12 de janeiro de 2020

Rally da Safra 2020 começa otimista

Clima favoreceu o bom desenvolvimento das lavouras nas principais regiões produtoras. No momento, as exceções são Oeste do Paraná e Sul do Mato Grosso do Sul, onde houve seca no plantio, e Rio Grande do Sul, que está passando por um período de estiagem.

O Rally da Safra 2020 começa nesta segunda-feira, 13 de janeiro, a avaliar as condições das lavouras do país. Os técnicos partem com a perspectiva de encontrar boas produtividades de soja. A estimativa inicial é de uma safra de 124,3 milhões de toneladas, 4,6% maior do que a colhida em 2018/19. O fato de o plantio não ter sido tão antecipado quanto na safra anterior causou preocupações no início da temporada, mas a regularização do clima desde então nas principais regiões produtoras foi favorável ao desenvolvimento das lavouras.

“Vamos a campo com expectativa de encontrar uma safra positiva”, afirma André Pessôa, sócio diretor da Agroconsult, organizadora do Rally da Safra. A área plantada de soja no Brasil deve crescer 2,2% em relação à safra anterior, alcançando 36,7 milhões de hectares, conforme projeções da Agroconsult. Segundo a perspectiva pré-Rally, a produtividade também aumentará, saindo de 55,2 sacas/hectare na temporada 2018/19 para 56,5 sacas/hectare nesta safra.

A Equipe 1 do Rally da Safra percorrerá o Médio-Norte do Mato Grosso, onde as primeiras áreas de soja começaram a ser colhidas no fim de dezembro. Os produtores do Estado mantêm alta expectativa. Há chances de estabelecer um novo recorde de produção. O plantio foi realizado no calendário ideal e, desde então, chove com regularidade. Nesse cenário, as equipes estarão em campo na próxima semana para avaliar o desempenho das variedades precoces e as condições climáticas durante a colheita, entre outros aspectos.

Há algumas exceções ao quadro geral positivo. Produtores do Oeste do Paraná e do Sul do Mato Grosso do Sul enfrentaram um período seco relativamente prolongado em setembro e outubro. Na prática, a principal consequência foi o atraso no plantio da soja, prejudicando o calendário do milho segunda safra nas áreas com semeadura foi mais tardia.

Para a soja, os principais problemas recaem apenas nas primeiras lavouras semeadas, onde o potencial produtivo foi prejudicado — numa proporção menor, no entanto, do que na safra passada, quando áreas dessas mesmas regiões foram afetadas por estiagem em dezembro de 2018, num período em que boa parte delas já estava em estágios de desenvolvimento mais críticos para a produtividade.

No Mato Grosso do Sul, as equipes da expedição avaliarão o impacto da seca no Sul do Estado e o potencial produtivo no Norte. No Paraná, os técnicos irão verificar principalmente a recuperação das lavouras afetadas pela seca.

Outra região em que pode haver perda de potencial é o Rio Grande do Sul, onde chove pouco desde dezembro, afetando as áreas de soja mais precoce. Devido à seca, parte das lavouras do Sul do Estado ainda não germinaram — alguns talhões não chegaram a ser plantados. Durante as visitas do Rally, técnicos vão monitorar o impacto da seca no Sul e o potencial produtivo das demais regiões do Estado, bem como as condições climáticas em fevereiro e março.

“A perspectiva atual é que os problemas estão localizados no Oeste do Paraná, no Sul do Mato Grosso do Sul e, agora, no Rio Grande do Sul”, diz o coordenador do Rally. “Mas de maneira geral a região Centro-Oeste está indo bem, assim como o MAPITO-BA.”

Com relação ao milho segunda safra, a Agroconsult estima produção de 74 milhões de toneladas, contra 76,7 milhões de toneladas na safra passada. A perspectiva inicial é que a produtividade chegue a 95 sacas por hectare, retornando à linha de tendência depois dos excelentes resultados da temporada passada, quando a média colhida foi de 101 sacos por hectare. A área plantada deverá crescer 3%, para 13 milhões de hectares.

Sobre o Rally Nesta 17ª edição do Rally da Safra, serão 11 equipes em campo, das quais oito avaliarão as lavouras de soja até o final do mês de março. Outras três irão rodar de maio a junho para avaliar as áreas de milho segunda safra. O levantamento acontecerá nos 12 principais estados produtores, que respondem por 95% da área de produção de soja e 72% da área de milho: Mato Grosso, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins.

Além das avaliações em campo, a expedição fará oito eventos regionais e 30 cafés com produtores para debater as condições da safra brasileira. A expedição estima percorrer um total de 100 mil quilômetros neste ano e avaliar 1700 lavouras, entrando em contato com 3 mil produtores rurais.

Roteiro – Os trabalhos em campo da Equipe 1 terão início nesta segunda-feira, 13 de janeiro, em Sinop/MT. Os técnicos percorrerão o Médio-Norte e Oeste do Mato Grosso até 17 de janeiro, coletando informações da soja de ciclo precoce. A Equipe 2 seguirá para as regiões do Sudeste de Mato Grosso, Sudoeste de Goiás e Norte do Mato Grosso do Sul de 26 a 31 de janeiro. No dia 30, a expedição realiza evento técnico para produtores e profissionais do setor em Rio Verde/GO, onde encerra a etapa.

Em 3 de fevereiro, a Equipe 3 inicia as atividades no Sul do Mato Grosso do Sul, de onde segue para avaliar lavouras nas regiões Oeste e Norte do Paraná, concluindo os trabalhos no dia 7 de fevereiro. Os técnicos da Equipe 4 retornam ao Mato Grosso de 11 a 15 de fevereiro para avaliar as lavouras de ciclo médio/tardio no Leste, Oeste e Médio-Norte do Estado. Na sequência, de 16 a 20 de fevereiro, a Equipe 5 chega a Goiânia e vai em direção ao Noroeste de Minas Gerais. Depois, em 19 de fevereiro, volta ao Sul de Goiás, onde realiza evento técnico em Catalão. A etapa acaba no Triângulo Mineiro, em 20 de fevereiro.

A Equipe 6 começa as avaliações em São Paulo nos dias 1 e 2 de março. Nos dias 3, 4 e 5 de março os técnicos percorrem o Norte, Centro e Sudoeste do Paraná. Está marcado evento técnico no dia 4 de março em Ponta Grossa. Depois, a expedição segue para Santa Catarina, onde ocorre o fim da equipe. A Equipe 7 começa em Chapecó/SC em 9 de março, quando realiza evento técnico para produtores e profissionais do setor. Depois, os técnicos seguem para o Rio Grande do Sul para avaliar as lavouras de soja nas regiões das Missões, Planalto, Serra e Sul.

A Equipe 8 seguirá para analisar as lavouras de soja no o MAPITO-BA de 22 a 28 de março. No dia 23, a expedição realiza evento técnico em Luís Eduardo Magalhães, no Oeste da Bahia. Nesta edição, outras três equipes avaliarão o milho segunda safra de 18 de maio a 5 de junho no Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná. Organizado pela Agroconsult, o Rally da Safra 2020 chega à 17ª edição com patrocínio do Banco Santander, FMC, Corteva Agriscience (com as marcas Brevant, Enlist e Cordius), VLI, Firestone (marca pertencente à Bridgestone), Tokio Marine, além do apoio da BR Distribuidora, da FIESP e da Fundação Agrisus.

O trabalho das equipes e o roteiro completo da expedição poderão ser acompanhados pelo site www.rallydasafra.com.br, com informações atualizadas diariamente no www.twitter.com/RallydaSafra e www.facebook.com.br/RallydaSafra

Fonte: Assessoria de Imprensa

Canal AgroRevenda

 

Papo de Prateleira

 

Newsletter

Receba nossa newsletter semanalmente. Cadastre-se gratuitamente.