O Fenabio, espaço criado dentro da Fenasucro, discutiu temas como bioeconomia, inovação e oportunidades dentro do mercado de energias obtidas a partir de cana-de-açúcar e milho
O tema era ousado. Examinar os erros e acertos do ‘Marketing da Agroindústria: urbano e externo’. Encontro que discutiu como o setor pode qualificar sua comunicação, ampliar o diálogo com a sociedade e reposicionar a imagem do agro no Brasil e no exterior. Com a participação de nomes como Ricardo Nicodemos, presidente da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro (ABMR&A). Miriam Marinho, da The Lyon Media Production. Daniel Bruin, da XCOM by Atrevia. E Paula Packer, da Embrapa Meio Ambiente. Sob a mediação do jornalista, apresentador do programa ‘Fala Carlão’ e CEO do Grupo Publique, Carlos Alberto da Silva, o ‘Carlão da Publique’. Todos convidados por Aldemar Altieri. “Nossa missão de vida em nosso trabalho diário é a agenda positiva do agronegócio brasileiro. Destacar as melhores iniciativas do segmento”, falou de cara Carlão.
A FenaBio foi realizada dentro da Fenasucro & Agrocana (12 a 15 de agosto), com programação de conteúdo nos dias 13 e 14, além de uma área de exposição dedicada à bioeconomia e energias renováveis. “É uma plataforma pensada para integrar conteúdo técnico e soluções aplicadas com foco em inovação, sustentabilidade e mercado. Essas trilhas ajudam a consolidar o setor como referência em energia renovável com base agrícola”, explicou Paulo Montabone, diretor da Fenasucro & Agrocana.
Acompanhe os principais pontos defendidos pelos participantes sobre o tema:
“Vivemos a batalha da percepção. Positiva e negativa. E a narrativa desfavorável é preocupante. Agrotóxico, exportação, prejudicamos o meio ambiente. temos que reformular o discurso e combater a imagem negativa de forma estruturada”.
“Precisamos parar com o clima de duelo verbal que acaba com qualquer debate, incluindo o do agro. E contar a história das pessoas”.
“Devemos convidar o agro para um abraço. Assim, vamos chegar aonde queremos’.
Daniel Pereira.
“Criamos há seis anos o projeto ‘Todos a uma só voz’. Uma pesquisa sobre a locomotiva da economia brasileira. E a pesquisa ‘Percepções sobre o agro. O que pensa a sociedade brasileira’. Constatamos uma posição positiva sobre o segmento. Com 30% de visão negativa, sendo a metade de jovens. Montamos, então, dez conselhos com dez conselheiros cada um. E a ‘Marca Agro do Brasil’. E agora vamos lançar o projeto de vez em 2026”.
“A solução é um trabalho de comunicação com várias frentes. E acredito que usando vários projetos. Assim, teremos o brasileiro admirando o agro. Isso é possível, foi medido e estudado. E só precisa o setor acreditar”.
Ricardo Nicodemos.
“Temos dificuldade de traduzir a Ciência para a população comum. Mas concordo que devemos ‘cacarejar’ muito na COP, com um plano definido. Parar com a briga entre os ministérios do Governo Federal. Ciência e agro precisam comunicar”.
‘Não existe dicotomia entre produzir alimentos e atuar com biocombustíveis’.
“Só vamos mudar usando dados e atuando juntos”.
Paula Packer.
“Sou cineasta, jornalista e produtora de audiovisual. Faço pesquisas sobre o tema há um ano, viajando e entendendo as dores do agro. Depois, foram mais nove meses de preparação. E agora queremos colocar em pé uma série de vídeos com informação, entrevistas, entretenimento, polêmicas e ciência. Vai se chamar a ‘Agroverdade’’.
“Temos que falar do agro para quem não é do agro”.
“Na estreia, apresentação do trabalho, quero reunir o agro inteiro”.
Miriam Marinho.
“Somos farinha do mesmo saco. A cidade precisa do campo e o campo precisa da cidade’.
‘O Trabalho ‘De olho no material escolar’ é um caso emblemático do marketing do agronegócio brasileiro. É uma barbaridade a quantidade de coisas erradas que estão escritas nos livros entregues às nossas crianças”.
Carlão da Publique.