do recipiente a cada refeição, já que a porção líquida da dieta de mix feeding pode atrair insetos e provocar contaminação”, alerta.
Caso o tutor resolva trocar a ração pela alimentação natural ou pelo mix feeding, será necessário um tempo para adaptação. Independentemente da escolha, o acompanhamento de um médico veterinário é primordial para se garantir o respeito às necessidades do pet e evitar desequilíbrios nutricionais.
Para mais dicas e orientações, acesse o site da VetBR: https://www.vetbr.com.br/conteudos-tecnicos/