14 de março de 2018

CFM Touros Nelore: uma história de 40 mil touros

Mais de cem anos atuando no agronegócio nacional. Quarta geração de família inglesa que acredita no investimento realizado no Brasil. E três décadas de seleção e melhoramento de touros que já resultou na venda de 40 mil animais para pecuaristas de praticamente todo o país, o suficiente para cobrir um milhão de fêmeas. Esta é a história firmada pela CFM Agropecuária, fundada em 1908 com o nome de Frigorífico Anglo, e que hoje atua com cana-de-açúcar, eucalipto, grãos e gado Nelore, em oito fazendas de São Paulo, Mato Grosso do Sul e da Bahia. No ano passado, o faturamento do grupo chegou a R$ 270 milhões. O projeto de genética bovina ocupa 20 mil hectares e um rebanho de aproximadamente 32 mil cabeças.

O trabalho começou em 1980 e, quinze anos depois, passou a contar com a avaliação genética da Universidade de São Paulo. Seleção que busca fertilidade e precocidade, fêmeas prenhas até 24 meses, vacas que produzam bezerros, adaptação, desempenho, machos prontos para abate aos 24meses e confinamento, carcaça de qualidade. Possui o Certificado Especial de Identificação e Produção (CEIP) e só comercializa os touros Top 30. São treze características avaliadas e os critérios para selecionar são, notadamente, fertilidade, precocidade sexual, ganho de peso a pasto, qualidade de carcaça. E ainda instituiu o Índice CFM, que privilegia majoritariamente o peso, para ficar de olho na uniformidade, média de resultados e poder comparar e avaliar bem os valores de comercialização. “Com uma história centenária, e iniciando como frigorífico, o grupo firmou uma cultura de alinhar a produção com as necessidades da indústria.Hoje, temos a maior base de dados do Brasil em trabalho fechado. Animais criados exclusivamente no pasto, com suplementação de sal mineral no inverno. Teste para restrição nutricional e adaptação às diversas regiões produtoras do Brasil”, conta Tamires Miranda Neto, Gerente de Pecuária da CFM, ao lado dos 230 animais da safra 2016 que vão a leilão, na Fazenda São Francisco, em Magda, extremo oeste paulista.

A CFM utiliza três modelos de venda. Um mega leilão realizado uma vez por ano, em São José do Rio Preto, tradição que já tem duas décadas. Neste ano, o remate vai ser no dia 9 de agosto. Um leilão virtual e as visitas na fazenda. “Para aumentar nossa base de clientes e facilitar o acesso de outros produtores à nossa genética, ainda criamos uma espécie de trava dos bovinos comercializados, onde o comprador tem o valor fixado em arrobas e um ano para pagar, na cotação de mercado do dia de fechamento da transação”, explica Tamires Miranda Neto.

Nos últimos onze anos, o negócio atendeu quase mil clientes de dezenove estados e 500 municípios. Mais de 1.300 touros somente no ano passado. Sessenta por cento das cabeças vendidas para clientes antigos, o que comprova a fidelidade e â satisfação do cliente. A CFM ainda mantém 26 touros nas principais centrais instaladas no Brasil e tem genética usada em outros programas de seleção e melhoramento. “Imaginamos que 2018 vai ser bom para vender touros. As exportações vêm obtendo ótimos resultados e a economia brasileira está se recuperando, o que é vital para a reação do consumo interno já que 80% da carne bovina produzida ficam aqui dentro. E, pesando no futuro, a Pecuária mais profissionalizada exige reprodutores certificados por causa da necessidade de elevar a produtividade permanentemente. E os especialistas afirmam que 80% dos touros usados nas fazendas brasileiras não foram selecionados. Isto mostra o tamanho do desafio e das oportunidades que temos pela frente”, arrematou o  gerente da CFM.

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