19 de março de 2018

Presidente da Apex Brasil fará conferência sobre protagonismo brasileiro no Agro

Roberto Jaguaribe é um dos mais aguardados palestrantes do Fórum do Agronegócio 2018

“O Brasil protagonista de uma nova história no Agro mundial” é o tema da conferência que o presidente da Apex Brasil, Roberto Jaguaribe, profere dentro da programação do Fórum do Agronegócio 2018, no dia 9 de abril, durante a ExpoLondrina. O Fórum acontece a partir das 12h30, no Recinto Horácio Sabino Coimbra e é uma realização da Sociedade Rural do Paraná e da MMarchiori. Para Jaguaribe, discutir o agronegócio, nesse momento, é falar sobre segurança alimentar global. “Segundo recente estimativa da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a produção agrícola mundial precisa dobrar até 2050 para que a segurança alimentar mundial esteja garantida. Esse cálculo está baseado em uma estimativa populacional de 9,1 bilhões de pessoas em 2050”, diz.

Segundo Jaguaribe, para atender à crescente demanda por alimentos, a expectativa da FAO é que o Brasil eleve sua produção agrícola em 40% até 2019, enquanto China, Índia e Rússia – outros grandes players globais do agronegócio – expandam as safras em pelo menos 20%.  “O Brasil é um dos países mais bem preparados para este desafio. Somos o maior exportador líquido de alimentos e temos capacidade de conjugar alta produtividade com preservação ambiental. Podemos oferecer mais alimentos ao mundo porque utilizamos tecnologia avançada e estamos produzindo mais sem a necessidade de ampliação de áreas de cultivo. Estamos também atentos à qualidade, em especial aos padrões de sanidade que são tão caros ao mercado e que, cada vez mais, constituem diferenciais de competitividade para os produtos que integram a cesta do agro”, explica. Segundo ele, o Brasil tem um lugar de destaque em duas grandes agendas globais, que são a segurança alimentar e, por consequência, a preservação ambiental, com contribuições importantes para o cumprimento das premissas da agenda do clima e do combate à emissão de gases de efeito estufa.

“Já somos o grande protagonista mundial no setor do agronegócio. Somos o segundo maior exportador (considerando países individuais) de produtos agrícolas, atrás apenas dos Estados Unidos, e temos a liderança global na produção e exportação de diferentes tipos de cereais, carnes, frutas e vegetais, com destaque para açúcar, café e suco de laranja. O Brasil possui os melhores pré-requisitos para atender à crescente demanda por alimentos. Fatores como condições climáticas adequadas, recursos hídricos em abundância e o alto potencial de terras cultiváveis fazem do país uma peça-chave neste quebra-cabeça”, aponta. E diz que o Brasil soma às vantagens geográficas naturais um maciço investimento em soluções inovadoras e sustentáveis no campo, apresentando tecnologia de última geração especificamente voltada ao clima tropical como também resultados positivos relacionados à inovação em com soluções alternativas, citando como exemplo os biocombustíveis.

Ao traduzir este cenário em números, ele explica que é possível destacar alguns dados significativos. “O país conta com 554 milhões de hectares de vegetação nativa, 60 milhões de hectares usados por cultivares ativos, 38 milhões de hectares em uso urbano, e 198 milhões de hectares ocupados por pastos degradados. Esses pastos podem ser usados tanto em ações de reflorestamento como para ampliação da área de cultivo agrícola”. Graças às modernas tecnologias, a produtividade de grãos cresceu 220% em quase 40 anos, passando de 1,4ton/ha para 4,5 ton/ha (1976-2015). No mesmo período, a área cultivada sofreu pequena alteração, quando o esperado seria aumentá-la para além de 150 milhões de hectares, a fim de garantir essa mesma produtividade”, diz.

Além disso, de acordo com ele, a balança comercial brasileira fechou 2017 com superávit de US$ 67 bilhões, um resultado puxado por US$ 217,74 bilhões em exportações e US$ 150,74 bilhões em importações. “O agronegócio fez sua parte e, indiscutivelmente, contribuiu bastante para esse resultado,” garante. Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), nada menos do que sete produtos agropecuários estão entre os 10 itens que mais recursos proporcionaram ao país. Em 2017, as exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 96,01 bilhões um aumento de 13% em relação ao ano de 2016, quando foram exportados U$$ 84,93 bilhões. “Hoje, o país reconhece plenamente a importância do agronegócio, que está definido como uma das prioridades estratégicas do governo brasileiro. O protagonismo do Brasil é uma decorrência natural do aproveitamento máximo de uma vocação natural do país”, garante.

Esta é a terceira edição do Fórum do Agronegócio, que terá também o debate “O agronegócio na nova sociedade: implicações e perspectivas para o Brasil” , com a presença do coordenador do Centro de Agronegócio da FGV-Easep,  Roberto Rodrigues, e como debatedores  líderes do setor do agronegócio brasileiro como a senadora Ana Amélia Lemos (PP); o presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes; o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken; o presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), Luiz Carlos Correa Carvalho; e o diretor da Esalq-USP, professor Luiz Gustavo Nussio. Também será realizado o painel “Inovação no Agro e na Agroindústria Brasileira: as demandas mundiais e os desafios na produção sustentável de alimentos”, com a participação do presidente da SRB, Marcelo Vieira; o presidente da Abramilho, ex-ministro Alysson Paolinelli; presidente Aprosoja,  Marcos da Rosa; presidente ABIEC,   Antonio Jorge Camardelli; presidente da John Deere,​​​​​ Paulo Herrmann; presidente ABCT, ​​​​​​ Pedro Lopes; presidente da IBISA, Mônika Bergarmaschi; e presidente do Conselho Administração da Cocamar, ​​​​​​​Luiz Lourenço.

Informações e inscrições podem ser acessadas no site www.forumdogronegócio.com

Fonte: Assessoria de Imprensa

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