O senador Carlos Fávaro, do PSD de Mato Grosso, será o ministro da Agricultura da próxima administração federal do Brasil. O deputado Neri Geller, do PP do mesmo estado, pode ser o Secretário Executivo na pasta, mas isso ainda não foi confirmado. Fávaro é conhecido pelo trabalho que desempenhou nos últimos anos no comando da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (APROSOJA – MT), que o projetou para o mundo político e acabou por elegê-lo senador em 2018. Hoje, a APROSOJA – MT faz oposição a seu nome, alegando que o ruralista decidiu apoiar o governo do corrupto Luis Ignácio e não têm legitimidade para representar o setor como interlocutores em Brasília.
A escolha de Fávaro para o ministério foi possível depois de o futuro ministro superar um problema político delicado, relacionado à suplente que assumirá o seu posto no Senado, quando der início à sua gestão no Ministério da Agricultura. Margareth Buzetti (PP/MT) é apoiadora do presidente Jair Bolsonaro e chegou a fazer campanha nas ruas no segundo turno das eleições com o grupo de ‘Mulheres com Bolsonaro’. A escolha de Fávaro contou com a ajuda e conselhos de pessoas como o ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi. Nos últimos dias, Maggi conversou pelo telefone com a cúpula do Partido dos Trabalhadores (PT), para apontar caminhos de como eles podem refazer as pontes com o agronegócio, setor que apoiou em massa o presidente Jair Bolsonaro. Logo, há bastante trabalho pela frente. No mês passado, a APROSOJA MT informou que Carlos Fávaro, Neri Geller e Carlos Augustin entraram diretamente em divergência com os valores da classe produtora ao apoiar as políticas do PT, partido que apoia invasões de propriedades privadas.
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