A linha de Micros de Solo foi destaque do período, com crescimento de 69,0%. A linha de Produtos Biológicos registrou crescimento de 9,9% em relação a 2022.
A Vittia, empresa brasileira de biotecnologia e nutrição especial de plantas com soluções para diversas culturas agrícolas, divulgou os resultados do 4T23. No ano, os produtos biológicos são o destaque da evolução de receita líquida, com crescimento de 9,9%, passando de R$ 199,7 milhões em 2022 para R$ 219,4 milhões em 2023. No recorte do trimestre, o avanço foi de 7,8%, indo de R$ 62,7 milhões para R$ 67,6 milhões, frente ao mesmo período de 2022.
A recuperação dos produtos da linha de micros de solo foi outro destaque do 4T23, com crescimento de 69,0% de receita líquida – passando de R$ 20,9 milhões para R$ 35,8 milhões, fechando 2023 com um crescimento de 11,6% – de R$ 125,9 milhões para R$ 140,4 milhões.
“O ano de 2023 apresentou um quadro setorial desfavorável com retração da demanda e também com impacto negativo em preço em todas as linhas de negócio. A queda dos preços das commodities, tanto das cotações internacionais como também o preço pago para o produto no interior do Brasil, resultou em redução significativa das margens agrícolas tanto na colheita da safra 2022/23 para aqueles que estavam descontratados como também nas expectativas para a safra 2023/24. Também, as condições climáticas adversas provocadas pelo fenômeno climático El Niño reduziram drasticamente a incidência de chuvas no Cerrado Brasileiro (que é uma das principais regiões de atuação da Companhia), e trouxeram grande incerteza para a produtividade da safra brasileira”, explica o CFO e Diretor de Relações com Investidores da Vittia, Alexandre Del Nero Frizzo.
O crescimento em insumos biológicos, diz Frizzo, foi aquém da expectativa, porém, superior à performance do segmento de químicos, demonstrando o potencial das tecnologias da Companhia, que vêm sendo adotadas pelos produtores mesmo em um momento de retração da demanda por insumos tecnológicos. É nesse sentido que a Vittia tem os investimentos em P&DI como um de seus pilares. Em 2023, os gastos cresceram 19,3% (de R$ 24,4 milhões foram para R$ 29,1 milhões). No trimestre, houve um aumento de 9,7% (de R$ 7,0 milhões para R$ 7,6 milhões).
No entanto, o movimento de adiamento das compras por parte do produtor, como o previsto, ainda teve impacto nos números da empresa. No caso da receita líquida, no ano, houve uma queda de 11,2%, (de R$ 851,2 milhões para R$ 756,1 milhões). No 4T23 ela saiu de 230,2 milhões para 243,3 milhões – crescimento de 5,7%.
O EBITDA ajustado foi de R$ 217,9 milhões para R$ 141,7 milhões no ano (queda 34,9%) e no mesmo período a margem EBITDA ajustado caiu 6,9 p.p., saindo de 25,6% para 18,7%. No 4T23 o EBITDA ajustado foi de R$ 59,9 milhões para R$ 49,9 milhões. A margem caiu 5,5 p.p., saindo de 26,0 % para 20,5 %. Já o lucro líquido foi de R$ 147,5 milhões para R$ 97,3 milhões (queda de 34,0%) e, no 4T23 passou de R$ 49,3 milhões para R$ 41,3 milhões (queda de 16,2%).
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