Queda dos preços das principais commodities e na safra de grãos não vai impedir um novo recorde de US$ 168,1 bilhões.
Victor Martins Cardoso – Insper Agro Global
Cinthia Cabral da Costa – Embrapa Instrumentação
Beatriz Emi Ueda – Assistente de Pesquisa do Insper Agro Global
Leandro Gilio – Professor e Pesquisador do Insper Agro Global
De janeiro a julho de 2024, o Brasil exportou US$ 97,8 bilhões em produtos do agronegócio, registrando uma leve alta de 0,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, considerando valores correntes. Para o ano, de janeiro a dezembro de 2024, o Insper Agro Global projeta que os embarques do setor atinjam US$ 168,1 bilhões, um novo recorde nominal. O cálculo considera dados do atual cenário econômico e o perfil histórico da pauta de exportações do agronegócio brasileiro. O resultado a ser registrado em 2024 deve consolidar um caminho semelhante ao percorrido em 2023, ano em que as exportações do agronegócio brasileiro também atingiram um recorde nominal histórico, motivado, de modo geral, pelo aumento no volume exportado, compensando a baixa geral de preços de commodities naquele período. Esse cenário é oposto ao ocorrido em 2022, quando a forte alta dos preços no mercado global superou o efeito da ligeira queda nos volumes embarcados, também em comparação com o ano imediatamente anterior. No cenário atual, ainda se registra uma pressão baixista sobre os preços de commodities importantes para a pauta exportadora brasileira, como soja e milho, em um movimento de normalização dos preços internacionais que ocorre desde 2023, após os choques causados pela pandemia e pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
Em 2024, verificam-se níveis globais mais confortáveis de oferta e estoques de alimentos. Já a taxa de câmbio tem sido um fator de impulso às exportações brasileiras. Desde janeiro de 2024, o real desvalorizou-se 12,8% frente ao dólar americano, devido ao cenário de incerteza sobre a economia mundial, com baixo crescimento das principais economias globais, o Banco Central dos Estados Unidos (FED) mantendo a taxa de juros básica dos EUA em um patamar elevado, e aos riscos associados à economia doméstica, como a dificuldade de equilíbrio nas contas públicas e dúvidas em relação à condução da política monetária nos próximos anos. Portanto, a projeção de leve crescimento no valor total exportado pelo agronegócio em 2024 (alta de 0,97%) considera esse cenário macro brevemente destacado nesta introdução. No entanto, as dinâmicas de oferta, demanda e preços para 2024 são particulares a cada tipo de produto no mercado. Assim, as próximas seções dedicam-se a análises específicas para produtos ou categorias de produtos selecionados, organizados em ordem de importância atual no valor da pauta exportadora brasileira (complexo soja, açúcar e etanol, carne bovina, café, carne de frango, algodão, milho, carne suína e suco de laranja).
COMPLEXO SOJA
As exportações do complexo soja (grão, farelo e óleo), grupo de maior representatividade na pauta de exportações do agronegócio, tiveram uma queda no valor comercializado ao exterior no primeiro semestre. O grão de soja sofreu uma queda de 13,7% em valor nominal em relação ao período de janeiro a julho de 2024, enquanto as exportações de óleo e de farelo foram, respectivamente, 56% e 14% menores, na mesma comparação. A explicação para esse movimento está na queda do preço do grão de soja no mercado internacional, que vem ocorrendo desde 2023. Até o fim de julho, o preço do grão (Chicago, contrato futuro com vencimento em agosto) encontrava-se próximo ao patamar de US$ 11,50 por bushel, valor 15% menor que em julho de 2023.
Já a expressiva diminuição das exportações de óleo de soja pode ser explicada pela forte demanda interna por biodiesel, causada pelo incremento do percentual da mistura no diesel fóssil de 12% para 14%, além da ampla oferta mundial da oleaginosa, e a fraca demanda nos EUA, que mantiveram os preços internacionais em baixa, direcionando o derivado da soja para o mercado interno. Além da queda do preço do grão de soja no mercado internacional, o desenvolvimento da safra brasileira 2023 – 2024 foi prejudicado pelo El Niño. Apesar da redução da produção, a diminuição da oferta brasileira não foi suficiente para pressionar a cotação da commodity para níveis mais altos. Isso porque houve uma recuperação da produção argentina que, segundo projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA na sigla em inglês), deve encerrar a safra com uma oferta de 50 milhões de toneladas, mais que o dobro da safra 2022 – 2023. Assim, o balanço global de oferta e demanda de soja registrou um incremento de 11 milhões de toneladas, resultando em uma relação estoque – consumo para o grão de 29%, um aumento de 2 p.p. em relação à safra anterior. As perspectivas para o ciclo 2024 – 2025 indicam um crescimento de 9% na produção global, atingindo cerca de 429 milhões de toneladas, segundo projeções do USDA. O Brasil e os EUA devem aumentar a produção em cerca de 10% cada, enquanto a Argentina terá um crescimento de 4%. A principal preocupação é o impacto do fenômeno La Niña nos países sul-americanos, que pode reduzir significativamente as chuvas no Sul do Brasil, da Argentina, do Paraguai e Uruguai. Contudo, os modelos climáticos atuais indicam um La Niña de intensidade fraca a moderada, com chuvas adequadas na região central do Brasil a partir de outubro e em outras regiões produtoras nos meses subsequentes. A demanda pelo grão tende a aumentar mais do que o observado nos ciclos anteriores. Entre as safras 2012 – 2013 e 2022 – 2023, a demanda global cresceu, em média, 3,3% a.a., enquanto na safra 2023 – 2024 o crescimento foi de 4,4% a.a. Já para a temporada 2024 – 2025, espera-se uma alta de 5%, segundo projeções do USDA.
Dado esse panorama atual da produção global de grãos de soja, com aumento dos estoques e crescimento da relação estoque – consumo, a expectativa é de continuidade da pressão baixista para o preço da oleaginosa. Assim, a projeção do Insper Agro Global para o complexo soja é que as exportações atinjam o valor de aproximadamente US$ 59,9 bilhões. Caso essa projeção se consolide, isso representaria uma queda de 11% no valor exportado em relação ao ano passado.
AÇÚCAR E ETANOL
O aumento expressivo de 53,6% nas exportações do complexo sucroenergético foi impulsionado pelo açúcar. Enquanto as exportações de etanol diminuíram 25%, o valor exportado do adoçante no primeiro semestre deste ano foi 52% maior do que no mesmo período do ano passado, alcançando a marca de US$ 10,45 bilhões, em valores correntes. Entre os destinos, alguns países chegaram a apresentar crescimento superior a 200% em valor demandado em relação a 2023, como Índia, Indonésia, Emirados Árabes e China. A alta observada explica-se pelas combinações de questões climáticas e da alta de preços do mercado internacional. O rápido início da colheita de cana e do processamento da nova safra causado pelo clima mais seco do que o normal no Centro-Sul e os grandes estoques disponíveis do ano passado fizeram com que o volume embarcado para o exterior fosse 45% maior do que no primeiro semestre de 2024. Os preços do açúcar bruto no mercado internacional também continuam em alta na primeira metade do ano. Segundo relatório do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Cepea – Esalq – USP), esse movimento é reflexo das expectativas de uma menor produtividade brasileira no segundo semestre de 2024 e na safra 2025 – 2026, devido ao fenômeno La Niña. Além disso, há informações no mercado de que o governo indiano continuará a incentivar a produção de etanol em detrimento da produção de açúcar, diminuindo as exportações do adoçante, afetando negativamente a oferta global. Até o fim de 2024, as projeções do Insper Agro Global indicam que as exportações brasileiras neste grupo alcancem o montante de US$ 20,8 bilhões. Esse valor embarcado para o exterior seria cerca de 20,3% maior do que o observado em 2023, acima do nível do ano passado.
CARNE BOVINA
As exportações de carne bovina até julho deste ano atingiram o valor de US$ 6,7 bilhões. Esse montante foi 19% maior em relação ao mesmo período do ano passado, quando as exportações para a China foram suspensas por 30 dias devido a um caso atípico de encefalopatia espongiforme bovina (EEB, conhecido popularmente como ‘Mal da Vaca Louca’). O principal destino das exportações da proteína continuou sendo a China, mantendo o mesmo valor dos embarques brasileiros para o país. Porém, o grande destaque ficou para as vendas da carne para os Emirados Árabes Unidos, que demandaram três vezes mais o produto do Brasil, em comparação com o primeiro semestre de 2023, tornando-se o terceiro maior destino das exportações brasileiras de carne bovina.
A tendência é que as exportações deste ano continuem em alta em relação ao ano passado. Com o número forte de abates no Brasil, espera-se que a produção de carne bovina inspecionada aumente em 2024, assim como as exportações, com o boi barato em dólares ajudando. Entretanto, deve-se levar em conta a diminuição dos preços da carne na China e a desvalorização da moeda chinesa como fatores desfavoráveis. As exportações brasileiras de carne bovina estão projetadas para crescer 10% em 2024. Caso isso seja confirmado, o Brasil atingirá o valor de US$ 11,6 bilhões em exportações do produto, conforme projeção do Insper Agro Global.
CAFÉ
Até julho de 2024, o Brasil exportou US$ 5,7 bilhões em café verde, um aumento de 50% em relação ao período anterior. Esse aumento deveu-se ao crescimento de volume, apesar da revisão para baixo da estimativa do USDA para a colheita no Brasil devido à falta de chuvas e ao calor excessivo durante as floradas, que prejudicaram o desenvolvimento do fruto no ano passado. A expectativa era que a safra brasileira se aproximasse do recorde histórico de 69,9 milhões de sacas (MM scs) em 2020 – 2021, com a produção de arábica e robusta de, respectivamente, 48,2 MM scs e 21,7 MM scs. Contudo, a produção deve se aproximar de 44,5 MM scs e 21 MM scs, totalizando 65,5 MM scs. Ademais, no Vietnã, o atraso das chuvas no início do ano também trouxe uma revisão baixista para a produção, que passou de 29 MM scs para 27 MM scs, diminuindo a oferta global (déficit esperado de 0,8 MM scs). Nesse cenário, sem alívio na demanda, os preços devem se sustentar. Mantendo esse ritmo de crescimento das exportações, o Brasil poderá atingir um valor de US$ 10,1 bilhões exportados em 2024. Esse valor seria 25,1% superior ao registrado no ano passado, representando um recorde histórico de exportação para o produto brasileiro.
CARNE DE FRANGO
O valor das exportações de carne de frango até julho de 2024 (US$ 5,3 bilhões) apresentou uma queda de 8% em relação ao mesmo período de 2023 (US$ 5,7 bilhões). A explicação para o resultado mais fraco das vendas externas da proteína pode ser encontrada na redução de aproximadamente 30% das compras chinesas, embora compensada pelo aumento das exportações para países árabes, como Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Essa redução no valor deveu-se ao preço inferior ao praticado em 2024 em relação a 2023, uma vez que a quantidade exportada se manteve no mesmo patamar de igual período de 2023. Isso pode ter ocorrido devido à combinação de custos menores de suplementação animal e à desvalorização do real. Contudo, o autoembargo às exportações brasileiras de carne de frango devido à detecção de um caso da doença de Newcastle em uma granja gaúcha, em julho, deve afetar negativamente as exportações da proteína neste ano. Portanto, espera-se uma diminuição do valor exportado. A previsão é que o Brasil exporte, até o final de 2024, um total de US$ 8,97 bilhões.
ALGODÃO
No primeiro semestre de 2024, o Brasil produziu 3,2 milhões de toneladas (MMt) e exportou, até julho, o equivalente a US$ 3 bilhões, tendo o expressivo aumento de mais de 200% em relação ao mesmo período no ano anterior. A China destacou-se como o principal destino das exportações brasileiras, passando da quarta posição em 2023, quando movimentou US$ 0,13 bilhão, para a primeira posição em 2024, com US$ 1,18 bilhão. Na safra de 2023 – 2024, o Brasil consagrou-se como o maior exportador mundial em volume da pluma, com embarques nacionais que devem alcançar 2,8 MM t no fechamento do ano comercial, segundo projeções do Itaú BBA, ultrapassando os Estados Unidos, que são os maiores produtores da commodity. Isso ocorreu porque os EUA enfrentaram dificuldades climáticas no Texas, seu principal estado produtor, onde a pouca irrigação e a vulnerabilidade à seca prejudicaram a produção. Em contrapartida, o Brasil colheu uma boa safra em 2022 – 2023 e reduziu as exportações, levando ao aumento dos estoques iniciais para a temporada 2023 – 2024. Até o final de 2024, espera-se que o Brasil exporte US$ 5,2 bilhões em algodão. Esse valor representaria um expressivo aumento de 56% nos embarques do produto brasileiro para o exterior em relação ao ano passado.
MILHO
Até julho de 2024, o Brasil exportou US$ 2,58 bilhões em milho, uma queda de 41% em relação ao mesmo período do ano anterior. Considerando os dados dos meses de janeiro a julho, o Japão, que em 2023 havia sido o principal destino das exportações brasileiras, com um valor de US$ 0,7 bilhão, teve uma expressiva queda nas importações, para US$ 0,1 bilhão em 2024. A Coreia do Sul também contribuiu significativamente para essa redução, passando de US$ 0,38 bilhão para US$ 0,13 bilhão. A China também acompanhou esse movimento, variando de US$ 0,85 bilhão para US$ 0,49 bilhão. A China ainda se mantém como o principal destino das exportações brasileiras de milho até o momento em 2024, apesar do expressivo crescimento das exportações do produto para o Egito, que saltaram de US$ 0,15 bilhão para US$ 0,34 bilhão. Em 2023 – 2024, o Brasil deve colher cerca de 122 milhões de toneladas de milho, representando uma queda de 11% em relação ao período anterior. Por outro lado, os Estados Unidos registraram a maior safra de milho de sua história, com aproximadamente 390 milhões de toneladas. Esse aumento na produção norte-americana gerou grande superávit, pressionando os preços do milho em Chicago, que caíram 32% em comparação ao primeiro semestre de 2023, enquanto no Brasil a desvalorização foi de 25%, tendo como referência a Praça de Sorriso. Projeta-se para este ano que as exportações brasileiras de milho tenham uma queda de 12,9% e essa queda levaria o valor exportado do grão para um nível próximo de US$ 11,7 bilhões.
CARNE SUÍNA
As exportações brasileiras de carne suína aumentaram até julho deste ano aproximadamente 4% em comparação com o mesmo período do ano passado. O principal cliente externo, a China, reduziu suas importações da proteína brasileira em mais de 50% em relação ao mesmo período de 2023, diminuindo sua participação nas exportações brasileiras de carne suína in natura de 39% para 22%. Apesar dessa queda, o agronegócio brasileiro tem conseguido diversificar seus destinos. Houve crescimento das vendas para as Filipinas (+50%), Japão (+100%), Cingapura (+20%) e Chile (+15%), além de outros países. Há uma expectativa, também, de um possível aumento das exportações da proteína neste ano com a retirada gradual da vacinação de Febre Aftosa. Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná respondem por cerca de metade da produção brasileira de carne suína e já possuem o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Por fim, a redução da produção chinesa de carne suína não necessariamente será um vetor de aumento das exportações brasileiras da proteína. O USDA projeta uma redução de 2,1% da produção chinesa em 2024. Porém, isso não se traduz em maiores importações do país asiático. Na verdade, a estimativa é de queda de 20,9% das importações, segundo o USDA. Depois da recuperação da produção chinesa, após o surto de Peste Suína Africana (PSA), ocorrido com maior intensidade entre 2018 e 2019, a produção chinesa bateu recorde, em 2023, o que pressionou os preços e as margens domésticas da suinocultura para baixo. Desde então, a produção chinesa vem reduzindo o estoque de animais e reduzindo as importações. Segundo nossas projeções, as exportações brasileiras de carne suína apresentaram uma leve queda de 3% em 2024. Se essa previsão se concretizar, o Brasil terá exportado US$ 2,71 bilhões de carne suína neste ano.
SUCO DE LARANJA
O valor dos embarques brasileiros de suco de laranja ao exterior até julho deste ano apresentou um aumento de 21% em comparação com o mesmo período do ano passado, atingindo um nível de aproximadamente US$ 1,4 bilhão. A União Europeia e os EUA foram os principais compradores do produto brasileiro, representando cerca de 84% dos destinos das exportações brasileiras de suco de laranja. Esse crescimento deveu-se a um aumento no preço, uma vez que a quantidade exportada até julho de 2024 reduziu cerca de 7% em relação ao mesmo período de 2023.A redução na quantidade está associada à redução na produção nacional. Segundo relatório do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), a produção do cinturão citrícola localizado no Estado de São Paulo, no Triângulo e no Sudoeste Mineiro, está estimada para recuar 24,4%, em relação à safra anterior, sendo a menor em 36 anos. Segundo a entidade, esse resultado deve-se ao clima quente e seco ocorrido no final de 2023. Dado que o Brasil representa mais de 70% da produção global de suco de laranja e outros países produtores ainda estão se recuperando da quebra de safra, há uma pressão ainda maior sobre o balanço global de suco. O resultado dessa conjuntura são preços mais elevados. As cotações da bebida em Nova Iorque em julho de 2024 foram 51% superiores às observadas há um ano. Com as cotações em patamares elevados, a tendência é que mesmo com uma produção menor, o valor das exportações aumente neste ano. Assim, o Brasil poderá exportar US$ 2,7 bilhões em suco de laranja até o final de 2024. Isso equivaleria a um aumento de 11% no montante exportado em relação ao ano passado.
CONCLUSÃO
Com base nas projeções e perspectivas apresentadas para cada produto do agronegócio brasileiro em 2024, podemos concluir que o cenário de exportações do setor é marcado por desafios e oportunidades variadas, dependendo do produto específico. Enquanto alguns segmentos, como o complexo soja e milho, enfrentam pressões baixistas nos preços devido a fatores climáticos e oscilações no mercado internacional, outros, como o açúcar, etanol e café, apresentam um cenário mais otimista, impulsionado por condições climáticas favoráveis e aumento da demanda externa. A carne bovina e o algodão também se destacam com perspectivas de crescimento nas exportações, apesar dos desafios logísticos e de preços. A desvalorização do real frente ao dólar americano pode atuar como um fator de suporte para as exportações, tornando os produtos brasileiros mais competitivos no mercado internacional. No entanto, a volatilidade dos preços das commodities, os preços dos insumos e as condições climáticas adversas continuam sendo fatores de risco que podem influenciar negativamente as margens dos produtores e o desempenho do setor.