21 de setembro de 2022

Plant Based Tech e New Meat Forum são proteínas alternativas

Os dois eventos abordaram mudanças, inovações e transformações no futuro dos novos alimentos.

Apresentar novidades, alinhar as expectativas de mercado de forma cientifica, colocar em pauta a produção, tecnologia, inovação e as mudanças que transformam os produtos, atendendo as novas demandas de Vegetarianos, Veganos, Flexitarianos e Consumidores. Esses foram os objetivos dos eventos Plant Based Tech – Fórum Internacional de Tecnologia e Produtos Plant Based, e New Meat Forum 2022 – 2º Fórum Internacional de Carnes Vegetais, Cultivadas e Proteínas Alternativas, realizados nos dias 1 e 2 de setembro, no Anhembi, em São Paulo.

Os encontros trouxeram, ainda, debates sobre políticas regulatórias, comerciais e outros desenvolvimentos na área que prometem um futuro mais humano, sustentável, ético e moderno. A indústria busca opções saudáveis e sustentáveis como alimentos à base de plantas e carne cultivada em laboratório, proteínas alternativas bem como o cultivo de carnes no país. Participaram mais de 700 profissionais interessados na evolução das tendências mundiais.

O primeiro dia do evento destacou a relevância do painel de abertura ‘Marco Regulatório e Certificação do Plant Based’, com a presença de Glauco Bertoldo, agrônomo e Diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); Alexandre Harkaly, Diretor do IBD Certificações; Julia Coutinho, sócia fundadora da Regularium Consultoria. A moderação foi de Alysson Soares, especialista em Políticas Públicas do GFI. Os temas trazidos pelas pesquisadoras da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Caroline Mellinger Silva e Janice Ribeiro Lima, também ganharam importância nos debates envolvendo os temas ‘Os efeitos da proteína alternativa na nutrição’ e ‘Desenvolvimento de novos produtos’, ambos moderados pela palestrante Alessandra Luglio, diretora da Sociedade Vegetariana Brasileira.

O evento foi idealizado pela TrioXp Eventos, com o patrocínio de grandes players do mercado, como Ashland Brazil, Döhler, JBS (com a marca Incrível), Netzsch do Brasil, OTerra, Synergy Inspiring Taste, Vogler, Ambi Real Food, Kerry e Sartorius. A colaboração oficial coube a GFI Brasil e Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), além de mais de trinta associações apoiadoras do mercado. “A primeira edição da Plant Based Tech e New Meat Forum alcançou nosso objetivo de abrir um espaço exclusivo para este setor, da matéria prima ao produto final, com muito conteúdo e networking.  Palestrantes de altíssimo nível de conhecimento, temas inovadores, muita tecnologia e atualização sobre o mercado. Foi um conteúdo extenso e diversificado que abre uma nova fase no mercado brasileiro para as inovações na área de alimentação”, esclareceu Lúcia Cristina Abdala, diretora da TrioXp Eventos (1ª foto interna). Ela ainda reforçou que, neste cenário de inovação e mudanças, extremamente favorável para um potencial crescimento do faturamento, é extremamente importante estar presente, até como forma de alavancar novos negócios para as empresas que participaram dos dois dias de evento. Os patrocinadores, expositores e apoiadores já são reconhecidos em nível internacional como autoridades neste segmento, apostando na participação como estratégia para alavancar leads, fazer relacionamento com os clientes, networking e reforçar a imagem da marca, colocando ainda em evidência os lançamentos no mercado.

“A feira Plant Base Tech + New Meat possibilitaram estreitar relações com atores importantes da cadeia de produção de alimentos à base de vegetais no Brasil. Tanto aqueles que operam com o desenvolvimento de soluções para o mercado B2B quanto os que hoje já oferecem produtos prontos para consumo. As indústrias e o público em geral estão cada vez mais conscientes dos impactos positivos de suas escolhas. E puderam conhecer mais de perto o trabalho da SVB. Como o programa ‘Opção Vegana’, para o desenvolvimento e implementação de opções veganas no cardápio, visitando o estande para tirar dúvidas pertinentes sobre a Certificação Selo Vegano e o mercado consumidor destes produtos”, comentou Maria Eduarda Lemos, Engenheira de Alimentos e Gerente de Certificação da Sociedade Vegetariana Brasileira.

O professor Celso Santos Silva, vice-presidente da Aregala Internacional e Cozinheiros sem Fronteiras do Brasil, reforçou a importância dos eventos plant based e carnes cultivadas. “Participamos oficialmente do evento e do fórum internacional, e detectamos a necessidade de formar mão de obra e investir em qualificação social e laboral para o desenvolvimento de produção de alimentos desse segmento tão importante da gastronomia brasileira e vegana. Já confirmamos presença para a próxima edição do evento, no ano que vem, onde lançaremos cursos, palestras e desenvolvimento de programas pertinentes a esse segmento, que tanto cresce no Brasil e no mundo”, prometeu.

Um dos focos da participação da Vogler foi o estande de exposição, onde foram apresentados alguns protótipos com conceitos de formulações plant-based seguindo as tendências de mercado, como uma bebida proteica plant-based sabor chocolate, com 6% de proteína. Um análogo de nuggets com fibras, além de 2 molhos plant-based: queijo tipo cheddar e maionese vegana. A participação da empresa patrocinadora no evento também contou com a palestra de Caroline Souza, responsável por inteligência de mercado, que trouxe um pouco do panorama do mercado quanto a bebidas plant-based, tendências de procura e demanda dos consumidores, principalmente nos fatores de novos sabores e as características sensoriais. A expectativa é que o mercado plant-based possa cada vez mais conhecer a sua plataforma completa de ingredientes e soluções para essa categoria tão importante.

O evento foi uma boa oportunidade para relacionamento com clientes e parceiros além de abrir possibilidades para negócios futuros. A empresa Synergy Inspiring Taste trouxe soluções em aplicações plant-based, para alternativa da carne, como manter o perfil e a textura, garantir o sabor cárneo mascarando off-notes indesejadas. E também inovações para a categoria do super café, com novas formulações, formatos e sabores que despertem energia, garantindo os atributos exigidos pelos consumidores.

A Oterra apresentou novidades em corantes no Plant Based Tech.  A Linha FruitMax® foi o grande destaque da empresa na primeira edição do fórum internacional Plant Based Tech, a partir de uma variedade de concentrados de frutas, vegetais e plantas comestíveis, que podem entrar na composição como ingrediente, ajudando a tornar alimentos e bebidas mais saudáveis e menos processados. “O mercado plant based está cada vez mais aquecido e os consumidores mais exigentes. Por isso, com a linha FruitMax®, além dos outros itens do nosso amplo portfólio, a Oterra está consolidando sua liderança em corantes naturais, por meio de aplicações tecnológicas com ingredientes ‘limpos’ e saudáveis”, ressaltou Stella Munhoz, gerente de Marketing da Oterra para a América Latina.

A Netzsch do Brasil –  Moagem & Dispersão trouxe moinhos classificadores para moagem fina de impacto. Na vanguarda da inovação especializada em atender demandas específicas com produtos para diferentes necessidades. A empresa possui uma linha de solução para o processo de moagem fina a seco e classificação, processos exigidos na concentração de proteína vegetal. Outra novidade foi a empresa expositora LithoLife, que trabalha com a matéria prima de algas marinhas ricas em elementos necessários para o organismo, que ofereçem grande benefício à saúde e ao bem-estar. Por ter sua origem também vegetal, as características naturais dessas algas proporcionam uma melhor taxa de absorção, sendo uma excelente opção de ingrediente vegano para aplicações em alimentos, bebidas, produtos farmacêuticos e cosméticos. O uso de um ingrediente ‘Clean Label’ traz diferenciação de produtos formulados com ingredientes convencionais e que não oferecem benefícios adicionais.

No segundo dia, o New Meat Forum, tratou de temas relevantes, como ‘Ecossistemas empreendedores de carne cultivada’, abordados por Felipe Krelling, investidor no setor de proteínas alternativas globalmente, e Bibiana Franzen Matte, fundadora da AMBI REALFOOD. A moderação coube a Alysson Soares, especialista em Políticas Públicas do GFI, e também teve a participação de convidados importantes do setor, como Bruno César Prosdocimi Nunes, Zootecnista e Mestre em Produtividade e Qualidade Animal, Tecnologista pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI): o professor e pesquisador da Universidade Regional de Blumenau, Eduardo Guedes Villar, e Paulo Coutinho, pesquisador chefe do SENAI. “O diferencial da Ambi Realfood é que desenvolvemos a tecnologia da carne cultivada nacionalmente. São alimentos à base de carne em que há manutenção de sabor, textura e nutrientes da proteína, mas sem a necessidade de abater animais. Além disso, esse tipo de tecnologia permite a produção em maior escala de alimentos de uma forma mais sustentável, pois reduz a necessidade de uso de água, terras e emissão de gases”, assegurou Bibiana Franzen Matte, fundadora da Ambi Realfood.

O evento ainda ampliou o nível de informação e conhecimentos das máquinas e dos equipamentos utilizados na produção da carne cultivada. “Nós apresentamos biorreatores, necessários para a produção de proteínas, a carne cultivada. O equipamento é o KLF, um biorreator de bancada, pequeno em tamanho, mas grande na aplicação. O principal diferencial é que a parametrização dele é igual aos biorreatores de grande volume, para a efetiva produção, facilitando desta forma o upscale e eventual downscale”, garantiu Henri Berghs, da empresa Bioengineering.

Simultaneamente aos fóruns, foram realizadas, na área de exposição e experencie, degustações que apresentaram conceitos, novos alternativas e soluções dentro de formulações plant-based e carne cultivada, demonstrando o forte crescimento dos lançamentos de alimentos e bebidas veganos.

“Para carnes cultivadas, nossa solução é nutrição celular. O nosso grande diferencial é que trabalhamos com suplementos para crescimento celular, gerando alta densidade celular nos processos biotecnológicos, bem como alto rendimento. Temos suplementos muito diferenciados com capacidade de customização”, pontuou Thais Siqueira, Coordenadora de Marketing PHARMA da Kerry. Já Marina Avelar, Analista de Marketing FOOD, destacou que “em proteínas alternativas, as nossas soluções são um pacote completo, de quatro pilares. Sabor, proteínas vegetais, funcionalidade e nutrição. E a nossa plataforma/marca chama-se RADICLE™”.

A Döhler, empresa de ingrediente naturais e plant-based por essência, levou para a Plant Based soluções para alternativas aos lácteos, com aplicações de aveia 100% nacional. Quem visitou o espaço de tasting experience pode degustar bebida de aveia com chocolate, bebida de aveia barista, chantilly de aveia, bebida de aveia com frutas vermelhas, queijo cremoso e manteiga à base de plantas, chocolate meio amargo à base de plantas com framboesa, e brigadeiro de colher à base de plantas. Natália Pagliarini Bruno, Product Manager da empresa, falou no congresso sobre a ‘Multissensorialidade no desenvolvimento de alternativas para lácteos’ e a importância da indústria e dos laboratórios de pesquisa e desenvolvimento, que precisam estar alinhados com as tendências do mercado consumidor para o desenvolvimento de produtos que atendam e superem cada vez mais às expectativas. “É uma excelente oportunidade para que profissionais do setor de alimentação avaliem as inovações, pesquisas e perspectivas deste mercado, que recebe milhões de dólares em investimento todos os anos”, finalizou.

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