Pedro Lupion no Congresso ALASA: “Seguro rural é prioridade absoluta”!

Compartilhe:

WhatsApp Image 2025-04-09 at 09.02.46

Evento reúne em Brasília seguradoras, cooperativas agropecuárias, bancos, produtores, especialistas e autoridades públicas de diversos países

O Agronegócio do Brasil possui pouco mais de 20% da área cultivada protegida por algum tipo de seguro. São perto de 7 milhões de hectares, apenas 86 mil produtores e um número que vem caindo desde 2021. O tema foi o grande destaque do ‘18º Congresso Internacional ALASA’, que está sendo realizado pela Associação Latino-Americana para o Desenvolvimento do Seguro Agropecuário (ALASA) em Brasília, desde essa terça-feira, dia 8, com o apoio do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) do Brasil. O evento segue até a quinta-feira, dia 10, reunindo representantes dos setores público e privado em torno dos desafios e inovações do seguro rural na América Latina.

“Estamos viajando o mundo para conhecer os sistemas de seguro em outros países. E também ouvindo todos os agentes do segmento no Brasil. Para conseguir em curto prazo resolver esse problema, aprovando o projeto que está no Senado e, depois, na Câmara, entregando um novo sistema de seguro rural”, prometeu o Deputado Federal Pedro Lupion, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). A reclamação ganhou o apoio de todos os participantes da plenária desta quarta-feira de manhã, segundo dia do evento, que foi comandada pelo ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, que hoje coordena o Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas.

“Nosso seguro é muito tímido. E caro. É necessário retirar vários gargalos para o seguro rural crescer, incentivar a oferta e a demanda para desenvolver esse mercado”, reforçou o Deputado Federal Alceu Moreira, ex-presidente da FPA.  “Há muito tempo, estamos unindo forças para destravar esse problema. E chegou a hora de termos uma definição, que é o projeto de Lei que está no Senado Federal para proteger o futuro do Agro”, emendou o deputado federal Arnaldo Jardim, vice-presidente da FPA e presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop).

O Projeto de Lei 295/2024, que moderniza e amplia o seguro rural no Brasil, tem como relator o senador Jayme Campos, que participou da plenária e confirmou que o texto está pronto para votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). “Nos Estados Unidos, mais de 80% da área agrícola possui cobertura de seguro rural. O projeto que relatamos tem o objetivo de tornar o seguro mais acessível, eficiente e confiável. É hora de virar esse jogo com um novo marco legal”, assegurou o senador.

A abertura oficial do congresso teve a participação do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, que destacou o encontro como uma oportunidade para aprofundar discussões e construir soluções. “O modelo que nos trouxe até aqui certamente não será o que vai nos levar a um futuro sustentável. Diante das mudanças climáticas, é essencial termos um seguro rural eficiente, que ofereça tranquilidade aos produtores e segurança para o setor. Isso exige a presença ativa do governo, na subvenção ao prêmio do seguro e na estruturação de políticas públicas robustas”, afirmou Fávaro.

O presidente da ALASA, Juan Carlos Cortés, destacou o papel estratégico do Brasil no cenário agropecuário internacional e agradeceu ao Mapa pelo apoio ao evento. “A colaboração e o apoio do Mapa foram fundamentais para o sucesso deste congresso. Agradeço ao ministro Carlos Fávaro e a toda a equipe do Ministério, especialmente a Cleber Soares e Guilherme Campos, que estiveram conosco intensamente na construção deste encontro. O Brasil é ‘uma potência alimentar’, em áreas como pesquisa, inovação, capacitação técnica e na força de seus agricultores, que servem de exemplo para toda a América Latina. O futuro do seguro agropecuário está diretamente ligado ao futuro do setor rural. Nosso destino como seguradoras, resseguradoras, instituições financeiras e fornecedores de insumos está intimamente ligado ao sucesso dos produtores. Todos dependemos de que a agricultura vá bem”, completou Juan Carlos.

O congresso reúne profissionais e instituições ligadas ao seguro rural, como seguradoras, cooperativas agropecuárias, bancos, produtores, especialistas e autoridades públicas, consolidando-se como o principal espaço de debate sobre gestão de riscos no campo na América Latina. A programação conta com conferências, painéis técnicos e mesas-redondas que abordam temas como gestão de riscos climáticos, seguros paramétricos, tecnologias aplicadas ao campo e estratégias de resiliência produtiva. A agenda inclui ainda apresentações de experiências internacionais, especialmente de países como México, Colômbia, China e Estados Unidos, além de um painel dedicado ao futuro do resseguro na América Latina e ao papel do parlamento no fortalecimento do setor. O evento termina amanhã, dia 10, com uma visita à Embrapa Cerrado e as Fazendas Malunga e Entre Rios, localizadas ao redor da Capital Federal.

Ainda participaram da plenária de quarta-feira a assessoria da senadora Tereza Cristina e o secretário-executivo do Instituto Pensar Agro (IPA). “Vamos permanecer agregando as ideias que estão surgindo. Para acabar com esse drama da renegociação de dívidas que não tem fim. Não temos um seguro rural consistente. A base do seguro precisa ser ampliado. E o PL vai ajudar demais nesse sentido”, advertiu o vice-presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), José Mario Schreiner. “Finalmente vai sair o novo seguro rural brasileiro. É um congresso histórico para o agronegócio do Brasil’, comemorou Roberto Rodrigues.

Obrigado!

Seu e-mail foi cadastrado com sucesso.

Agora você saberá nossas novidades em primeira mão.