Por essa razão foi histórico.
Reuniu por duas semanas, em uma Paris se recuperando do luto, importantes líderes mundiais, que acordaram em limitar o aquecimento global em 2ºC, talvez até 1,5ºC.
Ainda, previu maior accountability para verificar se as nações, realmente, restringirão suas emissões, e para onde serão destinados os mais de US$ 100 bilhões por ano em financiamento, até 2020, para os países mais pobres.
O que o acordo não previu é a velocidade das pedaladas.
Desde 2014, países têm submetido à Organização das Nações Unidas suas metas voluntárias para reduzir o aquecimento global. A China optou por fomentar fontes renováveis de energia. O Brasil, em cortar 37% das emissões com foco na redução do desmatamento na Amazônia. Os EUA, em cortar 26% das emissões renovando suas geradoras de energia. Cada um com seu cada qual.
O que pouca gente vislumbrou no acordo é que essas promessas são insuficientes. Ao somar todas, as emissões continuarão aumentando até 2030, nos deixando mais próximos dos 2,7ºC de aumento, do que da meta de 2ºC.
Por ora, o importante é não perder momentum. O acordo só entra em vigor quando ao menos 55 países, responsáveis por 55% das emissões, assinarem. Isso implica em colocar EUA, China, União Europeia, Índia e Rússia, num mesmo barco. Ou melhor, numa mesma bicicleta.
Continuar pedalando com esse peso todo é mais difícil, além do tombo ser bem maior. Mas assim como ao andar de bicicleta: “depois que embala vai”.
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