Em 2013, a Doutora em entomologia Cecilia Czepak, uma das maiores autoridades brasileiras no assunto, publicava estudo revelando ao Brasil uma praga recém-chegada a País: a Helicoverpa armigera. Naquele ano (e nos seguintes também) a lagarta causou prejuízos bilionários em um cenário que combinava despreparo dos produtores e morosidade do poder público em oferecer soluções.
Passados três anos do primeiro surto de Helicoverpa armigera, Cecilia se surpreende que “muitos na mídia falam do desaparecimento da H. armigera, dizendo que foi ‘um surto’ somente, ‘um susto’, um ‘alarde desnecessário’! Na minha concepção, quem toma isso como verdade, pode se surpreender em um futuro não muito distante”. O Portal Agrolink ouviu com exclusividade a especialista, e vai publicar uma série de reportagens especiais com novas informações e alertas.
“Não podemos cair na tentação de acharmos que este é um problema superado, pois não é verdade. Hoje o que a maioria dos produtores fazem é adotar a química como única forma de controle para a H. armigera. Mas onde estão aquelas ferramentas tão divulgadas, e que muitos se propunham a adotar? Inclusive com o respaldo de órgãos de defesa?”, questiona.
“Infelizmente, só ficou no papel. A medida química foi a única a se manter em uso – o que não é de todo ruim – mas sozinha, esta medida tem prazo de validade. Estamos na dependência dos químicos com relação a esta praga e ficaremos assim até que novos surtos apareçam! Paramos novamente no tempo e ele nos cobrará por isso!”, alerta Cecilia.
Agrolink | Autor: Leonardo Gottems
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