6 de março de 2018

Exaltação ao agronegócio e discursos políticos na abertura Expodireto Cotrijal

Com o auditório lotado e presença de ministros, secretários e parlamentares federais e estaduais de diversos partidos, a Expodireto Cotrijal 2018 foi oficialmente aberta pelo presidente da cooperativa, Nei César Mânica, na manhã desta segunda-feira, 5 de março. O prestígio da mostra, que está completando 19 anos, foi comemorado pelo dirigente. “Quando começamos em 2000, em um projeto que envolvia o plantio direto, não imaginávamos este crescimento. Hoje, somos referência em tecnologia, inovação e oportunidade de negócios. A despeito de crises, avançamos a cada ano”, destacou. Mânica lembrou também que a Expodireto tem se caracterizado por ser palco de revindicações que brotam no parque e são equacionadas, como os casos da securitização, da questão indígena e da transgenia.

Para o dirigente, que projeta uma visitação superior a 250 mil pessoas nos cinco dias da mostra, o país vive um momento otimista e de retomada do crescimento, ao contrário do caos dos anos 2015 e 2016. “É inegável que o agronegócio tem sustentado o crescimento do país, mesmo com os altos custos de produção, como insumos e energia.”, enfatizou. Em referência aos ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, Carlos Marun, da Secretaria de Governo, pediu cuidados às questões de custos e ao Funrural, na sua avaliação, uma questão de justiça. “Precisamos rediscutir esta questão nos próximos 60 dias. Que este passivo seja zerado. E quem já pagou receba a devolução no prazo de cinco anos”, sugeriu o presidente da Cotrijal. O dirigente agradeceu aos colaboradores e aos produtores, assim como aos mais de 500 expositores e participantes de fóruns e debates, que tornam a Expodireto um dos mais importantes eventos da América Latina.

Antes de discursar, o governador José Ivo Sartori, pediu um minuto de silêncio ao empresário Raul Randon, que faleceu aos 88 anos no último sábado. O público concluiu o ato com uma salva de palmas. Sartori destacou que os últimos anos foram de descrença nas áreas política e econômica e que o seu governo precisou utilizar remédios amargos a partir de 2015 ao buscar a recuperação financeira do Estado. “Agora voltaram o crescimento e a esperança. E isso pode ser visto aqui neste parque”, frisou o governador. Para Sartori, o agronegócio foi “o nosso farol” e uma demonstração do Rio Grande do Sul que pode dar certo. Na sua avaliação, a Expodireto é uma demonstração do gaúcho que valoriza a sua tradição, mas não esquece de inovar.

Anfitrião do evento, o prefeito de Não-Me-Toque, Armando Roos, lembrou que o município tem menos de 18 mil habitantes e é sede de evento (Expodireto) que recebe mais de 250 mil pessoas em cinco dias. “Somos um município pequeno, mas altamente industrializado e com produtores competentes. Graças ao esforço de todos que conseguimos sediar uma feira do tamanho da Expodireto”, disse. Para o presidente da Assembleia Legislativa, Marlon Santos, o Rio Grande do Sul é o Estado onde se desenvolvem as maiores tecnologias para o setor agropecuário. Mesmo com as dificuldades enfrentadas, o setor cresce. Ele citou o exemplo do Estatuto do Desarmamento, que na sua opinião prejudica o produtor rural. “Qual produtor se sente seguro com sua propriedade podendo ser assaltada a qualquer momento. Estamos em um momento apropriado para mudar isso, pois a Expodireto Cotrijal consegue unir a festa ao produtivo, mas não é só comemoração. É momento de debater”, esclarece Santos.

Representante da presidência do Senado Federal, a senadora Ana Amélia Lemos apontou os entraves do setor nas esferas políticas. “O desempenho do agronegócio sustentou mais uma vez o desenvolvimento do país. É a travessia sustentável da crise. Por isso, trabalhamos para ter uma agricultura pujante forte e sustentável. Somo os maiores produtores do mundo e não podemos perder este posto. A região se beneficia com a feira. A Expodireto é muito maior do que se imagina”, justifica a senadora.

O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Roberto Novacki, representando o ministro Blairo Maggi, enalteceu a posição do país de maior produtor de alimentos do mundo e elencou os programas federais que facilitam a vida do produtor. “O setor agrícola é muito importante para a economia do país, responsável por um em cada de cada três empregos formais e por quase 25% do PIB brasileiro, além de quase 50% das exportações. Desde que assumimos o Ministério, temos defendido a importância do Brasil não só para os brasileiros, mas para o mundo. Se o Brasil parar ou diminuir sua produção, muita gente vai passar fome”. O ministro-chefe da Secretaria-Geral de Governo, Carlos Marun, parabenizou a feira, pela excelência em organização. “O nosso presidente envia para este evento os parabéns e um muito obrigado, pois sabemos que o setor do agronegócio é o que nos possibilita sair da crise. Estamos atentos às reivindicações trazidas pelo setor”, disse.

Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, representando o presidente Michel Temer, a Expodireto é uma feira que enaltece o desenvolvimento tecnológico, a agricultura de precisão e os negócios. “Não tenho dúvida em afirmar que neste ano irá ultrapassar os R$ 2,1 bilhões de negócios aqui realizados em 2017. Portanto, o setor foi muito importante para que o PIB 2017 não fosse negativo. Afirmo também que o presidente Temer está engajado no setor por saber da importância dos números na retomada do desenvolvimento e saúda aos que vêm à feira mostrar para o Brasil que estamos avançando”, ressaltou Padilha.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Expodireto Cotrijal

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