Estima-se que a população global tenha atingido marca dos 7,6 bilhões de pesssoas, em outubro de 2017. Uma nova projeção demográfica da ONU aponta que, em 2030, a população mundial atinja 8,6 bilhão, um bilhão a mais de pessoas em 13 anos. Enquanto a população dá um salto quantitativo, a fome no mundo voltou a crescer. O último relatório Estado da Segurança Alimentar e da Nutrição no Mundo 2017, da ONU, apresentado em setembro de 2017, mostra que 815 milhões de pessoas ou cerca de 11% da população mundial passam fome atualmente, causada principalmente pela proliferação de conflitos violentos e mudanças climáticas.
Dados como esses tornam o Brasil objeto de muito interesse da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). O País tem o maior potencial, entre todos do mundo, para aumentar a produção de alimentos em até 40% nos próximos anos. “Acreditamos que em 2024, 2027, o Brasil estará produzindo 300 milhões de toneladas de grãos e que assumirá a liderança mundial na produção de milho e soja, superando os Estados Unidos. E isso, para nós, que pensamos em segurança alimentar para todos os povos, é significativo”, explica Alan Bojanic, representante da FAO para o Brasil.
Bojanic é um dos convidados que participarão do debate “O agronegócio na nova sociedade: implicações e perspectivas para o Brasil”, juntamente com outras lideranças do agronegócio brasileiro, como a senadora Ana Amélia Lemos (PP); o presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes; o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken; presidente da Associação Brasileira de Agribussiness (ABAG), Luiz Carlos Correa Carvalho; e o diretor da Esalq-USP, professor Luiz Gustavo Nussio. O debate acontece durante o Fórum do Agronegócio 2018, no dia 9 de abril, no Parque de Exposições Ney Braga, durante a ExpoLondrina.
Segundo Bojanic, discutir o agronegócio agora é extremamente importante. “Não porque o Brasil teria uma missão de fornecer alimento para o mundo. Mas porque os efeitos do agronegócio para a economia brasileira são significativos. O agronegócio tem o potencial para tirar o Brasil da crise, alimentar e dar emprego para boa parte da população brasileira”, diz. Assim, segundo ele, a FAO observa o país por esses três aspectos: segurança alimentar, econômico e social. “Hoje, é o setor-chave na sociedade e pode gerar externalidades positivas”, explica.
Da acordo com o representante da FAO, o que precisa ser resolvido para que isso se concretize é a logística. “Ainda que se produza mais, ainda que o Brasil tenha essa boa perspectiva para se tornar a grande força do setor agrícola mundial, precisa fazer resolver o problema de escoamento dos alimentos”, aponta.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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