28 de janeiro de 2020

Márcio Freitas elogia cooperativismo

Por passagem pelo Mato Grosso do Sul, Márcio Freitas, presidente do Sistema Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB)  em Mato Grosso do Sul, visitou a Casa do Cooperativismo e concedeu uma entrevista. Confira!

Quais são as prioridades de trabalho do Sistema OCB para 2020?
O nosso Planejamento Estratégico que vai até este ano, foi atualizado de acordo com a diretrizes do Congresso Brasileiro do Cooperativismo ocorrido em 2019. A sua reformulação completa que funcionará até 2025 com a missão de 2035 será feita com a nova diretoria. 2020 será um ano de mudanças, como foi o ano anterior, pautado por diversas reformas, como da previdência, mas em breve teremos outras como a tributária, sindical e administrativa. Muito político, o trabalho da OCB será intenso esse ano, na hora que começar as discussões, a intensidade das matérias. Será um mais focado na defesa do que no ataque, para preservar os direitos cooperativos e as conquistas já adquiridas. Estamos preparados para isso e para as oportunidades de mercado para as cooperativas. Principalmente em dar apoio às mudanças e oportunidades de negócios para as cooperativas.

Quais as expectativas com a retomada da economia?
As expectativas são animadoras, o atual governo está trazendo seriedade e com isso traz consistencia à economia que volta a crescer. Traz crebilidade para investimentos, principalmente do mercado externo, incrementando a renda do brasileiro que é o nosso maior consumidor. Um exemplo disso é o leite, que pela primeira vez em 15 anos saiu da crise e cresceu o consumo graças ao mercado interno.

Quais são os desafios do cooperativismo?
O Congresso Brasileiro do Cooperaivismo trouxe grandes disrupturas e vimos a necessidade de inovar cada vez mais. As cooperativas estão muito mais atentas ao mercado, mas devido ao seu modelo negócio, as vezes a mudança e a inovação ocorrem num ritmo mais lento que o mercado. Por isso, nosso empenho é fomentar e acelerar esse processo. Esse será o nosso grande desafio, nos adequar às mudanças tecnológicas, mas sem deixar a nossa essência. A sociedade quer confiança, quer valores, quer princípios, uma face humana e não apenas negócio. Esse lado da tecnologia traz um distanciamento, um isolamente e as pessoas têm necessidade de participar, de fazer parte, essa é a diferença do modelo cooperativo. Ajustar a velocidade das mudanças, mas fortalecer a nossa essência cooperativa. Para isso, acredito que precisamos aprimorar nossa comunicação, vender mais o cooperativismo para o público externo. Sabemos falar muito bem para nós mesmos,  mas precisamos mostrar nossa crebilidade para a sociedade. O Somoscoop foi uma inovação e está em andamento, mas precisa evoluir e ter mais adesão. Foi um grande passo que já estamos colhendo frutos, mas a colaboração de todos é fundamental para atingirmos patamares maiores.

Como vê o cooperativismo no Mato Grosso do Sul?
O cooperativismo do Centro-Oeste vai muito bem e no MS é igual. É um modelo difenrente, não é o tradicional como do sul e do sudeste, pega coisas positivas dessas regiões, mas tem um viés pioneiro de quem vem desbravar novas terras. Ele melhora o modelo, as cooperativas do sul que veem pra cá, elas conseguem desenvolver o modelo cooperativista, mas com escala difere e atende um novo associado mais independente e autônomo. Esse modelo de trabalho aparece muito no ramo agro e do crédito. Um modelo a ser admirado e observado, não tem o associado pela necessidade e sim pela competência. Se a pessoa no sul não é da cooperativa, está fora do mercado, aqui a pessoa é associada porque o negócio é bom. O modelo é diferente, e é o modelo do Brasil moderno. Que vai crescer muito mais em robustez das cooperativas do que do número de novas cooperativas.

 

 

Canal AgroRevenda

 

Papo de Prateleira

 

Newsletter

Receba nossa newsletter semanalmente. Cadastre-se gratuitamente.