24 de março de 2020

Covide-19 preocupa Abrafrutas!

Volume de exportação de frutas costuma ser maior no segundo semestre, mas ainda há incerteza se o consumo externo retomará normalidade; dificuldades na economia interna também é preocupação do setor de fruticultura.

De acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, houve queda nas negociações com mercado externo de frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas no primeiro bimestre deste ano. Os números mostram que neste primeiro bimestre de 2020 o faturamento no mercado externo foi de US$ 120,38 milhões uma redução de 19,5%  em comparação com o período em 2019. O volume embarcado nos dois primeiros meses deste ano foi de 155.476,5 toneladas, queda de 12,3% em comparação com o período no ano passado.

Segundo Barcelos, nesta queda já há efeitos da pandemia de Covid-19, mas não é possível afirmar que a redução seja somente por causa da doença. “Essa queda já mostra algum reflexo, em fevereiro a Europa já estava com o coronavírus ‘na porta’, inclusive com diminuição de público nas feiras setoriais que acontecem lá”, disse. Ele explica que, inicialmente, houve uma corrida em países europeus para o consumo de frutas, mas depois, veio uma retração, já que agora a população opta por estocar alimentos não-perecíveis.

SITUAÇÃO NO CURTO PRAZO – Segundo Marcela Barbieri, pesquisadora Hortifruti/Cepea, as exportações de frutas provavelmente serão reduzidas nas próximas semanas. “Tem menos navios, menos aviões indo e voltando, e já sentimos o impacto para frutas que têm mais dificuldade em relação à logística, como mamão, transportado majoritariamente por via aérea”. “Algumas frutas que se destacam nas exportações no primeiro semestre são a maçã, lima ácida tahiti, e a gente já viu que já está afetando”.

Para a pesquisadora, algumas frutas, como uva, melão, melancia e manga, as exportações são maiores no segundo semestre, então ainda há uma incerteza sobre como a doença irá progredir e como os mercados vão reagir. “Com essa questão da redução de aviões e navios disponíveis para transporte de exportação, pode ser que o frete fique mais caro, e isso é mais um desafio a ser enfrentado pelo setor”.

PRECAUÇÕES COM O TRABALHO NA CADEIA PRODUTIVA – Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Frutas (Abrafrutas), Luiz Roberto Barcelos, a entidade já trabalha na prevenção da contaminação por Covid-19 entre os trabalhadores. Ele explica que está sendo distribuído para os funcionários um kit com máscaras e álcool, o número de pessoas dentro dos ônibus de transporte para as fazendas foi diminuído, assim como dentro das propriedades. Além disso, a temperatura dos colaboradores é monitorada, e nos ‘packing houses’, o espaço entre os trabalhadores foi ampliado, e há pausas periódicas para higienização.

Fonte: Notícias Agrícolas

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