13 de junho de 2023

ITAL sedia encontro que debate futuro do alimento

Evento prossegue até amanhã, no Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), em Campinas (SP)

Começou nesta terça-feira, em Campinas (SP), o 4º International FoodTech Forum e o 4º FoodTech Expo, no Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital). Os dois eventos reúnem representantes das principais empresas mundiais do setor, debatendo a produção de alimentos à base de células, com a participação de pesquisadores do recém-publicado estudo global da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação – FAO) sobre o tema, formas sustentáveis e regenerativas de cultivo, tecnologia, inovação e segurança alimentar.

O FoodTech Hub Latam, promotor do evento, agrega empresas, universidades e institutos de pesquisa, órgãos governamentais e não governamentais, foodtech startups e venture capital. Com a proposta de fomentar a inovação nos sistemas alimentares por meio de investimentos em foodtechs e inovação aberta, o ecossistema criado em 2018 se consolida como referência no desenvolvimento e inovação em alimentos no mundo. Os eventos realizados no Ital só se assemelham em programação e participações a congressos sediados nos Estados Unidos e em Israel”, afirmou Paulo Silveira, fundador e CEO do FoodTech Hub Latam. O International FoodTech Forum tem como tema central ‘Transformando a indústria de alimentos no Brasil através da inovação’. “Nos dois dias do evento, o objetivo é discutir o futuro da indústria de alimentos e, por consequência, o futuro dos alimentos”, reforçou.

A organização do fórum tem presenças confirmadas de grandes nomes mundiais, entre eles Andy Zynga, CEO do EIT Food, iniciativa de inovação da comunidade europeia criada para transformar o sistema alimentar. O evento conta também com Jonathan Berger, CEO da The Kitchen Hub, primeira incubadora de foodtech israelense, Roger van Hoesel, cofundador do Ecosystem Navigators, e vários especialistas brasileiros.

Um dos painéis mais esperados no fórum traz à discussão os alimentos à base de células produzidos a partir de animais cultivados in vitro ou de células microbianas. “Recentemente, a FAO publicou o primeiro relatório global de produtos à base de células e dois especialistas que participaram ativamente do estudo, Masami Takeuchi e William Chen, vão participar”, garantiu Silveira. “No mercado nacional, esta é uma oportunidade ímpar para discutir o futuro desses alimentos”, completou.

Com mais de 20% da biodiversidade vegetal do Planeta e uma indústria de alimentos que historicamente responde por 10% do PIB, o Brasil tem lugar de destaque no evento, que não por acaso escolhe o Ital, em Campinas (SP) para sua realização. No local, vem sendo construído o Tropical Food Innovation Lab. O centro de inovação de excelência na América Latina vai desenvolver produtos sustentáveis em alimentos e bebidas de forma colaborativa. O FoodTech Hub Latam participa do consórcio. “O Brasil está entre os maiores produtores e exportadores de grãos e proteína do mundo”, pontuou Paulo Silveira. Para o CEO, o momento é de colocar em prática sistemas que valorizem a sustentabilidade, a agricultura regenerativa para a conservação da biodiversidade e do meio ambiente, ao mesmo tempo em que se priorizem a saúde e o bem-estar. “Precisamos agregar mais valor à cadeia que se estende do campo à mesa do consumidor”, afirmou.

O 4º International FoodTech Forum e o 4º FoodTech Expo, promovidos pelo FoodTech Hub Latam, têm patrocínio do Tropical Food Innovation Lab., Bayer, BRF, Bühler, Cargill, Coplacana, Givaudan, Integralmédica, Mondeléz International, Btomorrow Ventures, Smurfit Kappa e Ecobrisa, com apoio da ABIA (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos), ABIR (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas), Embrapa, Unicamp, FEA (Faculdade de Engenharia de Alimentos) da Unicamp, Ministério da Agricultura e Pecuária do Governo Federal, Universidade Federal de Santa Maria e Ital.

Na feira de negócios, os participantes puderam conferir estandes com vários materiais recicláveis, embalagens confeccionadas a partir de papelão e palha de milho, além de alimentos elaboradas com resíduos da fabricação de malte e insetos para nutrição humana.

 

 

 

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