7 de fevereiro de 2024

Pesquisa Amcham: empresários otimistas, mas pedem equilíbrio fiscal

A pesquisa “Plano de Voo Amcham 2024” registrou 775 participantes 

Os empresários brasileiros estão otimistas sobre os resultados dos seus negócios para 2024 e indicam como prioridades para o governo o equilíbrio fiscal, a regulamentação da reforma tributária e a segurança jurídica. É o que revela pesquisa inédita da Amcham Brasil, com 775 líderes empresariais, divulgada pela entidade nesta terça-feira (6/2). A pesquisa “Plano de Voo Amcham 2024”, conduzida entre 3 e 18 de janeiro, entrevistou principalmente CEOs, sócios e diretores de grandes e médias empresas em todo o Brasil. Entre os participantes, 93% esperam crescimento nas receitas de suas empresas neste ano, sendo que quase metade deles projeta aumento acima de 15%. O resultado positivo decorreria de aumento de vendas no mercado interno (72%), maior capacidade de produção ou prestação de serviços (49%) e ganho de eficiência ou redução de custos (49%), entre outros motivos.

Entre as principais medidas esperadas em relação ao governo para o crescimento da economia estão o equilíbrio fiscal (80%), a regulamentação da Reforma Tributária sobre o consumo (62%), bem como a segurança jurídica e redução da burocracia (62%). “A pesquisa demostra que o setor empresarial está confiante no desempenho dos seus negócios em 2024. Esse tom positivo reflete a evolução dos indicadores econômicos ao longo do ano passado e vem acompanhada de uma sinalização inequívoca sobre a importância de responsabilidade fiscal e avanços no ambiente de negócios”, aponta Abrão Neto, CEO da Amcham Brasil, entidade que representa 1/3 do PIB brasileiro. 

PRIORIDADES E IMPACTO DA REFORMA TRIBUTÁRIA 

A sondagem perguntou quais áreas devem ser priorizadas pelo governo federal neste segundo ano de mandato. Entre 14 opções listadas, as mais citadas pelos empresários foram:

  1. Política Econômica (79%);
  2. Infraestrutura (54%);
  3. Empregos (53%);
  4. Inovação e Tecnologia (49%); e
  5. Política Industrial (46%).

Sobre o impacto da reforma tributária sobre o consumo, 41% dos respondentes disseram esperar impactos muito positivos ou positivos. Para 35%,os efeitos da reforma seriam neutros, no sentido de que ainda não estariam claroso suficiente. Já para 21% aavaliação é negativa ou muito negativa. “A maior fatia dos participantes antecipa efeitos favoráveis da reforma tributária sobre os seus negócios. No entanto, uma parcela considerável de 35% está em compasso de espera, aguardando maior clareza sobre o alcance e a forma de aplicação das novas regras para avaliar os seus impactos.É por isso que a regulamentação da reforma aparece como uma das principais demandas em relação à agenda econômica do governo para o ano”, comenta Abrão Neto.

Prioridades e impacto da reforma tributária 

A sondagem perguntou quais áreas devem ser priorizadas pelo governo federal neste segundo ano de mandato. Entre 14 opções listadas, as mais citadas pelos empresários foram:

  1. Política Econômica (79%);
  2. Infraestrutura (54%);
  3. Empregos (53%);
  4. Inovação e Tecnologia (49%); e
  5. Política Industrial (46%).

Sobre o impacto da reforma tributária sobre o consumo, 41% dos respondentes disseram esperar impactos muito positivos ou positivos. Para 35%, os efeitos da reforma seriam neutros, no sentido de que ainda não estariam claros o suficiente. Já para 21% a avaliação é negativa ou muito negativa. “A maior fatia dos participantes antecipa efeitos favoráveis da reforma tributária sobre os seus negócios. No entanto, uma parcela considerável de 35% está em compasso de espera, aguardando maior clareza sobre o alcance e a forma de aplicação das novas regras para avaliar os seus impactos. É por isso que a regulamentação da reforma aparece como uma das principais demandas em relação à agenda econômica do governo para o ano”, comenta Abrão Neto.

Expectativas sobre o cenário externo

A percepção das empresas é que os fatores externos que mais podem afetar a economia e os negócios em 2024 são:

  • Disputas geopolíticas e conflitos internacionais (61%);
  • Políticas econômicas das demais economias mundiais (58%);
  • Flutuações no mercado global de commodities (55%); e
  • Liquidez internacional e os fluxos de investimentos (33%).

Eleições nos Estados Unidos

A sondagem da Amcham revela que 71% dos executivos brasileiros avaliam como alto ou médio o impacto sobre o Brasil das eleições presidenciais nos Estados Unidos, prevista para 5 de novembro deste ano. Apenas 23% acreditam que o Brasil será pouco ou nada afetado pelo resultado desse pleito. Perguntados sobre as prioridades entre o Brasil e os Estados Unidos para 2024, quando se comemoram os 200 anos das relações diplomáticas entre os dois países, os temas mais relevantes foram:

  1. Comércio e investimentos (75%);
  2. Tecnologia e Inovação (65%);
  3. Educação e Mão de Obra (41%);
  4. Cooperação Política (38%); e
  5. Energia, incluindo renováveis (30%).

Pesquisa completa

A íntegra da pesquisa “Plano de Voo Amcham 2024” pode ser acessada pela web:Amcham | Pesquisa Plano de Voo 2024A pesquisa, aplicada entre os dias 3 e 18 de janeiro, teve o objetivo de capturar o sentimento das lideranças empresariais em relação a temas relevantes da economia e da política para o ano de 2024. A sondagem teve a participação de 775 empresários, de todas as regiões do Brasil e de todos os grandes setores da economia. A maioria dos respondentes é de alto executivos, de grandes e médias empresas, que, somadas, geram mais de 600 mil empregos e possuem um faturamento estimado superior a R$ 660 bilhões.​

 

 

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