14 de dezembro de 2018

Produção de ração no Brasil deve crescer 0,8% em 2018

A produção de ração animal do Brasil deverá atingir um volume de 72,3 milhões de toneladas, estimou nesta quinta-feira, dia 13, em São Paulo, o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), um acréscimo de apenas 0,8% sobre 2017, quando o setor bateu recorde, com 71,7 milhões de toneladas. Ao contrário do panorama vislumbrado no início do ano, devido ao ano mais fraco na indústria de carnes de aves e suína, além de vários problemas, como o embargo da União Europeia e da Rússia, a greve dos caminhoneiros e a forte elevação do dólar, verificados no primeiro semestre. O destaque fica com o sal mineral, cuja produção deve finalizar o ano com crescimento de 5%, atingindo 3,13 milhões de toneladas.

A expectativa para 2019 é positiva, embalada pelo cenário favorável do setor de carnes e a projeção de uma grande safra de grãos, a principal matéria-prima do setor. “Levando em conta o histórico apurado nos últimos anos, e confiando na retomada econômica, é possível apostar em avanço já que seu desempenho é modulado sobremaneira pelo setor produtor/exportador de proteína animal”, analisou o Vice-presidente Executivo do Sindirações, Ariovaldo Zani.

No mesmo dia, o setor de produção de carnes de frango e suína divulgou expectativas positivas para 2019. A produção nacional de carne de frango deve aumentar em 1,4%, chegando a 13,2 milhões de toneladas, graças a um maior alojamento de matrizes, enquanto a suína tende a crescer até 3%, informou a  Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que também espera um crescimento de até 3% nas exportações destas carnes no ano que vem.

O executivo do Sindirações avaliou ainda que a grande safra de grãos esperada para o Brasil em 2019 deve amenizar os custos para alimentar rebanhos e favorecer as margens da indústria de carnes. “Muito embora o recrudescimento do protecionismo comercial global, o enxugamento monetário americano, e principalmente, o adiamento das reformas estruturantes domésticas (Previdenciária e Tributária) podem despejar água fria nesta fervura. Vamos aguardar os acontecimentos”, comentou. “A eleição já realizada e a renovação do Legislativo decerto aliviarão a tensão do empreendedor e pode contribuir para os investimentos e a geração de empregos, o que deve devolver alguma confiança ao consumidor”, concluiu Ariovaldo Zani.

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