17 de abril de 2024

Encontro Confinamento e Recriadores Scot pede profissionalização

Evento destaca urgência da profissionalização dos pecuaristas e dos negócios da fazenda

Gente é importante e precisa ser treinada cotidianamente. O desafio é adaptar a realidade que se tem com os colaboradores. Mas as ferramentas certas são imprescindíveis e é urgente ser mais profissional, usar as novas tecnologias digitais. Só existe Pecuária onde existe margem. Precisa tratar bem o pasto, afinal erros básicos com nutrição custam até 30% do lucro do pecuarista. A lista de recomendações balizou os quatro dias de atividades do Encontro de Confinamento e Recriadores da Scot Consultoria, realizado em Ribeirão Preto (SP), em abril. “Precisamos ter na mão, o mais rápido possível, o custo de produção de cada animal na fazenda. Todas as decisões são tomadas diante do custo e benefício dessa tarefa. Quem ainda não faz, faça a partir de amanhã. Desenhe no exel, mas coloque na fazenda. E entenda os ciclos da pecuária. Quem manda no boi é a vaca. Aonde o bezerro vai a vaca vai atrás. No ciclo pecuário, o futuro está acontecendo hoje. Tome as decisões agora para ter a melhor performance em 2025, 2026 e 2027”, rogou Rogério Goulart, pecuarista e responsável pela Carta Pecuária, um balanço dos números que envolvem o mercado de carne bovina do Brasil mais respeitados no país.

O tradicional Encontro teve o apoio das Plataformas Fala Carlão e AgroRevenda e, em quatro dias, lotou espaços e a fazenda de confinamento para muito debate sobre preço da arroba, virada do ciclo pecuário, adoção de tecnologia por todos os sistemas de produção no Brasil e a importância da profissionalização mais intensa e veloz das fazendas. Participação de palestrantes e especialistas de sanidade, nutrição, produtividade e outros temas relacionados ao confinamento e recria. O evento foi finalizado com um Dia de Campo onde os participantes conheceram o Confinamento Monte Alegre (CMA), em Barretos (SP), onde foram realizadas oficinas e estações de visita agropecuárias. Além de uma confraternização com bebidas, churrasco e a tradicional ‘Queima do Alho’ da Festa do Peão de Barretos.

Entre as recomendações dirigidas pelos especialistas aos pecuaristas, listamos algumas mais preponderantes:

# Mais da metade das fazendas pecuárias brasileiras não usam balança para o animal. E a outra metade tem, mas é tão pouco usada que virou galinheiro. Pesar o animal é garantir resultado.

# Temos muito o que fazer na pecuária brasileira. Água, manejo de trato, desperdício, etc. Mas é um negócio em que podemos acreditar.

# É um bom momento para comprar e refazer a boiada. E planejar bem quais investimentos precisam ser feitos na propriedade. Tanto para manejar o novo gado como para benfeitorias ou outros.

# Façam estratégias para adequar o pasto aos animais. É uma complexidade de ações. Compra e venda, alimentação na seca, se vale fazer confinamento. Para rebanho bem alimentado e nutrido. Calcular quanto a
tecnologia custa e se realmente dá lucro.

# O Brasil é um país continental, não há uma solução apenas.

# Animal de qualidade é aquele que tem a nutrição necessária.

# O farol alto é a meta.

# Estoque é custo. Caixa é soberano. Cresça com calma, planejando tudo.

# O pecuarista precisa dedicar-se mais à comercialização de seu gado, na venda e na compra.

 

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