1 de dezembro de 2021

Começou o Top Farmers 2021!

A força do Agro Brasil vai tornar o país uma potência econômica mundial.

“O Brasil tem melhores condições de tornar-se uma potência econômica do que China e Japão. A China precisa importar alimentos e petróleo. No Japão, só há japonês. E o Brasil, principalmente com a força tecnológica e produtiva do Agronegócio, tem tudo para se firmar. Só precisa vencer as turbulências políticas e econômicas”. A constatação de Charles A. Tang, Presidente Binacional da Câmara de Comércio e Indústria Brasil – China, marcou a abertura do evento ‘Top Farmers – Desenvolvendo Competências para o Campo’, que está sendo realizado em Campinas (SP), reunindo produtores de soja, milho, café e algodão, até quinta-feira, dia 2 de dezembro.

O encontro promove a difusão de conhecimento técnico e de mercado, além de grande networking entre empresários rurais de todo o país. Debatendo temas como Agro 2030, cenários, panorama político e econômico, agricultura 5.0, desafios e tecnologias, controle de processos e custos operacionais, desafios da exportação e importação para 2022 e governança ambiental, social e corporativa.

Charles Tang destacou que a China resolveu minimamente o problema da pobreza extrema e agora entra em uma nova fase de crescimento, a da prosperidade comum. E vai querer manter um intenso relacionamento econômico com o Brasil, principalmente por causa das dificuldades criadas com a guerra comercial com os Estados Unidos e os problemas derivados da pandemia do Covid-19. “Existe uma inflação mundial, distúrbios de oferta e demanda, entraves logísticos e os preços não vão cair no curto prazo. Até outubro. , o saldo comercial da balança chinesa alcançou US$ 800 bilhões e as reservas nos bancos chineses alcançaram um trilhão de dólares. Mas está havendo uma supervalorização da moeda do país. Nós precisamos que os agricultores do Brasil continuem coma força para levantar o país e abastecer a China e o mundo”, afirmou.

Na sequência, Marcos Vinicius, da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, traçou um painel do mercado árabe, integrado por 22 países localizados no Oriente Médio e Norte da África e com 428 milhões de habitantes. “Eles representam uma economia de US$ 3 trilhões, movida a petróleo, mas que procura diversificar a economia. Enquanto isso, metade dos produtos oriundos do Agro é importada e o Brasil é o segundo maior fornecedor, logo atrás da Índia. E Arábia Saudita, Argélia, Egito e Emirados Árabes Unidos compram a metade desse total”, esclareceu.  Os produtos brasileiros mais procurados são açúcar, carne de frango, milho, carne. As importações cravam nada menos do que US$ 3,5 bilhões. O Brasil é destaque, inclusive na pandemia, ao lado de Argentina, EUA, Espanha e Turquia.

“O Brasil exportou US$ 1,1 bilhão, um aumento de 2,1% em 2020, mesmo com as importações árabes tendo caído no primeiro ano da pandemia”, acrescentou Marcos Vinicius, antes de elencar como principais desafios da rota Brasil – Árabes o custo logístico (não há linha marítima e a média de transporte fica em 45 dias), apenas uma empresa árabe faz transporte aéreo de cargas, a regulamentação aduaneira, ausência de acordos comerciais (exceto Mercosul – Egito), pouco conhecimento do mundo árabe, concorrência com mercados mais próximos (África, Europa e Ásia) e a pandemia, que também  postergou a participação de brasileiros em feiras e missões empresariais.

O ‘Top Farmers – Desenvolvendo Competências para o Campo’ recebe presencialmente participantes de 20 estados brasileiros, empreendedores que envolvem quase 10 milhões de hectares, e é acompanhado por duas mil pessoas pela internet.

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