27 de março de 2022

Setor de saúde animal cresce 18% em 2021

Dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) apontam um crescimento acima do esperado ligado à alta demanda por proteína no exterior e uma diversificação maior do consumo interno de carne.

A saúde animal tem sido um pilar importante para a sustentabilidade de diversos setores, desde agropecuária até o mercado pet. Não à toa, o segmento de saúde animal registrou um crescimento de cerca de 18% em 2021, em comparação ao ano anterior, de acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan). A pandemia do coronavírus aumentou a demanda externa por proteína, que aqueceu o setor enquanto a crise econômica e a alta nos preços afetavam o Brasil e direcionavam o consumo interno para tipos mais variados de carnes.

Estimativas anteriores previam uma média de alta de apenas 8,4%. O Sindan aponta alguns aspectos que contribuíram para esse aumento expressivo. Entre os principais estão a alta das exportações, principalmente em carne bovina e suínos, crescimento na demanda por proteína, melhora na produtividade do setor agropecuário, aumento no número de adoção de pets e relações mais próximas entre os animais de companhia e os tutores, o que intensificou o cuidado.

“Quase todos os importadores da carne do Brasil aumentaram suas demandas. Somando isso a uma busca maior por eficiência na produção agropecuária e um movimento do mercado de valorização do bem-estar dos animais, isso rendeu um crescimento expressivo no setor de saúde animal. Além disso, temos visto uma grande movimentação no setor pet. Com o aumento no número de animais de companhia nos lares brasileiros, os tutores começaram a investir mais na saúde e bem-estar dos animais, movimentando o mercado”, afirma Emilio Salani, vice-presidente executivo do Sindan.

Para este ano, a expectativa do setor é de um crescimento um pouco menor, embora acima da média histórica do segmento de saúde animal. Entre os motivos apontados pelo Sindan estão crescimento mais moderado das exportações, a alta nos custos com insumos, que podem impactar os preços dos produtos e o arrefecimento do mercado pet. As projeções para 2022 são de crescimento em torno de 12%.

Projeção da Indústria Veterinária para 2022:

Bovinos
Crescimento de 10,5% para animais sem aftosa – Virada do ciclo da pecuária com pressão no preço da arroba; repasse dos preços dos laboratórios por conta dos insumos; aumento de pressões ambientais; possíveis embargos por motivações políticas; baixo crescimento em exportação e diminuição do mercado de aftosa.

Aves
C
rescimento de 9,9% – Aumento nos custos de produção; mercado interno aquecido para ovos e carne de frango; manutenção de preços elevados.

Suínos
Crescimento de 13,3% – Retomada do plantel de suínos da China; diminuição de exportações; alta demanda por vacina e mais medicamentos; queda no uso de antimicrobianos e uso maior de aditivos de performance.

Equinos
Crescimento de 9% – Necessidade de importar outras fontes de proteína e crescimento linear sem eventos particulares.

Pets
Crescimento de 16,5% – Estabilização da curva de crescimento; mercado continua aquecido estimulado pelo isolamento social; aumento de preços e chegada de novos produtos; cuidados mais especializados e aumento de medicalização.

Sobre o Sindan
Fundado em 1966, o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) congrega 91 empresas responsáveis por cerca de 90% do mercado brasileiro de medicamentos veterinários. Entre as suas atribuições, estão a representação legal das indústrias de saúde animal perante os órgãos oficiais, a produção de estudos, coordenação de campanhas sanitárias e educativas, além da comunicação e defesa da reputação do setor. Saiba mais em: Sindan

 

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