Conab prevê safra de 354,7 milhões de toneladas de grãos

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Estimativas indicam crescimento da área cultivada e avanço nas exportações, com destaque para soja e milho.

 

A safra 2025/26 começa com perspectivas positivas para a agricultura brasileira. Segundo o primeiro levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção total de grãos deve alcançar 354,7 milhões de toneladas, alta de 0,8% em relação ao ciclo anterior. A área cultivada deve crescer 3,3%, chegando a 84,4 milhões de hectares, reforçando o protagonismo do Brasil na produção global de alimentos.

A soja permanece como carro-chefe do setor, com expectativa de expansão de 3,6% na área plantada e produção estimada em 177,6 milhões de toneladas, impulsionada por boas condições climáticas e início antecipado do plantio. O milho também terá aumento de área, podendo atingir 22,7 milhões de hectares e produção total de 138,6 milhões de toneladas nas três safras. A primeira delas deve registrar alta de 2,8%, somando 25,6 milhões de toneladas.

O arroz apresenta cenário diferente, com redução de 5,6% na área cultivada, agora estimada em 1,66 milhão de hectares, o que pode resultar em produção de 11,5 milhões de toneladas. Já o feijão deve manter estabilidade, com cerca de 3 milhões de toneladas ao longo das três safras. Para o trigo, a expectativa é de 7,7 milhões de toneladas, número levemente inferior ao da temporada anterior, reflexo da diminuição de quase 20% na área semeada.

Perspectivas de mercado – No mercado internacional, as projeções são otimistas. As exportações de milho devem subir de 40 milhões para 46,5 milhões de toneladas, acompanhadas por um aumento do consumo interno, impulsionado pela produção de etanol. A soja seguirá em alta, podendo ultrapassar 112 milhões de toneladas exportadas, mantendo o Brasil como líder global. O esmagamento da oleaginosa também deve crescer, chegando a 59,56 milhões de toneladas, impulsionado pela demanda por biodiesel e proteína vegetal.

Mesmo com a redução na área do arroz, o país deve aumentar os embarques do grão, passando de 1,6 milhão para 2,1 milhões de toneladas, enquanto o consumo doméstico permanecerá estável. Esses indicadores confirmam que a agricultura brasileira inicia o novo ciclo com bases sólidas, crescimento sustentável e perspectiva de novos recordes em produção e exportação.