9 de março de 2023

Brasil mostra na Índia êxito do programa de EPIs na agricultura

Avanços e resultados recentes obtidos pelo Programa IAC de Qualidade de EPI/Vestimentas Protetivas Agrícolas (Quepia) serão levados, na próxima semana, ao plenário do 15º Congresso Internacional de Proteção de Plantas. O encontro, parte do “IUPAC” 2023, sobre química na agricultura, ocorre na cidade de Nova Delhi, capital da Índia, e reúne profissionais e empresas de todo o mundo. Na ocasião, os pesquisadores Hamilton Ramos e Viviane Aguiar Ramos tratam também de tendências globais relacionadas à confecção de EPI.

EPI ou vestimentas protetivas agrícolas constituem equipamentos desenvolvidos com vistas à proteção do trabalhador rural que exerce a atividade de aplicador de agroquímicos ou defensivos agrícolas: calças, aventais, camisas, respiradores, luvas, bonés, viseiras, óculos e outros itens.

Nascido há 17 anos, por meio de uma parceria entre o Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e um grupo de empresas, o IAC-Quepia já transferiu ao campo benefícios como o de impulsionar o avanço tecnológico gradual dos EPI, além de auxiliar a indústria do setor a buscar certificações baseadas em normas da ISO – International Standartization Organization -, segundo informam os pesquisadores

“Quando da criação do programa, nem sequer havia no Brasil normas técnicas que ancorassem análises de qualidade e atestassem a segurança de EPI”, frisa Hamilton Ramos, coordenador e idealizador do IAC-Quepia.

Selo-referência – Sede do programa desde o início, o CEA-IAC, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP, sediado em Jundiaí, mantém atualmente um dos laboratórios mais avançados do mundo para avaliar EPI, conforme Ramos.

Nesse laboratório, segundo Ramos, são avaliados hoje em dia, “até o limite da vida útil”, parâmetros de segurança, permeabilidade, resistência e qualidade de tecidos de EPI, entre outros. “EPI aprovados recebem o ‘Selo IAC-Quepia’. Este selo, por sinal, se converteu num aval de qualidade hoje pleiteado e exibido por fabricantes com reputação de credibilidade.”

Na visão do mercado, observa Ramos, o selo IAC-Quepia “auxilia na segregação de EPI impróprios e abre mercado a produtos certificados.” Ainda de acordo com ele, a consolidação do IAC-Quepia no agro contribuiu para reduzir reprovações de qualidade de EPI agrícolas fabricados no Brasil, que eram da ordem de 80% do total dos testes, em 2010, para menos de 20% nos dias de hoje.

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