O Banco Bradesco esperar crescer 30% neste ano nos negócios fechados durante a Tecnoshow Comigo, na comparação com 2024, alcançando R$ 2 bilhões. Mesmo com os altos custos de rolagem dos produtores rurais endividados nos últimos dois anos e com a resistência dos agricultores fazerem seguro de suas atividades. A análise é do Diretor de Agronegócios do Banco Bradesco, Roberto França, que participou nessa terça-feira, dia 8, em Rio Verde (GO), de uma entrevista com vários jornalistas no estande da corporação, no segundo dia de atividades da Tecnoshow Comigo, evento organizado pela cooperativa de 7 a 11 de abril. França atendeu os profissionais ao lado da Head e-agro Bradesco, Nadege Saad.
“O Campo está bem. O custo da dívida dos produtores que financiaram parte das atividades é que tem preocupado. E estamos agindo justamente neste sentido. Para diminuir ao máximo a pressão do pagamento sobre o dia-a-dia da fazenda”, revelou França. O executivo parabenizou a Comigo pelos cinquenta anos de atividades, antecipou que a Tecnoshow é a segunda maior feira do agro para o Banco em questão de investimentos e que a região Centro Oeste é vital graças ao volume produzido para o setor. A feira de Rio Verde reúne quase setecentos expositores, vai receber 150 mil pessoas e promete comercializar R$ 10 bilhões. A Comigo opera em 18 municípios e tem doze mil cooperados e 10 lojas agropecuárias.
Os dois executivos também foram questionados sobre o crescimento da plataforma digital do Bradesco, o e-agro, que movimentou no ano passado R$ 2,4 bilhões, mas ainda distante do poder financeiro do agronegócio brasileiro. E a cultura ainda incipiente dos produtores protegerem com seguros o patrimônio, os equipamentos e as lavouras. “A gente observa um crescimento fantástico nas operações que envolvem pagamentos digitais. É mais um movimento em direção ao mundo digital, representado pelo e-agro, que pode evoluir em 2025 quase 200%”, analisou Roberto França. “O agro efetivamente é uma potência da economia e o avanço que temos conseguido atingir será, certamente, mais progressivo ainda com o passar do tempo, emendou Nadege Saad. “Já os seguros, realmente, o produtor brasileiro não tem uma cultura ainda firmada no segmento. Só mesmo na Região Sul, até porque eles estão sofrendo muito mais com os fenômenos climáticos. Porém, vamos insistir neste caminho, pois é uma garantia que só pode ajudar a fazenda, os negócios e o agricultor”, emendou França.